20+ Entrevistas de emprego em que a gente não sabe se deve rir ou chorar
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Muitos acreditam que a parte mais difícil no trabalho dos garçons seja não confundir os pedidos e não errar na contagem das gorjetas, ao final do expediente. Na verdade, como em qualquer profissão relacionada ao âmbito de serviços, há diversos outros contratempos, muitos dos quais surgem por conta do aspecto mais variável: os clientes.
Para nós, do Incrível.club, toda atividade deve ser respeitada, e preocupar-se com a pessoa diretamente responsável por servir o nosso jantar, não é diferente. Por isso, decidimos avaliar quais os clientes que mais incomodam os atendentes de mesa. No bônus, você verá o outro lado da história: aqueles que os garçons certamente preferem. Confira!
Clientes que gostam de conversar com os atendentes de restaurante geralmente têm boas intenções: querem ser simpáticos e mostrar que valorizam o trabalho dos garçons. No máximo, a reação será de respeito. Isso porque os atendentes, muitas vezes, estão lidando com vária coisas simultaneamente. A senhora daquela mesa tem alergia a nozes; a mesa quatro precisa ser limpa; o casal do canto pediu a conta. Por isso, às vezes, longas conversas sobre assuntos triviais podem atrapalhar mais do que se imagina. Além disso, uma boa parte dos clientes “falantes” são pessoas mais velhas, que normalmente não estão com muita pressa.
Todos os garçons sabem que, um dia, terão algum cliente que não foi ao restaurante para ter uma refeição deliciosa, aproveitar a atmosfera ou uma boa companhia. Não, o motivo da visita é irritar os atendentes. Essas pessoas não se contentam com nada: a temperatura está desconfortável, o serviço é aquém do esperado, a música está ruim, a cozinha, os preços. Infelizmente, tais clientes não procuram outro restaurante, mais do seu agrado. Portanto, passam todo o tempo expressando suas insatisfações para os funcionários ao redor.
No restaurante dos meus pais, atendi um cliente que passou o jantar inteiro me forçando a ir e vir da cozinha: o ponto da carne estava passado, depois malpassado demais; descobriu que tinha intolerância ao glúten (mas comeu uma torta). Ele ainda tentou roubar uma garrafa da mesa ao lado, disse bobagens a uma garçonete e, no final, pediu desconto pelo “péssimo serviço”. © xJek0x / Reddit
Não há nenhum problema em ir a um restaurante com a família toda reunida. De forma geral, os pais adotam um de dois comportamentos. Uns deixam os filhos livres para mexerem nas mesas, brincarem com os garçons e chorar quando a sopa está quente demais, enquanto eles mesmos aproveitam suas refeições. Outros, pedem para darmos algum brinquedo ou caderno para distrair os pequenos, tentando assim causar menos estresse aos clientes em volta. Talvez assim, fique fácil compreender qual o grupo de pais preferido dos garçons.
Mais cedo ou mais tarde, os garçons atingem o ápice de suas habilidades: memorizam os pedidos rapidamente, entregam os pratos sem atraso e na ordem correta, não distraem os clientes e, ao mesmo tempo, preocupam-se em deixá-los à vontade. Isso, contudo, não garante a caixinha. Uma das frases mais recorrentes é: “Por que devo pagar pelo trabalho dessa pessoa?” A dura verdade é que garçons vivem de gorjetas: o negócio é construído a partir desse modelo, certamente não inventado por eles.
Há pessoas cujos pedidos são feitos com tanta insegurança, que dão a impressão de não estarem à vontade. Ninguém espera que os clientes saibam exatamente todos os detalhes do cardápio e da preparação dos pratos, ou que conheçam os nomes complicados dos molhos e guarnições. No entanto, é importante demonstrar alguma certeza em relação àquilo que se deseja comer. Infelizmente, a famosa “cara de pânico” fará os garçons precisarem de informações adicionais, como o ponto da carne ou a melhor maneira de servir o molho da salada.
Tais clientes não são muito desejados. Estamos falando de um homem, que geralmente está sozinho, pede apenas bebidas e passa a noite inteira à busca de mulheres. Se você for sua atendente, provavelmente passará boa parte do tempo recebendo cantadas ou pedidos para lhe dar seu número de telefone.
Por um lado, estrangeiros podem ser difíceis de lidar, especialmente se o garçom não falar outros idiomas. Por outro, quando a barreira linguística é ultrapassada, de forma geral, tais clientes são muito simpáticos, pouco exigentes e muito justos com o serviço. Entretanto, é preciso considerar as peculiaridades culturais de cada país e não oferecer, por exemplo, macarrão com bife aos italianos.
Muitos restaurantes, sobretudo aqueles com uma atmosfera romântica, parecem ter sido criados para encontros, conversas íntimas ou “momentos especiais”. Não admira serem os preferidos dos casais, mas nem sempre os atendentes têm uma boa experiência com eles. Geralmente, o casal está focado um no outro, por isso pede pouca comida e ocupa a mesa por um bom tempo. Além disso, muitos garçons ficam incomodados por “atrapalharem” os pombinhos e precisam esperar a hora certa para abordá-los.
As pessoas que adoram fazer piadas e brincadeiras com os atendentes, provavelmente nunca se colocaram no lugar do outro. Após turnos de 12 horas, até as piadas mais engraçadas não causarão o efeito desejado, sem falar das ruins. Claro, os garçons rirão, apenas por cortesia, mas pense bem: você realmente gostaria de ter o seu senso de humor apreciado por alguém que não tem escolha?
Outra categoria, são aqueles que transformam um turno tranquilo de trabalho em uma verdadeira tortura, devido à grosseria na forma de se comunicar. Logo quando o pedido é feito, o garçom entende a “roubada em que se meteu”: desde “o estabelecimento envenena as pessoas com glutamato” até os “preços são um insulto à população”. Muitas vezes, ainda, ouvimos a pergunta: “Vocês devem cuspir na comida, não é?” Em primeiro lugar, hoje, há câmeras por todos os lados. Em segundo, tais diálogos não são nada prazerosos para quem está apenas fazendo o seu trabalho.
O oposto dos clientes simpáticos e falantes são aqueles que fazem questão de enfatizar sua superioridade sobre os funcionários dos restaurantes. Na verdade, muitos garçons, principalmente os que trabalham em estabelecimentos luxuosos, têm noção de que os clientes ganham mais dinheiro do que eles, ou provavelmente não estariam comendo lá. Expressar tal comportamento, definitivamente não é uma forma eficaz de garantir um serviço de qualidade.
Acredite nisto: gorjetas não são a única motivação para os atendentes fazerem seu trabalho o melhor possível. O comportamento adequado funciona tão bem quanto. Em um dia de trabalho em restaurante, os funcionários escutam tantas bobagens, que bondade e respeito podem ser qualidades mais valiosas que o dinheiro.
Ser um bom atendente de mesa não é uma tarefa fácil, mas ser um bom cliente também pode não ser tão simples quanto parece. Como foram as suas experiências em restaurantes? Você tenta facilitar a vida dos garçons de alguma forma ou acredita que os clientes “têm sempre razão”, como diz o mantra milenar? Queremos ler sua opinião nos comentários!