10 Diferenças na culinária da Coreia do Sul que podem ser inusitadas para os estrangeiros

Curiosidades
há 1 ano

A Coreia do Sul tem conquistado cada vez mais a atenção dos ocidentais não apenas pelas suas músicas contagiantes, dramas que prendem a atenção dos fãs, segredos de beleza, entre outros. O país, que como o Brasil, possui uma cultura muito rica, tem conquistado as pessoas pelos seus hábitos e pela culinária diversificada. Até mesmo quem ainda não conseguiu viajar para lá, pode experimentar as receitas tradicionais da Coreia do Sul, em sua própria casa.

1. Usam e “abusam” da pimenta

Enquanto em alguns lugares do Brasil a pimenta costuma ser dosada na preparação das refeições, na parte Oriental do mundo, os coreanos têm uma verdadeira paixão por esse ingrediente, sendo considerada uma tradição cultural. O segredo é que esse tempero tem propriedades que aliviam o estresse. Conforme o corpo reage aos efeitos da pimenta, ele libera endorfinas, que são analgésicos naturais e aumentam o humor.

Uma das pimentas mais famosas entre os coreanos é o gochujang (pasta de pimenta), que é geralmente utilizado em grandes quantidades, pode ser preparado ou até mesmo comprado em potes de 3 kg.

2. Pupa do bicho-da-seda é uma iguaria e pode ser encontrada no comércio de rua

Algo muito comum para os brasileiros é encontrar alguém vendendo um churrasquinho em quase todos os cantos. Mas na Coreia do Sul, existe um outro tipo de aperitivo que é bem incomum para os ocidentais: beondegi, ou melhor dizendo, a pupa do bicho-da-seda. Conforme a indústria têxtil no país foi prosperando, as pessoas decidiram aproveitar as sobras do inseto, cozinhando como um lanche, pois no passado não havia muitas fontes de proteína animal a um preço muito acessível.

Para consumi-lo é necessário marinar com molho de soja doce e ferver por horas com um pouco de água. Seu cheiro pode ser sentido a metros de distância. O beondegi pode ter uma textura macia e dura ao mesmo tempo, seu sabor é agridoce, por conta do toque de molho de soja. Essa iguaria pode ser encontrada em mercados tradicionais de rua ou em latas vendidas em supermercados. Vale ressaltar que hoje em dia não é algo tão procurado pela geração mais jovem.

3. Macarrão gelado é uma ótima opção em dias quentes

Se você não dispensa um bom prato de macarrão bem quentinho, talvez se surpreenda com o Naengmyeon, o macarrão frio coreano. Esse típico prato é servido em uma tigela de aço inoxidável com um caldo picante bastante gelado, formando uma sopa, que pode levar pasta de pimenta, carne, gergelim, pepino, vinagre e outras especiarias e, dessa forma, pode combater o calor durante os dias mais quentes do ano. Feito com um macarrão caseiro de farinha, trigo, batata-doce é similar ao espaguete, porém mais fino do que o que estamos acostumados a comprar nos mercados.

Originalmente criado na Coreia do Norte durante a Dinastia Joseon, acabou conquistando também os habitantes do Sul, na década de 1950. Além disso, já foi consumido no inverno, pois não havia tantos meios para armazenar o gelo, até que no final do século XIX criou-se o sistema de fornecimento de gelo, passando a ser uma comida típica de verão. Tradicionalmente, o macarrão comprido era comido sem ser cortado, pois simbolizava longevidade e boa saúde.

4. Feijão vermelho é usado de várias formas

Sabe aquele feijão que algumas pessoas colocam no pote de sorvete apenas para deixar congelado até a próxima vez que for usar? Enquanto ele faz parte da nossa tradicional refeição, geralmente acompanhado do arroz, na Coreia do Sul, os alimentos do nosso dia a dia podem ganhar outras formas, por exemplo: o feijão. No país, com esse ingrediente é feito o Patjuk, um mingau; além de bolinhos e doces criados com esse grão. Ademais, até mesmo existem picolés de feijão.

5. A acelga fermentada é um dos pratos mais populares

Se você não dispensa uma salada crua de vegetais e nela não pode faltar temperos como vinagre, azeite e sal, na “Grande Nação de Han” (como também pode ser chamado o país), um vegetal bastante popular não pode faltar à mesa: a acelga. Porém, ele é servido em sua forma mais popular, que surgiu durante a Dinastia Joseon: o kimchi — uma conserva apimentada de acelga coreana, levando pimenta chilli (ou curry), alho, cebolinha, nabo, gengibre, cebola, maçã, sal, farinha de trigo e água.

Além do kimchi, outras comidas fermentadas são consumidas, como o Doenjang (pasta de feijão); e, desse modo, permite-se a conservação desses alimentos.

6. Variedade de frutos-do-mar

Um detalhe que pode impressionar os turistas que visitam o mercado de peixes na Coreia do Sul é a variedade de frutos-do-mar. Diferente das peixarias que temos no Brasil, cujo foco geralmente é na venda de peixes, lá é possível encontrar de tudo (ou quase): além dos peixes, camarões, caranguejos, também há polvos, lulas, raias, mariscos, ostras, mexilhões, moluscos, comumente vendidos popularmente.

7. Alga marinha seca é tão popular quanto batata chips

Nada como comer uma batata chips ou um biscoitinho salgado para saciar o apetite, não é mesmo? Mas, ao mesmo tempo, pode bater aquela culpa por estar comendo “besteiras” nada saudáveis. Que tal trocar seu salgadinho por alga marinha? Você deve estar quase gritando: “O quê?”, mas essa planta que nasce no mar é rica em nutrientes e minerais.

Seus benefícios são: melhorar a função do cérebro, coração, inflamações e dores; regular o metabolismo; auxiliar no emagrecimento; reduzir flacidez e rugas precoces, entre muitos outros. A alga marinha comestível faz parte de vários pratos, mas sua versão desidratada e temperada é um delicioso aperitivo para os sul-coreanos.

8. Um de seus pratos é servido em uma panela de pedra quente

Geralmente, como é o prato onde você come? Diferente dos nossos típicos pratos de louça, na Coreia do Sul uma receita tradicional do país é servida em uma panela de pedra-sabão muito quente, chamada Dolsot (que literalmente significa “pote de pedra”), garantindo um arroz crocante e tostado. O nutritivo e saboroso Dolsot bibimbap leva arroz, cenoura, ovo, cogumelos, abobrinha e pasta de pimenta.

9. Cortar carnes com tesoura

Nada de faca, a tesoura é muito mais eficiente. Para os sul-coreanos, esse instrumento é mais prático para cortar os alimentos, por isso pode ser um choque cultural para os turistas de primeira viagem, quando se deparam com os nativos tranquilamente cortando as carnes com tesouras enquanto estão sendo grelhadas, em vez de tirá-las, colocá-las em um prato, cortá-las com uma faca e então devolver para a grelha para terminar de cozinhar.

10. O dalgona candy é um dos doces mais populares

Quando se pensa em doces tradicionais do Brasil, logo vem à cabeça: paçoca, pé de moleque, cocada etc., certo? Na Coreia do Sul, também existe um doce bem famoso, o dalgona candy ou ppopgi, como já foi chamado na década de 1970 até o início dos anos 2000.

Seus ingredientes são absolutamente simples: açúcar derretido e bicarbonato de sódio. Talvez você já tenha visto no drama Round 6 (ou Squid Game), com seu formato redondo e com uma figura no centro. Além disso, na tradição coreana se você comer pelas beiradas até soltar o desenho, sem quebrar, ganha mais um doce.

Você já conhecia algumas dessas curiosidades da culinária sul-coreana? Qual é a que mais chamou a sua atenção? Conte para a gente e não se esqueça de compartilhar com seu amigo que é fã da Coreia do Sul!

Observação: Este artigo foi atualizado em Janeiro de 2023 para corrigir o material de origem e/ou imprecisões factuais.
Imagem de capa sisterrr2 / Reddit

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