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10 Significados de expressões populares que você não sabia
Todo mundo já ouviu um ditado ou expressão popular. É difícil haver uma mãe ou uma avó que não use um de vez em quando, não é mesmo? O curioso é que, mesmo sem saber seu significado, quase todo mundo usa várias dessas expressões no dia a dia.
Pensando nisso, o Incrível.club pesquisou um pouco e reuniu algumas das mais curiosas e engraçadas. Confira só!
1. Acabar em pizza
O termo surgiu no futebol. Dizem que, na década de 60, alguns cartolas palmeirenses se reuniram para resolver alguns problemas do clube. A reunião, cheia de discussões no estilo italiano durou cerca de 14 horas e os dirigentes ficaram com fome.
Assim, todos foram a uma pizzaria e pediram 18 pizzas grandes. Depois disso, simplesmente foram para casa e a paz reinou de forma absoluta. Após esse episódio, Milton Peruzzi, que trabalhava no famoso jornal Gazeta Esportiva, noticiou a história com a seguinte manchete: “Crise do Palmeiras termina em pizza”. Daí em diante o termo pegou.
A curiosidade é que a pizzaria, no italianíssimo bairro do Brás, ainda existe.
2. Dor de cotovelo
O termo remete à figura de uma pessoa sentada em um bar, com os cotovelos em cima do balcão, enquanto toma uma bebida pra chorar as mágoas e lamentar a má sorte no amor. Dessa forma, de tanto ficar com os cotovelos nessa posição, o ’sortudo’ começaria a ter dores na região.
De fato, a expressão ficou bastante popular após fazer parte da letra das músicas de muitos sambistas e cantores românticos, com destaque para o compositor gaúcho Lupicínio Rodrigues, conhecido por compor canções que expressavam a melancolia por um amor perdido.
3. Guardado a sete chaves
Durante toda a Idade Média, era comum que os monarcas guardassem tesouros e objetos valiosos em grandes baús, com o intuito de esconder segredos ou acumular riquezas. Em Portugal, por exemplo, os reis adotavam um interessante sistema de guarda de joias e documentos importantes com quatro fechaduras diferentes: cada uma das chaves era distribuída a um alto funcionário do reino.
“Então por que falamos ‘sete chaves’ sendo que eram apenas quatro? ”
Simples: o número sete passou a ser utilizado em razão de seu valor místico, já que desde a época das religiões primitivas é associado a algo divino, perfeito e sagrado. Foi assim que se começou a utilizar o termo ‘guardado a sete chaves’ para designar algo extremamente bem guardado, perfeito, praticamente impossível de ser descoberto.
4. Fazer nas coxas
Geralmente usada para designar algo mal feito ou realizado de forma descuidada, a expressão ‘fazer nas coxas’ possui uma origem ainda imprecisa. A teoria mais propagada é a de que o termo tenha surgido na época da colonização brasileira.
Feitas de barro, as telhas usadas nas construções da época eram moldadas nas próprias coxas dos escravos. Assim, algumas vezes ficavam largas, outras vezes finas, nunca com um tamanho uniforme: algo ‘feito nas coxas’.
5. Custar os olhos da cara
Há quem diga que a expressão “custar os olhos da cara” tenha se originado quando o conquistador espanhol Diego de Almagro perdeu um de seus olhos durante um conflito em uma fortaleza inca. Após retornar à sua pátria, diante do imperador Carlos I o espanhol teria dito ao soberano “Defender os interesses da Coroa espanhola me custou um olho da cara”. Depois desse episódio, foi apenas uma questão de tempo para que a expressão tenha se espalhado entre o povo.
6. Salvo pelo gongo
Acredita-se que as origens da expressão ‘salvo pelo gongo’ estão relacionadas à catalepsia, uma situação rara em que o indivíduo fica com os membros rígidos, sem conseguir se movimentar. Na Antiguidade, muitas pessoas que sofriam desse mal eram tidas como mortas e enterradas vivas. Tal realidade podia ser comprovada pelos posteriores arranhões que eram encontrados do lado de dentro dos caixões.
Foram os ingleses que criaram, durante o século XVII, um mecanismo que deu origem à expressão popular: amarrar uma corda ao braço do defunto e ligá-la a um sino de fora do túmulo. Assim, se o indivíduo tivesse sido enterrado equivocadamente, bastava tocar a sineta e ser literalmente “salvo pelo gongo”.
7. Jurar de pés juntos
Empregada como uma forma de indicar a veracidade nas palavras de alguém, a expressão “jurar de pés juntos” tem uma história que nos leva à Idade Média e aos movimentos da Igreja Católica na tentativa de punir os crimes contra sua fé.
Criada na França do século XII, a Inquisição foi um conjunto de instituições da Igreja que visavam ao combate às heresias que representariam ameaças à hegemonia dos dogmas católicos. Os métodos usados pelos inquisidores muitas vezes envolviam a prática de tortura: os supostos hereges eram oprimidos até que confessassem seus crimes religiosos.
O termo “jurar de pés juntos” acabou surgindo na Península Ibérica como uma analogia ao método de tortura usado pelos religiosos, pelo qual a pessoa tinha seus pés amarrados ou era até mesmo pendurada de cabeça para baixo.
8. Lágrima de crocodilo
Quando se diz que uma pessoa está chorando “lágrimas de crocodilo”, quer dizer que está fingindo, chorando de uma forma falsa. Tal expressão, utilizada no mundo inteiro, veio do fato de que o crocodilo, quando está devorando suas presas, faz uma pressão muito forte sobre o céu da boca.
Esse esforço acaba estimulando as glândulas lacrimais do animal, dando a impressão de que o bicho está chorando, ou melhor, se lamentando ao comer suas presas.
9. Pensando na morte da bezerra
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das antigas tradições hebraicas, pelas quais os bezerros eram sacrificados como forma de redenção de pecados.
O conto popular narra que um filho do rei Absalão tinha grande apego por uma bezerra que acabou sendo sacrificada por ordem de seu pai. Assim, após o animal morrer, o jovem ficou se lamentando e pensando em sua morte por vários dias. Não se sabe por que, mas após alguns meses o garoto também faleceu.
Verídica ou não, a história serviu de base para o surgimento da expressão “pensando na morte da bezerra”, usada geralmente para se referir a alguém passivo, que só sabe se lamentar, distraído ou excessivamente introspectivo.
10. Tirar o cavalo da chuva
É provável que a expressão tenha tido origem a partir de um costume muito antigo do século XIX, quando a maioria dos brasileiros ainda se locomovia a cavalo. Quando uma pessoa ia fazer uma visita a um amigo, por exemplo, a etiqueta da época recomendava deixar os cavalos na frente da casa do anfitrião, dando um claro sinal de que a visita não iria demorar.
Da mesma forma, se o convidado amarrasse seu animal nos fundos ou em outro local mais protegido, estaria querendo dizer que pretendia demorar com a visita, algo de certa forma indelicado. Porém, quando a visita era muito agradável, o próprio anfitrião sugeria ao seu convidado que tirasse o cavalo da chuva ou do sol e o amarrasse em um local mais protegido.
No entanto, com o passar dos anos o termo “tirar o cavalo da chuva” passou a ser usado para designar desistência ou abandono de pretensões. Até hoje não se sabe exatamente como essa associação ocorreu, mas é provável que tenha se originado a partir da situação na qual o anfitrião tentava convencer seu convidado a não partir: algo como “desista, tire seu cavalo da chuva, pois não vou deixar você ir embora”.
Gostou da nossa seleção? Conhece a origem de outras expressões? Conte aqui nos comentários 😊
Comentários
Adorei!! Sempre falei essas coisas sem sentido sem nem ter ideia de como surgiram
Fazer nas coxas não tem nada a ver com o que está no texto. Trata-se de uma expressão de cunho sexual. Salvo pelo gongo refere-se ao boxe. Quando um dos lutadores está a ponto de ir a nocaute, e o gongo soa, indicando pausa.
O burro puxava a carroça todo dia, e passava em seu trajeto por cima de uma ponte, um dia o rio encheu encobrindo a ponte, o burro então não viu a ponte, mas como conhecia bem o trajeto se aventurou e continuou seu percurso, só que ao tentar passar pela ponte caiu no rio, pois o rio tinha levado a ponte. DITADO >> DE ACHAR, MORREU UM BURRO