8 Perguntas que vão modificar o que você pensa sobre o universo

há 3 anos

Cerca de 95% do nosso universo consiste em matéria escura e energia, das quais os cientistas sabem muito pouco. Elas são apenas uma hipótese, que ainda precisa ser confirmada em 100%. Ou talvez não se confirme. Temos muitas outras perguntas sobre a estrutura do universo. Por exemplo: "O que havia antes dele?" e "Existem limites para o espaço exterior?". Em poucas palavras, o que existe são mais perguntas do que respostas.

O Incrível.club decidiu descobrir quantos problemas não resolvidos os cientistas modernos têm.

1. Como tudo era antes do Big Bang?

"Não havia nada". Essa era a opinião do grande Stephen Hawking. Segundo o cientista, antes do Big Bang, que aconteceu há 13,8 bilhões de anos, nosso universo não era nada... Não havia matéria, nem tempo, nem espaço. É claro que é difícil imaginar "nada", porque significa que não havia cor nem luz, nem mesmo vácuo; no entanto, de acordo com o cientista, essa palavra define melhor o que havia antes do surgimento do universo.

Porém, há outra teoria que afirma que antes do nosso universo havia dois outros que "colapsaram" entre eles e formaram o mundo que conhecemos. Além disso, há uma hipótese, que hoje praticamente não tem seguidores, que argumenta que o universo sempre existiu e nunca morrerá.

2. Haverá uma Grande Implosão?

De acordo com a teoria do Big Crunch, ou o Grande Colapso, em português, depois de um tempo nosso universo parará a expansão e começará a reverter o processo, pelo qual retornará novamente a uma singularidade, isto é, o mesmo estado em que estava antes do Big Bang.

As pesquisas modernas dizem que a taxa de expansão do universo não diminui (o que é necessário para iniciar a contagem regressiva até o momento do "colapso"), mas, ao contrário, aumenta. Portanto, esse final do universo, teoricamente, ainda não pode acontecer. Mas, por outro lado, a misteriosa energia escura que ocupa cerca de 68% do espaço a qualquer momento pode causar uma surpresa na forma de uma forte desaceleração da expansão, que será o primeiro passo para o começo do fim.

3. Do que é formada a matéria escura e o que é energia escura?

Segundo os cientistas, aproximadamente 95,1% do nosso universo consiste em matéria escura e energia escura: a primeira representa 26,8%, e a segunda 68,3%. A hipótese da existência de matéria escura foi publicada em 1922, quando um cientista britânico, D. Jeans, e seu colega holandês J. Kapteyn, usaram este termo pela primeira vez em seu trabalho, assumindo que a maior parte do material que preenche o universo é invisível.

Apesar do fato de que a ciência avançou no século passado, a existência da matéria escura permanece pura teoria. Embora sua presença seja confirmada por cálculos, os cientistas ainda não têm dados precisos sobre a composição dessa misteriosa "substância".

4. O que acontece se o nosso universo for apenas uma simulação?

Talvez essa seja uma das ideias mais perturbadoras da ciência moderna. Por exemplo, Elon Musk acredita que seria melhor para a humanidade se realmente tivéssemos sido criados por pessoas do futuro ou uma raça alienígena como uma simulação gigante.

Em 2006, o professor Seth Lloyd publicou o livro Programming the Universe (Programando o Universo, em tradução livre), bem aceito no mundo científico e que afirma que nosso universo é um gigantesco computador quântico, enquanto átomos e elétrons nada mais são do que bits de informação. Parece surpreendente que cientistas famosos considerem seriamente tais cenários, mas ao lembrar que mesmo a teoria da relatividade de Einstein não exclui a viagem no tempo, elas deixam de ser tão fantásticas.

5. O que acontece se não houver buracos negros?

Em 2015, Stephen Hawking resolveu o principal "problema" dos buracos negros: durante muito tempo considerou-se que a informação que entra em um buraco negro desaparece para sempre sem deixar vestígios. Isso foi contra alguns dos princípios da mecânica quântica, indicando que nenhuma informação pode desaparecer sem deixar vestígios. O cientista sugeriu que as informações do objeto "engolido" pelo buraco são armazenadas sob a forma de um holograma. E as partículas que saem de um buraco com radiação Hawking podem ler dados de sua superfície. Assim, as informações não desaparecem, o que "reconcilia" os buracos negros com a mecânica quântica.

No entanto, em 2014 a matemática Laura Mersini-Houghton apresentou uma prova matemática de que tais estruturas simplesmente não podem existir. Estes cálculos questionam não apenas a existência de buracos negros, mas também a própria teoria do Big Bang.

Os cálculos por Laura Mersini-Houghton negam a probabilidade de ocorrência de uma singularidade - um ponto com um tamanho infinitamente pequeno e uma densidade igualmente infinita e, portanto, a hipótese reconhecida pela ciência moderna sobre o nascimento do nosso universo.

6. O que acontece se o nosso universo é apenas uma parte do Multiverso?

Costumávamos acreditar que o nosso universo é um mundo único e irrepetível, que cobre tudo o que existiu e existirá. No entanto, os maiores físicos modernos, como Stephen Hawking, Brian Greene, Neil Tyson e Michio Kaku, entre outros, acreditam que nossa "casa" é apenas uma parte de um grande "quarteirão" formado por "casas" exatamente iguais.

A versão de universos múltiplos permite aos cientistas "reconciliar" teorias físicas contraditórias: sempre é possível dizer que alguns trabalham em um universo e outros em outro. Falando seriamente, a teoria da inflação cósmica, reconhecida pela ciência, confirma a existência de muitos universos, embora neste estágio do desenvolvimento da ciência seja impossível demonstrar sua presença fora da nossa "casa".

7. Se existe um limite para o universo, o que há atrás dele?

Como o nosso universo teve um começo, para o qual a ciência moderna considera o momento do Big Bang, é lógico supor que ele também tenha limites, inclusive apesar de sua constante expansão. Então surge a pergunta: o que há mais adiante? Este mistério torna-se especialmente interessante se rejeitarmos a teoria do Multiverso.

Então, vamos imaginar que alcançamos os limites do nosso universo e... ninguém sabe exatamente o que será. Além disso, no momento não há unanimidade entre os cientistas na questão da existência dos limites do universo, mas muitos concordam que é finito e infinito ao mesmo tempo. Como é? Imagine um viajante que anda na superfície da Terra: ele nunca alcançará suas fronteiras, mas, mais cedo ou mais tarde, retornará ao ponto de partida de sua jornada.

8. É verdade que a vida no sistema solar se originou na Terra?

Existem muitas teorias de graus variados de certeza sobre a origem da vida na Terra. E, embora a vida inteligente exista apenas em um planeta do Sistema Solar, existe uma versão de que a própria vida como forma de existência de corpos proteicos apareceu em Marte.

Segundo o cientista Steve Brenner, no momento da origem da vida, há cerca de 3,7 bilhões de anos (segundo outras estimativas, 4,1 bilhões de anos), em nosso planeta não havia boro e óxido de molibdênio suficiente, que são indispensáveis para o RNA. Mas como os "rudimentos" da vida chegaram à Terra? Ele afirma que eles foram trazidos por meteoritos do Planeta Vermelho, o que indiretamente confirmou o estudo do "visitante" marciano encontrado na Antártida, que continha boro.

Você acha que o universo tem limites e pode desaparecer em um instante?

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