Idade medieval era realmente nojenta, imagina ter musgos no lugar de absorvente 😬😠
10+ Detalhes sobre a vida na Idade Média — uma época na qual as pessoas vestiam sapatos pontudos e usavam enguias como moeda
A Idade Média por vezes também é chamada de Idade das Trevas. E até hoje muitos acreditam que naquela época as pessoas não tomavam banho, não escovavam os dentes ou iam ao banheiro onde bem entendessem. Claro, tudo isso não passa de um mito, assim como muitas outras coisas sobre esse período tão debatido da História.
Nós, do Incrível.club, descobrimos 13 fatos e curiosidades interessantes sobre a vida na Idade Média, e estamos prontos para compartilhá-los com você. Acompanhe!
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Durante a Idade Média, as mulheres, por via de regra, não usavam roupa íntima. Para essa função, costumava-se usar uma espécie de camisola debaixo do vestido. No entanto, foi exatamente nesse período que surgiram os primeiros sutiãs, e eles eram muito parecidos com seus análogos modernos. Apesar disso, usá-los era considerado indecente, pois deixavam o busto marcado e, portanto, mais perceptível. Foi assim que um médico do rei francês Filipe IV descreveu um sutiã: “Algumas mulheres inserem duas sacolas ajustadas para o tamanho e forma de seus seios nos vestidos, os acomodam nelas todas as manhãs e então as prendem, sempre que possível, com uma fita da mesma cor da roupa”.
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Calças usadas como roupa íntima eram uma prerrogativa exclusivamente masculina. Há indícios, contudo, de que as mulheres podiam usar um tipo de calçola durante o período menstrual para ajudar a manter uma espécie de conjunto de remendos de tecido no lugar. A propósito, para melhorar a absorção, musgos podiam ser colocados dentro dos remendos. E para mascarar possíveis odores, as mulheres andavam com buquês de flores e nozes-moscadas.
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A Idade Média é considerada por muitos um período bastante sujo da humanidade, mas essa afirmação é um tanto injusta. Em muitas cidades as termas criadas ainda no tempo do Império Romano permaneceram funcionando por um bom tempo. E na Inglaterra do século XII, com financiamento da Igreja, foram construídos banhos públicos nos locais onde funcionavam as antigas termas. No geral, com o crescimento das cidades, complexos de banhos públicos foram surgindo por toda a Europa. E como eram utilizados por todas as classes sociais, seu uso era tributado assim como outros serviços, como o moinho ou a forja.
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Banheiros públicos também já existiam. Na Londres medieval havia não menos do que uma dúzia deles, e um ficava localizado exatamente na Ponte de Londres — uma das principais rotas de transporte urbano, responsável por conectar as duas partes da cidade separadas pelo rio.
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No imaginário popular, a Idade Média é frequentemente associada a indivíduos com dentes podres e bastante sujos, e isso é impreciso. Na verdade, a cárie era algo bastante raro naquele período, pois havia pouco açúcar na alimentação da maioria das pessoas. Contudo, existia um problema bucal bastante expressivo: o desgaste dos dentes. E o pão era o principal culpado. Como os moinhos eram de pedra, o uso contínuo acabava por erodi-los, formando uma areia que ia parar na farinha e consequentemente no pão, desgastando assim o esmalte e a dentina dos dentes.
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Além disso, as pessoas cuidavam da higiene bucal. Elas costumavam escovar os dentes e as gengivas com um pano de tecido de linho e usar pastas ou misturas em pó, como sálvia e cristais de sal no processo. E para livrar-se do mau hálito, era comum mascar sementes de erva-doce, salsa ou até cravo.
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Uma das “tendências” da moda mais marcantes da Idade Média eram os calçados de ponta longa e fina. Eram conhecidos como poulaines e podiam ser usados tanto por homens como por mulheres. Por outro lado, eles frequentemente eram motivo de escândalo e discussão: algumas pessoas acreditavam que o formato do sapato “era mais propício às garras de demônios do que para ser usado como um ornamento por homens”. Tanto é que o rei Eduardo IV da Inglaterra aprovou uma lei proibindo o uso de poulaines com pontas maiores do que 5 centímetros.
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Apesar disso, esse tipo de calçado era tão popular que até influenciou o formato das armaduras. Supõe-se que os sapatos de ferro com pontas longas das armaduras eram usados principalmente por cavaleiros. Segundo um registro histórico, após uma batalha foi encontrado uma pilha de pontas cortadas de sapatos de armadura. Os cavaleiros tiveram de cortá-las para poder se locomover melhor depois de serem forçados a desmontar dos cavalos e continuar a lutar.
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Uma das moedas usadas durante a Idade Média na Europa foram as... enguias. O autor de O Livro do Juízo Final conta em sua obra como os britânicos chegavam a dever impostos no valor de 500 mil enguias. No mais, o doutor em história John Wyatt Greenlee usou o conversor de valores medievais do Arquivo Nacional britânico para calcular valores correspondentes entre enguias e dólares. Assim, ele calculou que a assinatura da Amazon Prime custaria entre 150 e 300 enguias na época.
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Os animais criados para pecuária na Idade Média tinham um tamanho significativamente diferente do que estamos acostumados a ver hoje em dia. Por exemplo, um boi adulto tinha aproximadamente a mesma altura que a de um bezerro atualmente. Segundo o zooarqueólogo Idoia Grau-Sologestoa, entre os séculos VIII e XIX o gado teve o menor tamanho registrado até então através de observações zooarqueológicas. E o pesquisador atribui isso ao fato de que naquele período os animais tinham de buscar alimentos praticamente por conta própria.
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As gárgulas nas catedrais góticas não tinham uma função decorativa. Primeiramente, elas serviam como um desaguadouro, ou seja, para escorrer a água das calhas do telhado. E o próprio termo francês para gárgula indica isso — gargouille. “Garg” vem do verbo gargarizare do latim vulgar, e significa “gargarejar”. E a segunda raiz é uma variação da palavra gueule, que significa “boca”.
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O futebol era uma das atividades de lazer mais populares na Europa medieval. Na época, o número de jogadores não tinha um limite estipulado e existiam poucas regras, e por isso também que, apesar de bastante difundido, frequentemente esse esporte causava danos tanto às propriedades como aos próprios jogadores. Tanto é que, após diversas reclamações de comerciantes londrinos, em 1314 o rei Eduardo II proibiu o futebol na capital do reino. E a justificativa foi a seguinte: “...há muito barulho na cidade causado pelo bater de grandes bolas das quais podem surgir muitos males”. A violação do decreto poderia acarretar prisão.
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Não apenas pessoas, mas animais também podiam ser convocados para comparecer frente a um tribunal. Em 1474 um galo foi considerado culpado pelo “crime não natural” de ter colocado um ovo. Além disso, ratos frequentemente recebiam notificações judiciais pedindo para que deixassem um local. E em 1596, em Marselha, na França, houve um processo judicial contra golfinhos.
Você conseguiria se adaptar às características da vida na Idade Média? Gostaria de provar um sapato poulaine ou de jogar uma partida de futebol medieval? Conte para a gente na seção de comentários.
Comentários
Os banhos nao eram diários e nos lugares frios ainda não são, por isso doenças matavam mais do que hoje
EU TAMBÉM USEI CINZA E CARVÃO PRA ESCOVAR JUNTO COM UM PEDAÇO DE PANO PRA NÃO TER CHEIRO RUI, A GENTE MÁSCAVA CASCA DE LIMÃO E DE LARANJA