11 Formas certeiras de conhecer o verdadeiro caráter de alguém
As características de personalidade de nós, seres humanos, são, em geral, difíceis de serem avaliadas. No entanto, ao longo de décadas e décadas de pesquisa, psicólogos, neurolinguistas, sociólogos e outros estudiosos do comportamento chegaram a algumas conclusões curiosas que permitem antever, com uma boa dose de precisão, o comportamento das pessoas.
Os cientistas de um instituto que estuda o caráter (The VIA Institute on Character) de Ohio (EUA) durante muitos anos investigaram a personalidade humana. Eles acreditam que não existem características boas nem más, mas sim fortes e frágeis. As fortes contribuem com nosso crescimento, enquanto que as frágeis nos diminuem e nos fazem infelizes.
O Incrível.club refletiu sobre esse tema e, depois de analisar a experiência dos psicólogos populares, preparou ilustrações sobre a vida.
Confira algumas dessas características:
1. A pessoa imita um ídolo
Para as crianças e os adolescentes, a imitação é uma maneira normal de socialização. Definindo sua atitude para com o mundo que os rodeia. Elas, mais do que ninguém, precisam de um modelo a seguir. Com a idade, uma personalidade saudável e forte deixa de copiar as outras pessoas e acaba encontrando a si mesma. Se uma pessoa adulta segue buscando ídolos, então seu caráter ainda não se formou. Os casos de fanatismo e a substituição completa de sua própria identidade recebem o nome de “síndrome da imitação de celebridades”, que afeta, aproximadamente, 15% da humanidade.
2. Incapacidade de enfrentar dificuldades cara a cara
Quase todos nós conhecemos o que significa sentir vergonha e timidez, especialmente em momentos importantes e cruciais de nossas vidas. Mas algumas pessoas, quando enfrentam pequenas dificuldades ou em situações chata, tentam se esconder ao máximo. Até mesmo, instintivamente, levantam os ombros e “encolhem” a cabeça, em sinal de vergonha. O psicólogo Bill Knaus denominou esse comportamento síndrome do comportamento de avestruz, que inunda de medo e insegurança a pessoa, impedindo-a de realizar seus sonhos e avançar com seus objetivos.
3. Fixação em si mesmo
As pessoas costumam colocar em suas casas as fotos de seus familiares, bichinhos de estimação ou, simplesmente, de momentos agradáveis em família. Mas se alguém enche seu lar com suas próprias fotos e se olha no espelho constantemente ou olha, em cada momento livre, a quantidade de curtidas recebidas nas redes sociais, o mais provável é que diante de você esteja um caso típico de transtorno de personalidade histriônica.
Ele caracteriza-se pela autoadmiração, pela insaciável sede de captar a atenção dos demais e pela necessidade de que os outros o admirem. A principal debilidade dessas pessoas é que são muito fáceis de serem manipuladas. Para isso, basta fazer com que se sintam importantes.
4. Medo de chamar a atenção
A modéstia é uma qualidade boa e útil sempre que não impeça uma pessoa de seguir sendo ela mesmo e de ter autorrealização. A psicóloga Barbara Markway acredita que a timidez excessiva, muitas vezes, é confundida com a introversão. No entanto, os introvertidos, que preferem a solidão, não evitam a comunicação: simplesmente a escolhem com mais cuidado, enquanto que as pessoas tímidas sofrem de baixa autoestima, temem a rejeição e restringem seus desejos reais.
5. Crítica às conquistas de outras pessoas pelas costas
O professor de psicologia clínica Robert L. Leahy identifica três tipos de inveja: depressiva, positiva e hostil. A depressiva diminui nossa autoestima e nos faz sentir fracassados; a positiva nos motiva a sermos melhores; já a hostil provoca sentimentos negativos e juízos de valor para com os demais. E se os dois primeiros tipos costumam ter um efeito temporal e até mesmo podem afetar positivamente uma pessoa, o terceiro forma parte do caráter e de uma maneira que alguém tem de encarar a vida. Ao invés de melhorar, uma pessoa começa a criticar e humilhar a outra que conseguiu resultados com o objetivo de aparentar ser melhor ao fazer a comparação entre ambas.
6. Incapacidade de insistir no que lhe interessa
É mais fácil assentir do que discutir. Esta é uma boa característica do caráter, inerente às pessoas flexíveis, que sabem evitar conflitos, mas somente se isso não interfere seus próprios interesses. Um indivíduo forte protege seu espaço pessoal e respeita o dos demais, enquanto que quem tem o caráter fraco cede facilmente à pressão e também invade sem tato o espaço de quem o rodeia.
Se você considera difícil dizer “não”, a psicoterapeuta Diane Barth recomenda começar pouco a pouco: ao invés de negar, aprenda a falar taxativamente sobre o que você quer. Por exemplo, se te oferecem café, você pode dizer: “obrigado, mas prefiro um copo com água”.
7. O hábito de exagerar e prejudicar a si mesmo
A auto-agressão é um mecanismo de defesa muito prejudicial. Muitas vezes, algumas crianças são afetadas por isso, experimentando momentos difíceis, mesmo que, às vezes, os adultos também se percebam nesse estado: começam a exagerar ante a menor dificuldade se culpam pelos erros, etc.
O entusiasmo excessivo por sensações perigosas como os esportes extremos e até mesmo algumas simples batidinhas com os dedos no nariz ou roer unha também podem ser resultado sintomas desse mesmo mecanismo.
8. O temor de expressar emoções
Para mostrar abertamente suas emoções, você precisa ter suficiente força mental. Não há nada de vergonhoso em chorar, por exemplo, se isso não ocorre de forma artificial.
Nossa cultura estimula as pessoas (especialmente os homens) a esconderem sentimentos, dado que isso é um sintoma de boa educação, de moderação ou de ’macheza’. Mas esconder-se atrás de uma máscara constantemente significa ter medo que o julguem e, por isso, muitas pessoas acabam por se isolar do mundo exterior.
9. Negar ajuda
Em situações difíceis, às vezes é mais inteligente buscar apoio nos amigos e colegas com mais experiência, conhecimento e formação. Mas, para algumas pessoas, pedir ajuda significa reconhecer a própria fragilidade.
Além disso, estabelecer a comunicação também é uma tarefa, por isso, as pessoas inseguras em si mesmas tentam evitar o trabalho em equipe. Gretchen Rubin, a autora do livro The Happiness project (Projeto felicidade), considera que a capacidade de pedir ajuda é um dos segredos da maturidade.
10. Justificar excessivamente as próprias ações
A racionalização nos ajuda a encontrar causas racionais para a aparição de uma situação negativa e dar chances às emoções. Desse modo, acalmamos nossos sentimentos com a mente para não experimentarmos dor, medo ou arrependimento. Mas, por outro lado, enganamos a nós mesmos. Ao invés de abordarmos o problema, nos convencemos de que somos suficientemente bons e alguém mais tem a culpa. É muito mais fácil encontrar uma explicação supostamente lógica para tudo ao invés de procurar analisar nosso interior.
11. Mudança frequente de posturas buscando um ponto de apoio
O especialista em mentiras Paul Ekman escreve que, se durante uma conversa o interlocutor mostra uma ampla gama de posturas sem motivo algum, isso revela imaturidade geral de sua personalidade. Uma mudança frequente do pé de apoio e posições dos pés mostram uma falta de firmeza no caráter, baixa disciplina e pouca confiabilidade.
Nenhum de nós é perfeito! Por isso, se você se enxergou em um dos casos de nossas ilustrações, isso é muito importante, pois você é capaz de avaliar a si mesmo e suas deficiências com sinceridade. Em segundo lugar, você está disposto a melhorar suas características pessoas, não é mesmo?