Como estão 10 vencedoras do Miss Brasil, que continuam tão belas como princesas de contos de fada

Graças ao avanço da ciência moderna, hoje sabemos muito sobre os prós e contras de procedimentos higiênicos e cosméticos. As mulheres de séculos passados também queriam manter a saúde e, ao mesmo tempo, parecer atraentes. Mas, para alcançar esses objetivos, às vezes usavam métodos completamente desconcertantes.
Na Idade Média, seios fartos não eram bem vistos. Mulheres nobres costumavam contratar amas de leite para amamentar seus filhos, então seios grandes eram considerados vulgares. Um modo de resolver isso era usando uma toalha grossa — por isso, recomendava-se que as moças enfaixassem os seios para não parecerem camponesas. Outras mulheres usavam roupas íntimas que lembravam os sutiãs modernos.
Escondiam os seios em bolsos costurados na camisa de baixo. Eles podiam ser ajustados com alças. A moça colocava essa camisa de manhã, encaixava os seios nos bolsos e apertava as alças. Algumas até levantavam o busto para chamar atenção dos homens, o que era considerado extremamente indecente. Já as de busto avantajado faziam bolsos bem apertados para disfarçar o volume.
Uma verdadeira beleza da Renascença deveria ter seios pequenos e perfeitamente arredondados, como maçãs. Se a moça não tinha esse formato, recomendava-se esfregar uma pasta de cominho moído com água, depois comprimir os seios com um pano embebido em vinagre e manter assim por três dias. Mais tarde, os espartilhos entraram na moda, livrando as mulheres desses métodos extremos.
Acredita-se que as ruas medievais eram extremamente sujas e que as pessoas faziam suas necessidades onde bem entendessem. No entanto, as leis exigiam que moradores e visitantes usassem banheiros públicos ou privados. Quem descumprisse podia sofrer punições sérias. Muitas vezes o banheiro era construído no segundo ou terceiro andar, ligado por um cano de drenagem à fossa.
Alguns espertalhões economizavam e não instalavam o cano, fazendo os dejetos caírem direto no quintal, acumulando-se nas paredes dos vizinhos. Outros limpavam as fossas raramente, causando transbordamentos. Tudo isso gerava brigas sérias entre os donos das casas, levando Londres, no século XIII, a criar leis para regulamentar fossas e sanitários.
Muitos prédios de bairros pobres não tinham banheiros. Mas isso não significava falta de solução. Na maioria das grandes cidades havia banheiros públicos, geralmente construídos às margens de rios ou em pontes, para que os dejetos fossem levados pela água. Muitos desses locais eram financiados por doações e gratuitos.
Outros eram alugados para empreendedores, que tinham que manter o local limpo. Por isso, provavelmente cobravam uma pequena taxa. O maior banheiro público de Londres foi construído na década de 1420. O prédio era dividido em ala masculina e feminina. Cada lado tinha 64 assentos — o local podia atender 128 pessoas ao mesmo tempo.
No final do século XVI, o açúcar começou a baratear, e até representantes da classe média podiam comprá-lo. Depois disso, cada vez mais pessoas na Europa passaram a sofrer de diversos problemas dentários. No entanto, os médicos da época não associavam o consumo de açúcar à deterioração dos dentes. Pelo contrário, eles propunham tratar doenças dentárias justamente com a ajuda dele.
O enxaguante bucal era preparado com pedra moída, resina de madeira, açúcar de confeiteiro e água de rosas. Esse produto refrescava o hálito por pouco tempo, mas, com o uso frequente, apenas piorava o estado dos dentes. Para obter um sorriso branco como a neve, as pessoas esfregavam os dentes com pó de alúmen moído ou pérola triturada. Isso realmente ajudava a remover a placa, mas ao mesmo tempo destruía o esmalte.
No século XIX, para confeccionar apliques e perucas era necessária uma quantidade simplesmente enorme de cabelos. Comerciantes costumavam vasculhar as vilas meticulosamente em busca de moças com tranças longas. E muitas delas cortavam os cabelos de boa vontade, já que se pagava bem por uma cabeleira volumosa. Em algumas localidades, esse momento virava até um espetáculo.
Moças com longos cachos eram convidadas ao palco e, em seguida, era feito um leilão entre os interessados em comprar os cabelos. As autoridades de algumas cidades chegaram a proibir os cortes públicos, permitindo a compra apenas em feiras, dentro de tendas específicas. Como o cabelo levava cerca de 3 a 4 anos para crescer novamente, alguns comerciantes mais espertos davam um adiantamento às moças e voltavam anos depois em busca de uma nova “safra”.
A situação mudou quando muitas dessas moças passaram a se mudar do campo para a cidade. Elas queriam desfilar por aí com chapéus elegantes, e esses acessórios exigiam cabelos longos. Assim, as mulheres passaram a permitir apenas o corte de algumas mechas na nuca, disfarçando a perda com penteados elaborados.
Quando, no final do século XIX, os chapéus gigantes entraram na moda, a demanda por cabelos aumentou ainda mais. Esses adornos eram sustentados com “ratos” — bolinhas feitas de cabelo. Foi então que os comerciantes encontraram uma nova fonte para abastecer seus estoques: os conventos. Segundo rumores, uma dessas instituições vendeu, na década de 1890, cabelos no valor de 657 mil libras esterlinas.
Até a segunda metade do século XIX, o papel higiênico não era muito popular em alguns países, embora os fabricantes se esforçassem para convencer as pessoas a comprar esse item de higiene. No entanto, muitos achavam um desperdício gastar dinheiro com papel, já que havia alternativas gratuitas e bastante funcionais. Por isso, usava-se espigas de milho no banheiro. Muitos destacavam que a palha era macia o suficiente e que o formato da espiga era ideal para essa finalidade.
Nos navios, em vez de papel higiênico, usava-se a chamada “pano de reboque”. Uma corda gasta e macia era amarrada na parte do navio onde os marinheiros faziam suas necessidades. Depois do uso, a corda era jogada de volta ao mar para que as ondas a lavassem. Geralmente, o banheiro era instalado na proa da embarcação, perto da base do gurupés, para que a água do mar levasse os dejetos embora.
Normalmente, eram construídos um ou dois assentos de madeira com um tubo de metal para o escoamento. No entanto, usar esse banheiro era perigoso, e os marinheiros corriam grandes riscos ao se aliviar ali. Ondas altas podiam atravessar a grade na base do gurupés e facilmente arrastar alguém para fora do navio. Alguns marinheiros mais cautelosos, com medo de serem levados pelas águas, preferiam procurar um cantinho escondido no porão. Para evitar a insalubridade a bordo, havia um tripulante responsável por flagrar e repreender esses infratores.
Antes do desenvolvimento da medicina moderna, os pesquisadores não compreendiam muito bem as causas da menstruação feminina. Muitos estudiosos da época acreditavam que qualquer alimento ingerido era transformado no corpo humano em quatro fluidos fundamentais. Os homens, devido às suas características físicas, conseguiam absorver esses fluidos — já as mulheres precisavam eliminar o excesso, o que resultaria na menstruação. Acreditava-se, inclusive, que durante esse período as moças não deviam se olhar no espelho, pois ele se quebraria, nem andar sobre a grama, pois toda a vegetação murcharia.
Ainda assim, as mulheres precisavam sair de casa. Para evitar constrangimentos, no século XVIII elas utilizavam absorventes improvisados. Um palito do tamanho do dedo mindinho era envolto em tiras de linho bem costuradas. Uma longa corda era presa ao item — e algumas moças, por precaução, amarravam o absorvente na perna. Esses modelos eram descartáveis. Outra opção era confeccionar um pequeno saquinho recheado com algodão ou esponja. Esses podiam ser reutilizados após a fervura do tecido e a troca do recheio.
Na segunda metade do século XIX, muitos moradores das grandes cidades sofriam com a fumaça, já que a maioria das casas era aquecida com fornos a carvão. Preocupados com a saúde de seus pacientes, os médicos recomendavam que os homens deixassem crescer barbas espessas e volumosas. Acreditava-se que os pelos impediam a entrada da fumaça nociva e de bactérias no organismo dos cavalheiros. Outros estudiosos achavam que a barba ajudava a relaxar a garganta — o que faria com que ela doesse menos após discursos públicos. Infelizmente, a medicina moderna descarta ambas as teorias.
Na era vitoriana, surgiram muitos inventos curiosos com o propósito de melhorar a saúde de homens e mulheres. Infelizmente, muitos deles não se popularizaram por diversos motivos. No século XIX, por exemplo, uma das doenças mais comuns e perigosas era a cólera. Os médicos não sabiam como lidar com a enfermidade, mas supunha-se que o frio favorecia seu aparecimento. Por isso, inventaram um “cinto contra cólera”, que deveria manter a região do estômago aquecida.
Na década de 1870, estava na moda o corpo feminino com cintura fina e seios volumosos. Para alcançar esse padrão, as mulheres precisavam se apertar impiedosamente em espartilhos. Isso causava grande desconforto às moças, ainda mais porque nenhuma mulher ousava sair em público sem essa peça de roupa — ela seria considerada indecente. Para tentar aliviar um pouco a vida dessas pobres damas, inventores criaram o espartilho com seios infláveis. O modelo tinha dois saquinhos de borracha costurados, conectados a um tubo. Ao vestir o espartilho, a mulher podia aumentar o tamanho do busto inflando os saquinhos sempre que quisesse.
Antes do século XVIII, cuidar dos cabelos consistia basicamente em penteá-los, alisar os cachos e combater as falhas capilares. As mechas eram penteadas não apenas para desfazer nós, mas também para eliminar parasitas e sujeira. Uma das inscrições mais antigas já encontradas em um sistema de escrita foi descoberta justamente em um pente. O objeto foi criado entre 1700 e 1550 a.C., e o artesão gravou nele um desejo: “Que ele elimine os piolhos da sua barba e do seu cabelo”.
Essas mesmas ferramentas continuaram em uso na Idade Média. Além disso, as pessoas polvilhavam os cabelos com pós aromáticos para que exalassem um cheiro agradável. As mulheres usavam obrigatoriamente toucas e gorros, que serviam não apenas como enfeite. O tecido absorvia o excesso de gordura dos fios, protegia contra poeira e impedia que os cabelos tocassem o rosto e o pescoço suados — o que ajudava a manter os fios limpos por mais tempo.
Para deixar o cabelo mais volumoso, recomendava-se aplicar uma mistura de pão de cevada queimado, sal e gordura de urso. Já para dar um tom dourado às mechas, preparava-se uma máscara de repolho triturado com pó de buxo ou de marfim (o resultado deveria ter uma coloração amarela intensa).
O xampu só se popularizou no século XVIII e chegou à Europa vindo da Ásia. Curiosamente, a palavra originalmente não se referia a um produto cosmético, mas sim a uma massagem. Um dos viajantes que testou o procedimento relatou que seu corpo e cabeça foram completamente massageados, e os ouvidos, limpos. O tal “shampooning” pareceu, para ele, uma verdadeira provação.
Desde o século XII, uma obra chamada Trotula fazia enorme sucesso entre as mulheres. O livro reunia receitas médicas e cosméticas para todas as ocasiões. No entanto, algumas dessas fórmulas hoje soam, no mínimo, questionáveis. Na Idade Média, por exemplo, cabelos escuros e espessos no corpo feminino eram considerados sinal de desequilíbrio no organismo — por isso, algumas mulheres buscavam maneiras de se livrar deles.
Um dos métodos “comprovados” envolvia uma solução à base de arsênico e cal virgem. O mais difícil era enxaguar no momento certo, pois, do contrário, a mulher podia sofrer sérias consequências. Uma receita de época posterior sugeria uma pasta feita com banha de porco, mostarda e zimbro.
No século XVIII, as mulheres ainda preferiam fabricar seus próprios cosméticos. Para combater rugas, preparavam uma espécie de pomada com suco da raiz de lírio branco, mel e cera, que aplicavam no rosto e deixavam durante a noite. Já para tratar espinhas, produziam uma mistura especial com bochechas de javali cozidas, maçãs e vitela.
Sanguessugas medicinais eram utilizadas como tratamento desde o Egito, a Grécia e a Roma Antiga, mas foi no século XIX que a demanda por esses seres atingiu proporções sem precedentes. Um médico francês da época afirmava com convicção que as sanguessugas eram capazes de curar qualquer doença. Como resultado, apenas um hospital, entre os anos de 1830 e 1836, utilizou mais de dois milhões de sanguessugas.
Foram criados recipientes especiais para transportá-las através do oceano, farmacêuticos exibiam vasos ricamente decorados com sanguessugas em seus estabelecimentos, e senhoras chegavam a bordar esses animais em vestidos de gala. Esse entusiasmo generalizado fez com que, em algumas regiões da Europa, as sanguessugas praticamente desaparecessem até o fim do século XIX. Por isso, vários governos se viram obrigados a impor restrições à sua captura, numa tentativa de preservar a espécie.
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