20 Leitoras do Incrível relembram quais foram os piores presentes que já ganharam de seus sogros
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A fúria é uma emoção que experimentamos ante situações de extremo incômodo e irritação. É normal nos sentirmos incomodados se presenciamos uma injustiça ou se alguém nos ofende, por exemplo. No entanto, quando a reação é violenta e descontrolada, estamos diante de um ataque de fúria. Esses episódios podem provocar aumento da pressão arterial, suor excessivo, tensão muscular e enrubescimento, assim como o impulso de quebrar objetos, gritar, danificar móveis e agredir quem estiver por perto. Padecer desse tipo de ataque é prejudicial para a convivência e as relações sociais. Portanto, é importante identificar o problema e adotar ações que ajudem a contê-lo.
A equipe do Incrível.club, atenta a estudos e informações que tratam de saúde mental, decidiu pesquisar como evitar esse tipo de problema para ajudar você (ou qualquer pessoa com quem conviva) a lidar com situações como essa da melhor forma possível.
A fúria, como qualquer outra emoção, tem uma função prática. Em certas ocasiões, sob influência da raiva, adquirimos uma força interior que sequer conhecíamos para encarar obstáculos. O problema ocorre quando essa força foge do controle, causando danos físicos e emocionais a quem está à nossa volta e a nós mesmos.
Existem muitos fatores que podem servir de gatilho para um ataque de ira, tais como frustrações, más relações interpessoais, incapacidade para resolver um problema, situações percebidas como ameaças, além, é claro, de fatores de ordem fisiológica. Entre esses fatores estão a instabilidade emocional e transtornos como a depressão e a bipolaridade. Por fim, há questões relacionadas ao alcoolismo e ao uso de medicamentos ou de drogas ilícitas.
Há 3 tipos catalogados de ataques de ira:
Conhecer as fases da fúria e suas causas é fundamental para controlar esses ataques.
É importante prestar atenção aos sinais fisiológicos que são apresentados antes de um episódio de fúria, tais como a respiração entrecortada, o aumento do ritmo cardíaco e a sudorese, assim como a elevação da voz e a fala acelerada. A identificação desses sintomas permitirá tomar uma pausa e, se for possível, distanciar-se da fonte do conflito.
Quando estamos com raiva, um conjunto de pensamentos nos golpeia como uma avalanche. É recomendável concentrar-se e dar nome a cada uma dessas sensações. Isso torna mais fácil organizar os pensamentos e racionalizar as sensações, evitando, dessa maneira, uma resposta espontânea e desagradável.
A pessoa que está sob um ataque de fúria pode utilizar palavras com o tom alto e hostil para dizer o que sente. Aprender a se expressar baixando o tom de voz e usando uma linguagem mais suave ajudará a reduzir a tensão e a alcançar uma melhor comunicação.
Colocar-se no lugar da outra pessoa nos ajuda a entender suas atitudes. Dessa maneira, podemos tentar compreender o que acontece e evitar reagir negativamente ao que nos disserem.
Quando estamos muito irritados, muitas vezes deixamos de prestar atenção ao que nos dizem, o que, por sua vez, faz com que o conflito se torne ainda pior. Escutar adequadamente os demais potencializará a capacidade de entendimento mútuo e evitará mal-entendidos.
Antes de dizer ou fazer algo que possa ferir alguém, é importante parar um pouco e pensar nas possíveis consequências. Se não é a primeira vez que acontece um ataque assim, é válido lembrar o que aconteceu na vez anterior e como as coisas terminaram. Dessa forma, pode-se parar o possível ataque e evitar resultados dos quais poderíamos nos arrepender.
O fato de uma pessoa ter pontos de vista diferentes dos seus não é, em hipótese alguma, motivo para um ataque. Tenha em mente que a diversidade de opiniões é algo positivo e que criar uma batalha para mostrar que você tem razão só causará mais frustração e mal-estar.
O motivo da irritação realmente justifica sua reação? Reflita sobre isso cada vez que sentir que a fúria tenta “se apossar de seu corpo”. Racionalizar as causas de sua resposta emocional é de vital importância para evitar a conduta violenta.
Mesmo que essa dica pareça bastante clichê, realizar respirações profundas contando até 10 ou até o número que for preciso realmente funciona. A respiração é um meio de relaxamento quando realizada de forma consciente e pausada. Praticar técnicas adequadas de respiração e de meditação (mesmo que em sessões de apenas 5 minutos) pode ajudar a manter as emoções sob controle.
Se nada do que mostramos anteriormente funcionar e você sente que o ataque é iminente, o melhor é distanciar-se do que causa mal-estar. Quando não é possível se distanciar do que está incomodando, você pode tentar conseguir alguns minutos para esfriar a cabeça antes que a discussão comece. Uma técnica simples para fazer isso é a de repetir mentalmente a palavra BASTA sempre que perceber que suas emoções estão saindo do controle.
Como acabamos de mostrar, há uma série de técnicas simples que ajudam a recuperar o controle quando se está na iminência de um ataque de fúria. Sabemos, no entanto, que, nessas situações em que a cabeça já está quente, pode ser muito difícil não “explodir”. Portanto, o mais indicado é adotar alguns hábitos que ajudem a prevenir os acessos de ira.
Se, mesmo seguindo as recomendações acima, os ataques continuarem ocorrendo, você pode estar sofrendo do chamado Transtorno Explosivo Intermitente (TEI). Essa condição é caracterizada por episódios repentinos de violência e agressividade com uma duração de aproximadamente 30 minutos. As pessoas que sofrem do problema apresentam ataques de ira com maior intensidade e são incapazes de se controlar ou de pensar nas consequências. O TEI costuma ser mais frequente em adultos jovens e as causas podem estar ligadas a fatores do entorno, questões genéticas ou alterações na estrutura cerebral.
Um especialista profissional avaliará seu caso e o encaminhará ao tratamento mais adequado, seja pela psicoterapia ou mediante medicamentos prescritos por um psiquiatra.
Como você costuma lidar com a irritação? Conhece alguém que tenha ataques de violência quando está irritado? Que outras formas de prevenir o problema conhece? Compartilhe suas opiniões e histórias conosco nos comentários!