Vida de grávida não é fácil. Todo mundo quer dar pitaco..
12 Conselhos dados a grávidas (o que é verdade e o que é mito)
Ninguém neste mundo recebe tantos conselhos quanto uma mulher grávida. Basta mencionar sua gravidez que na hora começam a vir de todas as direções conselhos de familiares, amigos, colegas e até de vizinhos.
Todo mundo quer dividir sua experiência, contar o que aconteceu e o que é certo e errado, o quanto precisa comer e beber e dá explicação sobre o mal estar do estômago e a frequência com que o bebê que se movimenta. É tanta informação que fica fácil se sentir confusa.
O Incrível.club decidiu separar o joio do trigo e descobrir quais dicas valem a pena seguir e quais devem ser completamente ignoradas para evitar uma futura mamãe neurótica.
1. “A gravidez não é uma doença, é por isso que você tem de levar o mesmo estilo de vida”
- Você precisa mudar seu estilo de vida, especialmente no último trimestre.
É uma má ideia passar a gravidez na poltrona, sentindo-se como um frágil vaso de vidro. Mas viver do mesmo jeito por nove meses, na agitação de sempre, definitivamente não é a melhor opção. As mulheres grávidas sofrem diferentes processos físico-químicos em seu organismo, por isso se cansam mais rápido, precisam de mais tempo para descansar e dormir, algo absolutamente normal.
No final da gravidez, a quantidade de sangue no corpo de uma mulher aumenta em aproximadamente 45%. A pressão nos rins, pulmões e trato gastrointestinal aumenta e é por isso que é obrigatório mudar a dieta e o estilo de vida. Recuse-se a assistir a um filme, em vez de dar um passeio ao ar livre, e delegue uma parte do trabalho doméstico. Isso será benéfico tanto para você quanto para seu bebê.
2. “Você não deve comer muito durante a gravidez, caso contrário, o bebê será grande e o parto, difícil”
- Não é verdade, mas é prejudicial comer demais por outras razões.
O peso que uma mulher ganha durante a gravidez não está relacionado à velocidade do desenvolvimento do bebê ou ao seu aumento do peso. Uma análise de 44 pesquisas envolvendo mais de 7 mil mulheres mostrou que as mães que seguiram determinada dieta durante a gravidez tiveram em média um aumento de 3,84 quilos a menos, em relação às mulheres que não cortaram nada em sua alimentação.
Tudo isso não influenciou o peso das crianças ao nascer; no entanto, o mais importante foi que a ausência de alimentação excessiva reduziu o risco de pré-eclâmpsia (o alto nível de pressão arterial durante a gravidez). Portanto, uma dieta equilibrada e saudável (sem excessos) é a melhor decisão.
3. “Não viaje de avião, é muito prejudicial e perigoso!”
- 95% verdadeiro. Tudo depende de como anda sua gravidez e do período.
Na verdade, as companhias aéreas não permitem que as mulheres viajem de avião durante os últimos meses de gravidez. A principal razão é que um parto a bordo do avião não é algo bom para os demais passageiros nem para a tripulação ou para a mãe. Além disso, a ausência de um obstetra no avião aumentará consideravelmente os riscos.
Em 2002, obstetras e ginecologistas dos EUA publicaram algumas recomendações para mulheres grávidas que haviam tomado a decisão de viajar de avião. As grávidas com pressão alta, diabetes ou alto risco de parto prematuro devem necessariamente consultar um médico antes de voar.
A Sociedade Real de Obstetras e Ginecologistas do Reino Unido aconselha que, durante o voo, a mulher grávida caminhe regularmente dentro do avião e beba mais água para reduzir o risco de trombose venosa profunda. Vale a pena notar que para uma mulher é mais confortável e mais fácil viajar durante o segundo trimestre de gravidez.
Aqui no Brasil, a LATAM estabelece que, até a trigésima semana de gravidez, a mulher pode viajar na companhia normalmente. A partir da trigésima semana, é preciso apresentar um atestado médico — mais informações, no site da empresa.
4. “Você não deve tomar café; caso contrário, o bebê não será capaz de dormir”
- Não é prejudicial tomar uma xícara de café por dia.
De acordo com a declaração oficial da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA), 200 mg de cafeína são a dose diária admissível para uma mulher grávida para não causar danos ao bebê. Uma xícara de café contém de 70 mg a 90 mg de cafeína, portanto esta bebida não é um produto proibido.
É importante lembrar que o chá também tem cafeína (de 30 mg a 50 mg), assim como a Coca-Cola (40 mg em 355 ml) e o chocolate (de 20 mg a 70 mg em 100 g, dependendo do tipo). Portanto, em um dia, você pode se permitir uma xícara de chá, café com leite e um pouco de chocolate. O mais importante é não exceder 200 mg diários de cafeína.
5. “Se o bebê se movimentar ativamente, você dará à luz uma criança travessa”
- É um fato, mas vale a pena checar como está a oxigenação do feto.
A médica Janet A. DiPietro da Universidade Johns Hopkins (nos EUA) realizou uma pesquisa sobre a relação entre a atividade intra-uterina do feto e o comportamento do bebê após o nascimento até os dois anos. Descobriu-se que, de acordo com os movimentos do feto no útero, é possível realmente prever o quanto o bebê será ativo quando nascer e até adivinhar em que períodos ele estará ativo ao máximo e quando ficará tranquilo.
No entanto, se os movimentos do bebê mudaram drasticamente (tornou-se muito frequente ou o inverso), é melhor consultar o médico e se certificar de que o feto não sofre de hipóxia, ou seja, de falta de oxigênio. Alguns médicos destacam como regra observar mais de 10 movimentos do feto nas últimas 12 horas durante a gravidez.
6. “Você sofre de azia ou refluxo? É porque o cabelo do bebê está crescendo”
- Mito, embora alguns cientistas acreditem que esse fenômeno esteja inter-relacionado.
A azia é um sintoma comum da gravidez, causada pelo refluxo gástrico. Do ponto de vista científico, não tem nada a ver com o cabelo do seu futuro filho. O bebê cresce rapidamente e pressiona os órgãos internos da mãe. Como resultado, o ácido no estômago acaba na parte inferior do esôfago, irritando sua membrana mucosa.
O interessante é que, em uma pesquisa britânica realizada em 2006, foi encontrada uma conexão entre as queixas de azia durante a gravidez e a quantidade de cabelo da criança após o nascimento. Mas vale a pena notar que muitas mulheres que sofriam de azia deram à luz bebês carecas. Portanto, tal conexão é considerada bastante controversa.
7. “Um homem não será capaz de entender o que você sente durante este período”
- É um mito. Alguns homens também se sentem “grávidos”.
Não só as mulheres sofrem alterações hormonais. Às vezes a vida dos pais também é difícil. Durante a gravidez, o nível de testosterona da mulher e do parceiro se reduz e o nível de prolactina aumenta. Os cientistas acreditam que esse processo ajude o homem a interpretar bem o papel do futuro pai.
Há até ocasiões em que o estado físico do homem se assemelha ao da futura mamãe, até mesmo nas sensações. Por exemplo, o homem pode sofrer de enjoos matinais e mudanças de humor. Esse fenômeno é chamado de síndrome de Couvade ou gravidez sintomática do casal, mas ainda não foi bem estudado. Após o parto, todos os sintomas da gravidez fictícia desaparecem nos homens.
8. “Durante a gravidez você não deve se vacinar contra a gripe”
- Mito.
Uma notícia sem fundamento circula pelas redes sociais associando a vacinação durante a gravidez à possibilidade de desenvolvimento de autismo no bebê. Mas pesquisas atuais mostraram que não é verdade. A suposta ligação entre vacinação e autismo é uma fraude e seu dessa história, o pesquisador Andrew Wakefield foi considerado inapto para o exercício da medicina pelo Conselho Geral de Medicina do Reino Unido.
No entanto, os riscos para a saúde da mãe e de seu futuro filho aumentam se uma mulher grávida não for vacinada e estiver gripada.
As mulheres são aconselhadas a tomar vacinas durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez, mas apenas vacinas com vírus não ativo, isto é, “morto”, podem ser usadas. Todas as vacinas devem ser aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o que significa que foram realizados inúmeros testes para comprovar a segurança da vacina para a mulher e para o feto.
9. “É muito doloroso dar à luz!”
- Essa é uma sensação bastante individual.
Durante o parto são liberadas substâncias analgésicas, as endorfinas, para que a mulher não tenha um choque. É por isso que sempre se consegue suportar a dor do parto.
Além disso, existem diferentes truques para o tratamento da dor: respiração correta, posições, metodologias de relaxamento, massagem de acupressão, anestesia médica, entre outros, que permitem que a mulher controle a dor durante o processo do nascimento da criança. Você pode dar à luz sem tudo isso, mas o quanto será doloroso, em muitos casos depende do comportamento da mulher e do profissionalismo dos médicos.
10. “As glândulas mamárias perdem a forma devido à amamentação”
- É um mito, mas existe exceção, no caso de você ser uma mãe fumante com muitos filhos.
Muitas mulheres rejeitam a amamentação, temendo que isso influencie negativamente no formato e na elasticidade de suas glândulas mamárias. Em vão. A amamentação do bebê não traz mudanças a longo prazo em sua elasticidade e não contribui para a perda de seu formato.
O perigo mais grave vem do tabagismo, de uma má alimentação, do avanço da idade e da quantidade de vezes que a mulher engravida, isso porque as mamas mudam frequentemente e drasticamente de tamanho. Além disso, vale a pena levar em conta o fator genético, que em muitos casos determina a presença de estrias após o parto e o estado da mama após o período de lactação. Se for a primeira ou segunda gravidez e a mulher levar um estilo de vida saudável, o mais provável é que não haja nenhuma catástrofe.
11. “O que é depressão pós-parto? Todas as mulheres dão à luz e não acontece nada”
- Depende muito da mulher e das pessoas ao seu redor.
A depressão pós-parto não é um mito, mas também não é um terror iminente para as futuras mamães. Segundo uma pesquisa, entre 14 % e 23 % das mulheres grávidas enfrentam a tal depressão durante a gravidez e 25 % após o parto. Por esse motivo, após o nascimento de um bebê, a mulher precisa do apoio de seus entes queridos e de um bom descanso. As mães perfeccionistas, que querem levar tudo à perfeição e controlar cada detalhe, sofrem o risco de sofrer dessa doença.
A informação para a preparação de uma jovem mãe também é importante. Se ela se prepara para tal mudança antecipadamente e se entende por que razões um bebê pode gritar e como reagir, pode evitar a depressão. Alguns pesquisadores associam a depressão pós-parto à anemia por deficiência de ferro, razão pela qual é aconselhável às mulheres consultar seu médico e tomar suplementos contendo ferro, se necessário.
12. “Você sofre de dor durante a menstruação? Você deve dar à luz e tudo vai se arranjar!”
- É mais ou menos verdade.
Cientistas de Taiwan observaram durante oito anos mais de 3,5 mil mulheres e, verificaram que, entre as que deram à luz, a maioria não teve dores menstruais fortes, como tinham antes do parto. Mas isso não aconteceu com todas. Entre aquelas que fizeram cesariana, 51% continuaram a sofrer com cólicas, assim como 35% das que tiveram parto normal.
Outro fator importante foi a condição da gravidez, 77% das mães que tiveram filhos prematuros continuaram a sentir dor durante a menstruação. Além disso, uma pesquisa que usou a tecnologia de um exame de genoma completo em 2016 mostrou que a razão de cólicas menstruais pode estar relacionada ao fator genético.
E você, que conselhos absurdos para mulheres grávidas já ouviu?
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