Segundo a ciência, viver na bagunça faz seu filho se desenvolver muito melhor

Crianças
há 4 anos

É incrivelmente cansativo limpar e organizar o rastro de destruição que as crianças pequenas deixam pela casa. São brinquedos jogados pelo chão, comida que cai do prato na hora das refeições, cadeirão totalmente sujo e até objetos pessoais que os pequenos, em sua inocência, acabam quebrando, como aquele enfeite que você amava. Mas há um lado positivo nisso. Uma pesquisa mostrou que, a longo prazo, essa falta de ordem acabará se transformando em um grande benefício para a criança.

Incrível.club tem informações animadoras sobre o desenvolvimento do seu pequeno e como a bagunça pode ajudá-lo a ser um adulto melhor.

A desordem e o desenvolvimento das crianças

Muitos trabalhos já demonstraram a relação positiva entre o caos deixado pelas crianças ao testarem seus sentidos seu desenvolvimento cognitivo. Esse desenvolvimento, vale destacar, é inexorável e ocorre independentemente de a criança fazer ou não bagunça. Mas o fato de os pequenos estarem sempre testando a organização das coisas acaba sendo um empurrão a mais nesse processo.

A importância de deixar com que as crianças façam bagunça reside, sobretudo, no fato de que o desenvolvimento da criatividade se dá principalmente na infância. Por exemplo, é mais complicado, embora não impossível, para um adulto adquirir habilidades criativas do que para uma criança em pleno desenvolvimento cognitivo. Por isso a pesquisa afirma que vale a pena deixar que a criança desarrume os brinquedos.

A hora de comer

Larissa Samuelson, pesquisadora da Universidade de Iowa (Estados Unidos), em colaboração com outros colegas, conduziu a pesquisa mencionada com 72 bebês de 16 meses de idade. O estudo analisou a relação entre a aprendizagem das palavras pelas crianças com as brincadeiras e a desordem. A análise foi feita usando alimentos não sólidos, pois, em estudos anteriores, havia sido demonstrado que as crianças pequenas aprendem mais facilmente com objetos sólidos, pois podem identificá-los de acordo com seu tamanho e forma, que não mudam. A ideia, do uso de não sólidos, portanto, era interferir o mínimo possível no resultado do estudo, como explicaremos a seguir.

Os pesquisadores realizaram o teste em um ambiente conhecido dos bebês: um cadeirão infantil para comer. Nesse tipo de situação, o aprendizado de palavras aumenta e os bebês “estão acostumados a ver alimentos não sólidos — já que, nessa fase, a alimentação é constituída, basicamente, por papinha. E se você os expõe a novas informações quando estão no cadeirão, respondem melhor à situação. Eles estão familiarizados com essa configuração e isso os ajuda a se lembrar e a usar o que já sabem sobre os alimentos não sólidos”, diz Larissa.

Caos é sinônimo de aprendizagem

Depois da comida não sólida, os pesquisadores ofereceram aos bebês uma variedade de alimentos do mesmo tipo, como papinhas, sucos e sopas e deram a eles nomes inventados como “dax” ou “kiv”. Era de se esperar que os pequenos se divertissem enquanto exploravam, tocavam, sentiam, comiam e sim, também jogavam a comida no chão, para entender do que se tratava e fazer a associação correta com os nomes inventados que haviam ouvido para os alimentos.

Um minuto depois, Larissa e seus colaboradores ofereceram os mesmos alimentos aos bebês, mas com apresentações diferentes em termos de quantidade, tamanho e forma, e pediram que identificassem esses alimentos com os nomes correspondentes.

A pesquisa descobriu que as crianças que se sujavam, brincavam e interagiam com a comida eram mais propensas a associar os alimentos aos seus nomes corretos. Mas não só isso: “O fato de estar no cadeirão torna mais provável que o bebê se suje e faça bagunça, porque, de certa forma, ele associa esse móvel e esse espaço à possibilidade de se sujar”, explica Larissa.

Ao brincar com o alimento, a criança está aprendendo

Os pesquisadores concluíram que a mistura de comportamento, ambiente adequado e exploração desses espaços através do ato de brincar ajuda a desenvolver o vocabulário mais cedo. E evidentemente esse aprendizado está associado a um melhor desenvolvimento cognitivo subsequente. “Pode parecer que seu filho está apenas brincando no cadeirão, jogando coisas no chão. E, de fato, pode ser só isso. Mas ele também está recebendo informações com esse tipo de comportamento”, diz Larissa.

“O bebê pode usar essas informações mais tarde, como a associação entre o cadeirão e o alimento. Brincar com os alimentos realmente ajudou as crianças da pesquisa a aprenderem melhor os nomes e, portanto, a desenvolver a linguagem”, concluiu Larissa.

Como você reage à bagunça provocada por seu bebê na hora das refeições? Já sabia que esse aparente caos poder ser benéfico para ele? Deixe sua opinião na seção de comentários!

Imagem de capa ilmastodontti / Imgur

Comentários

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Pode ate ser bom p criança.. mas a mae virginiana aqui n aguenta ver esse tipo de coisa!

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POR ISSO Q MEUS FILHOS SAO INTELIGENTES VC N CONSEGUE NEM ENTRAR NO QUARTO DELES

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Balela! Criança tem q viver em ambiente limpo e seguro p ela.. longe de insetos e bagunça

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