10 Passos simples contra o sexismo que todos podemos colocar em prática

O sexismo é tão firmemente enraizado na sociedade que, às vezes, é difícil identificá-lo. Está presente em muitas áreas: a ideia da mulher e do homem ideal, o nível dos salários e até das piadas. Há também um sexismo reverso, quando um homem é automaticamente visto como um mestre em tudo, capaz de consertar uma torneira e um guindaste, quando na realidade não precisa necessariamente saber como fazê-lo.

O Incrível.club analisou como o sexismo pode se manifestar na vida cotidiana e o que pode ser feito para reduzir sua disseminação.

1. Procure não apoiar piadas sexistas

Ver as notícias nas redes sociais e rir de memes é uma boa maneira de aliviar sua cabeça e fazer uma pausa. Mas, às vezes, imagens e piadas, inocentes à primeira vista, escondem conotações sexistas, ou mesmo incitam ao assédio virtual. Vale a pena apoiá-los com um “Like” e compartilhá-los se o que estamos procurando é respeito mútuo? O mesmo se aplica a piadas quando conversamos cara a cara com alguém.

2. Fale sobre sexismo com as gerações mais jovens

Explique às crianças que elas não devem iniciar uma conversa avaliando os aspectos físicos de alguém. Ensine os garotos a perceber corretamente uma possível rejeição. Diga a suas irmãs mais novas, sobrinhas e filhas que elas não precisam se sentir envergonhadas por dizer “não” a um homem, e que não devem se sentir culpadas por isso. Além disso, qualquer tentativa de assédio deve ser interrompida.

3. Escolha expressões corretas

O estilo de comunicação com as crianças e as frases dos adultos deixam uma marca em seus pontos de vista e ações futuras. Quando você fala com um filho ou sobrinho, ele abandona expressões estereotipadas e perigosas como “você é uma menina”, “meninos não choram”, etc. Procure afirmar que não há campos de atividade “femininos” e “masculinos”, mas coisas como vocação e habilidades.

4. Não apoie os chefes com mentalidade antiga

Leia atentamente as ofertas de emprego. Restrições como “estamos à procura de candidatos com menos de 35 anos” e perguntas como “Você está planejando ter um filho?” falam sobre discriminação. Nem sempre há muitas oportunidades de encontrar trabalho, ainda assim é importante prestar atenção a outras opções. Ou mencionar ao empregador que ele está violando as leis trabalhistas.

5. Não use seu gênero para obter um favor

Às vezes, as garotas atrás do volante encontram pessoas com uma atitude um tanto depreciativa ou frívola. No entanto, isso não significa que as mulheres vão piorar ou que não precisam responder caso tenham violado as regras de trânsito.

A discriminação pode ter uma forma mais branda chamada “sexismo benevolente”, por exemplo, pequenos privilégios, como a possibilidade de não pagar as contas, ou frases que remetam ao “sexo frágil”. No final, isso imperceptivelmente priva uma mulher de sua independência.

6. Não apoie o sexismo nas interações sociais

Muitas vezes, ao procurar um apartamento, você pode encontrar restrições como: “Alugo apenas para estudantes moças”. Mas o gênero não diz nada sobre como uma pessoa se comportará em um quarto alugado. Para nivelar essa atitude dos proprietários, pode-se conscientemente ignorar esses anúncios ou, pelo seu exemplo, demonstrar aos proprietários dos apartamentos que a posição deles está errada.

7. Não ignore as injustiças

Muitas vezes, o sexismo aparece na publicidade ou se torna sua ferramenta. Tais casos podem ser reportados a órgãos específicos. Há ativistas que procuram campanhas publicitárias semelhantes e divulgam informações sobre elas. Como resultado, isso afeta negativamente a reputação da empresa que lançou o anúncio.

8. Se você é pai, assista às reuniões da escola de seus filhos

Às vezes, os pais são vistos de forma ambígua nas reuniões da escola, e os professores parecem não ter confiança neles, dizendo que podem esquecer alguma coisa, não passar informações para a mãe, etc. Esta é também uma forma de sexismo que deve ser combatida. Neste caso, com fatos: demonstrar aos professores e a outros pais a responsabilidade de criar um filho. Isso fará com que sejam respeitados e será um excelente exemplo para o seu filho.

9. Informe às autoridades pertinentes se seus direitos e liberdades tiverem sido violados

Há situações em que o agressor invade rudemente o espaço pessoal da outra pessoa e é capaz de causar pelo menos sofrimento moral. Cerca de 20 pessoas por minuto estão sujeitas a violência doméstica e, nesses casos, não vale a pena resistir. O divórcio é um fato difícil, mas viver por muitos anos com um agressor é ainda pior.

Estranhos também podem violar limites pessoais: alguns chefes confiam em sua impunidade, permitindo-se mais do que a cultura do escritório determina. Essas coisas podem ser silenciadas por medo de demissão. Mas se quisermos melhorar a sociedade, é importante informar as autoridades responsáveis pela aplicação da lei.

10. Pense naquilo que diz

Procure controlar o que é dito não apenas durante a comunicação oficial, mas também durante uma conversa amigável. Confortando um amigo ou namorada, não culpe a sua aparência. Concentre-se nas qualidades e comportamento. Por exemplo, a roupa é uma escolha pessoal que deve ser respeitada e não deve afetar a atitude em relação a uma pessoa.

Com que frequência você encontra situações de sexismo? Está tentando enfrentá-las? Se sim, de que forma?