10 Mitos sobre o balé que enganam até quem dança

Curiosidades
há 1 dia

A figura da bailarina — graciosa e delicada — é um clássico do cinema, e facilmente nos deixamos levar por essa visão encantadora. Mas a realidade é bem diferente do que aparece na tela. Por trás dos tutus esvoaçantes e dos movimentos leves, existe uma rotina exaustiva, marcada por esforço, disciplina e desafios que passam longe da fantasia cinematográfica.

As bailarinas usam maquiagem marcante e estão sempre impecáveis

As bailarinas geralmente fazem a própria maquiagem, mas há um detalhe curioso: elas evitam batom vermelho no palco. O motivo? O subtom da cor. Dependendo da iluminação dos refletores, o batom pode parecer alaranjado ou azulado, criando um efeito indesejado para o público.

Além disso, para garantir um visual impecável e mais conforto durante as apresentações, muitas bailarinas abrem mão da lingerie, já que seus collants costumam ter forro embutido.

As bailarinas seguem dietas rigorosas

Parece que as bailarinas, sempre esbeltas, se alimentam de forma extremamente restrita — um estereótipo reforçado pelo cinema. Quem não se lembra de Nina, em Cisne Negro, sobrevivendo basicamente de pepinos e grapefruits? Quando sua mãe comprou um bolo, a reação foi explosiva.

Mas o que as próprias bailarinas dizem sobre isso: “Treinamos das 10h às 19h, com pausas muito curtas. Precisamos nos alimentar bem, ou simplesmente não teremos energia para trabalhar. Sim, o balé tem padrões estéticos, mas sabemos que passar fome só prejudicaria nosso desempenho.”

Uma bailarina compartilhou seu cardápio diário: “Café da manhã: café, torrada com abacate e ovo. Lanche: banana ou maçã. Almoço: sopa. Jantar: salada e bife. Mas, às vezes, também como batata chips, chocolate ou sorvete.”

Outra dançarina revelou: “No café da manhã, preciso de algo rico em carboidratos para ter energia: macarrão, pizza, pão com Nutella ou sanduíche de queijo.”

E todas usam polainas o tempo todo

Pode parecer que as polainas têm a mesma função das blusas de aquecimento nos treinos: manter os músculos aquecidos. No cinema, não é raro ver personagens dançarinas praticando com polainas longas. No entanto, esse acessório não é tão comum nas aulas de balé na vida real.

As próprias bailarinas explicam que, para alguns professores, é essencial enxergar a posição exata dos joelhos durante a execução dos movimentos. Polainas grossas e longas podem atrapalhar essa observação. Por isso, quando as usam, geralmente é em treinos caseiros — como fez a protagonista de Flashdance.

As cenas mais realistas são aquelas em que a bailarina usa a polaina em apenas uma perna. O Australian Ballet explica que, quando isso acontece, geralmente significa que o dançarino está tratando uma pequena lesão.

Tatuagens são algo comum

Nos filmes sobre balé, tatuagens costumam ser um símbolo de rebeldia e autoconfiança. Em Cisne Negro, por exemplo, a rival da protagonista exibe um desenho nas costas, reforçando sua personalidade forte e destemida.

Mas, na realidade, os próprios bailarinos acham essas cenas irreais. Segundo eles, tatuagens e piercings são raros no mundo do balé clássico. Para quem segue essa carreira, marcar a pele pode ser um risco profissional, a menos que já seja uma bailarina altamente renomada e indispensável para a companhia.

Os homens também usam sapatilhas de ponta

Nos filmes, é comum ver bailarinos usando sapatilhas de ponta. No entanto, na realidade, esse tipo de calçado é tradicionalmente parte do figurino feminino. Os homens raramente dançam na ponta dos pés, a menos que interpretem personagens específicos, como figuras mitológicas com cascos.

Isso acontece porque as bailarinas geralmente pesam menos do que seus colegas do sexo masculino, tornando o uso das pontas mais seguro para elas. Já para os homens, o risco de lesões ao subir nas sapatilhas de ponta é significativamente maior.

A área das axilas das bailarinas está sempre impecável

As bailarinas no cinema sempre aparecem com as axilas impecavelmente depiladas, mesmo durante os ensaios. Isso dá a impressão de que a ausência de pelos nessa área é uma exigência profissional.

Na temporada de apresentações, elas realmente precisam manter a pele lisa, recorrendo não apenas à depilação, mas também a produtos para evitar irritações e pelos encravados. No entanto, algumas confessam que, fora dos palcos, aproveitam para dar um descanso às axilas.

Os pés das bailarinas não são feios

No cinema, as bailarinas geralmente sofrem com problemas nos pés: o uso constante das sapatilhas de ponta causa lesões, e elas precisam suportar a dor em nome da arte. Não é raro que seus dedos e unhas sejam retratados de forma quase assustadora.

Na realidade, porém, as próprias bailarinas afirmam que essa visão é exagerada. Claro, calos e bolhas fazem parte da rotina, assim como acontece com qualquer atleta, mas a dor extrema mostrada nos filmes não reflete a experiência da maioria. Além disso, elas contam com diversas técnicas para proteger e cuidar dos pés, reduzindo o impacto da rotina intensa.

Por exemplo, existem almofadas de silicone especiais que proporcionam mais conforto ao dançar na ponta.

Ensaiam com roupas leves

Nos filmes, as bailarinas parecem sempre prontas para um ensaio fotográfico de revista de moda, até mesmo durante os treinos. Mas, se dermos uma espiada em um verdadeiro estúdio de balé, como o do Royal Ballet, veremos dançarinos vestidos com roupas confortáveis e quentes — alguns até ensaiam de jaqueta.

Uma bailarina explica a escolha do figurino para os treinos: “Sempre levo um colete quente para os ensaios. Manter a coluna aquecida é essencial para um dançarino. Assim, se faço uma pausa, não preciso aquecer o corpo novamente antes de voltar a dançar.”

As bailarinas sempre têm cabelos longos

É raro ver uma bailarina de balé clássico no cinema com cabelos curtos. Isso faz muitas pessoas acreditarem que, como elas sempre se apresentam com um coque, seus cabelos precisam ser longos o suficiente para esse penteado.

Na realidade, porém, não há essa exigência. Existem coques postiços que permitem que bailarinas com cabelos curtos também adotem o visual tradicional. De acordo com uma bailarina de verdade, uma dançarina de balé pode até usar um corte pixie.

As bailarinas se apresentam apenas com tutus e parecem fadas

Para quem não frequenta o mundo do balé, a expressão “figurino de bailarina” geralmente evoca a imagem de uma fada delicada em um tutu esvoaçante. No cinema, as personagens costumam seguir esse estereótipo, dançando em figurinos leves e em tons suaves, parecendo verdadeiras princesas encantadas.

Na realidade, porém, os figurinos das bailarinas são muito mais diversos do que se imagina. Uma dançarina profissional explica: “Só usei um figurino rosa delicado duas vezes — quando interpretei a Fada Açucarada e a Aurora. Normalmente, usamos collants, figurinos elaborados e vestidos em diferentes cores e estilos.”

Não enfrentam problemas durante o período menstrual

É evidente que as bailarinas não podem adiar uma apresentação por causa do ciclo menstrual. Para lidar com isso, elas adotam algumas estratégias, como usar saias e meias-calças escuras nos ensaios e optar por absorventes internos de alta absorção em vez de absorventes externos.

A jovem bailarina Luna Montana explica que muitas dançarinas também usam protetores diários como uma camada extra de segurança. O truque é recortar o absorvente externo no formato do forro do collant, garantindo um encaixe discreto. Para finalizar, elas vestem a meia-calça por cima do collant, garantindo que tudo fique no lugar e proporcionando maior conforto durante os movimentos.

Quebrando padrões no balé! Júlia Del Bianco prova que a dança é para todos – sem rótulos, sem limitações. Descubra sua trajetória e como ela inspira novos bailarinos a se expressarem livremente. Leia a história completa e veja como o balé vai muito além dos estereótipos!

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