As histórias por trás dos 10 maiores medos das crianças brasileiras

Curiosidades
há 5 anos

A infância é uma fase de descobertas e de magia, mas também de medos e inseguranças. É quando aprendemos muito sobre o mundo e em que tudo é novidade, mas temos grandes medos. E cada cultura tem seus mitos e personagens capazes de aterrorizar os pequenos.

Incrivel.club reuniu as 10 histórias por trás dos medos das crianças brasileiras para você relembrar e descobrir a origem desses casos.

10. Homem do saco/Papa Figos

A lenda conta que o velho do saco ou papa figo buscava por crianças que estivessem desacompanhadas de adultos, oferecia presentes, as raptava e depois se alimentava dos fígados dessas vítimas. Mesmo nos dias atuais, essa história é utilizada para assustar as crianças e ensinar que não se deve aceitar nada de estranhos.

Acredita-se que essa lenda tenha tido origem no Nordeste, onde houve um surto de doenças que acometiam o fígado, e para controle do foco das doenças, profissionais faziam a punção do fígado das pessoas que morriam, em sua maioria crianças. A lenda provavelmente foi propagada pela população da época que pensava que os agentes de saúde eram o “papa-figo” (papa-fígado).

9. Cantigas infantis que escondem seu real significado

Cantar músicas contribui para um desenvolvimento saudável da criança, já que favorece a autoestima e socialização dos pequeninos. Mas você já parou para pensar no conteúdo dessas músicas infantis? Clássicos do folclore brasileiro como “Atirei o pau no gato”, por exemplo, guardam a importância de preparar as crianças para o “mundo real”, com a percepção do bem ou mal e o conhecimento de que existe o além do politicamente correto. Afinal, infelizmente, animais como gatos ainda são maltradados por aí.

8. Loira do Banheiro

Essa lenda é popular em todo o País. Muita gente acredita que, para que a loira do banheiro apareça, é só seguir todo o ritual que inclui abrir torneiras, dar descargas entre outras coisas. A origem mais provável dessa lenda data do século XIX e remete à jovem Maria Augusta de Oliveira, que vivia em Guaratinguetá, Interior de São Paulo e sofreu muito com um casamento infeliz, separou-se, e anos mais tarde teria falecido de raiva (doença), que causa desidratação. O local da casa onde Maria Augusta viveu deu lugar a uma escola estadual e boatos surgiram de que Maria vagava, abrindo torneiras para que pudesse matar a sede. Historiadores acreditam que a lenda tenha sido reforçada por professores para evitar que alunos ficassem saindo da sala a todo instante para ir ao banheiro e, assim, matar aula.

7. Bicho Papão

O bicho-papão seria uma criatura que vive embaixo da cama e que se alimenta de crianças teimosas. Assim como a história do homem do saco, o bicho-papão é também usado pelos pais como artifício na educação das crianças para que elas sejam mais obedientes.

6. Se deixar chinelo virado para baixo a mãe morre

A crença popular diz que, se você deixar o chinelo virado para baixo, sua mãe morrerá. Essa lenda foi disseminada pelas próprias mães porque antigamente as casas não tinham acabamento no chão e deixar os chinelos com as solas viradas para cima faria com que os calçados se sujassem.

5. Zé do Caixão

José Mojica Marins, hoje com 82 anos, mais conhecido como Zé do Caixão, foi o primeiro cineasta a produzir filmes de terror no Brasil. Ele produziu mais de 30 filmes cujos títulos produziam calafrios, como o clássico de 1964, “À Meia-noite Levarei tua Alma” (assista aqui). Mojica, que nos anos 90 passou a ser considerado um cineasta cult, chegou a apresentar um programa, o Cine Trash, na Band, com filmes de terror. Porém em 1997, com a nova classificação indicativa de idade para os conteúdos da televisão, o programa saiu das tardes e mudou de apresentador.

4. Chupa-cabra

Essa suposta criatura sobrenatural ganhou notoriedade quando, na década de 90, foi responsabilizada pela morte de animais, principalmente cabras — daí a origem do nome — aqui na América Latina e nos Estados Unidos. Os animais atacados apareciam com mordidas no pescoço e completamente sem sangue.

3. E.T de Varginha

Em 1996, a imprensa brasileira noticiou supostas aparições de Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) em Varginha (Minas Gerais). Mas, claro, a história não teve testemunhas ou comprovações e, como tantos outros casos envolvendo OVNIs, ficou por isso mesmo. Mas o fato é que a cidade ficou associada desde então a essa história e até fez algumas homenagens ao suposto alienígena na forma de monumentos e de um memorial, em construção. Você confere aqui um relato do caso.

2. Mula sem cabeça

A existência dessa criatura folclórica ganhou força nas áreas rurais brasileiras porque foi disseminada pelas famílias como forma de controlar a castidade de suas filhas até o casamento ou evitar que se relacionassem amorosamente com padres. Uma das versões dessa lenda conta que se uma mulher casar com padre se transformaria na mula-sem-cabeça.

1. Boneco do Fofão

Um dos casos mais curiosos. De carona no enorme sucesso do Balão Mágico nos anos 80 e de sua apresentadora, Simony, que tinha um programa de TV na Globo, o personagem Fofão caiu no gosto das crianças. Foram criados, então, diversos produtos associados, incluindo um boneco com uma aparência que não era das mais simpáticas. Pior: logo, começaram a surgir boatos de que existiria uma maldição nesse brinquedo e que mãe, teria encontrado uma faca no interior do boneco. Outras pessoas diziam ter encontrado velas pretas e outras coisas estranhas dentro do boneco. Enfim, o Fofão seria uma espécie de versão brasileira de Chucky, o brinquedo assassino. Acredita-se que a história foi inventada por uma empresa concorrente para prejudicar as vendas do brinquedo.

Sua região possui alguma história ou lenda que esquecemos de incluir nesta lista? Você lembra de algum caso que não contamos? Conte pra nós!

Comentários

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Na minha infância, em Minas Gerais, a gente se caga** de medo do tal do "Véio do Saco"!
Era um negócio terrível.
Já com o meu filho... sinceramente... nunca fiz isso com ele. Sempre escolhi dizer a verdade e penso que é melhor ele ter respeito por mim e não medo de qq coisa que seja.

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