10 Coisas que acontecem quando os pais decidem ficar juntos “pelas crianças”

Até o casamento mais sólido pode desmoronar. Segundo estatísticas, um a cada 4 casais acaba se divorciando. Mas a situação pode ficar bem complicada se os parceiros tiverem um filho, pois precisam decidir se a melhor opção é ficarem juntos pelo bem das crianças ou se vale a pena cada um seguir seu próprio caminho.

O Incrível.club apresenta, neste post, as consequências de sacrificar a própria felicidade pelas crianças. E algumas dessas consequências são bastante alarmantes.

1. As crianças aprendem a se contentar com pouco

A criança aprende com o exemplo dos pais. E, se eles não conseguem sair de uma situação estressante, ficando presos a velhos padrões de comportamento, a mensagem que fica para os filhos é a de que é muito difícil ter uma vida feliz e é mais seguro se contentar com pouco. Lutar pelas coisas que a fazem feliz parece ser algo inútil e perigoso, que só pode trazer decepção.

Os pais devem ensinar aos filhos que só se vive uma vez e que devem tirar o máximo proveito da própria existência, apesar de todas as dificuldades. A vida não é uma viagem fácil, mas isso não significa que devam se acomodar com pouco.

2. Podem ter medo do futuro

Mesmo que os pais briguem em particular, as crianças vão perceber que algo está errado e podem sentir medo do futuro. Não sabem que o motivo para uma possível separação é a insatisfação dos pais e, com isso, podem ficar preocupadas na hora de decidir com quem terão de ficar. Portanto, podem sofrer de falta de iniciativa e ter medo de fazer qualquer coisa que possa causar um colapso na família.

A comunicação é a chave para a estabilidade emocional da criança. Os pais devem explicar a ela o que está acontecendo e provar que farão qualquer coisa por sua felicidade.

3. Podem sofrer com um comportamento superprotetor e controlador

Quando o casamento se centra nos filhos, os pais podem facilmente esquecer de suas próprias vidas. Podem começar a manipular seus filhos ou ser muito controladores, porque desistiram da própria felicidade e, inconscientemente, querem receber algo em troca.

Enquanto alguns pais conseguem deixar os filhos seguirem as vidas com facilidade, outros podem ter problemas com o desapego, sentimento que pode se agravar à medida que a criança cresce e não precisa mais da ajuda deles tanto quanto no início.

4. As crianças não se sentem seguras ou cuidadas

As crianças são capazes de perceber o ressentimento e a incerteza dos pais e, com isso, podem ter a sensação de que estão sentadas sobre uma bomba-relógio, capaz de explodir a qualquer momento. Elas não sentem que seus pais podem protegê-las de qualquer perigo, muito menos que sempre estarão ao seu lado.

A principal responsabilidade de qualquer pai ou mãe, além de educar, é proteger seu filho de todos os problemas enquanto ele for jovem demais para isso, passando a segurança de que pode contar com sua ajuda.

5. As crianças sofrem de estresse e problemas de saúde

Segundo este estudo, as crianças que vivem em um ambiente hostil, mesmo que o conflito entre os pais não seja tão aparente, provavelmente sofram de problemas de saúde e desenvolvimento social. Os psicólogos sugerem que o estresse pode causar desequilíbrio hormonal, aumento da frequência cardíaca, distúrbios do sono e alguns problemas psicológicos, como a depressão.

Mesmo que os pais escondam os conflitos, isso não melhorará a situação: as crianças conseguem sentir a tensão e sofrerão as consequências disso.

6. As crianças não veem um bom modelo de relacionamento

Muitas famílias transmitem um modelo de relacionamento de geração para geração. Se as crianças perceberem desde a infância que “a família precisa ser salva, não importa o motivo”, quando crescerem, podem ter dificuldade de construir relacionamentos fortes e saudáveis. Elas sentem que suas opiniões e emoções não são tão importantes e que precisam se sacrificar para alcançar um objetivo maior. Nessas circunstâncias, seguem padrões impostos e não valorizam a própria felicidade.

Lembre-se de que as crianças olham para os pais e aprendem com base no amor e na conexão emocional, que as ajudarão na vida amorosa quando estiverem na idade adulta.

7. As crianças podem se sentir culpadas

Quando os pais decidem ficar juntos, os filhos podem sentir que a culpa da infelicidade do casal é deles e que são a razão de todos os problemas familiares. Crianças são extremamente sensíveis a discussões e provavelmente assumirão a culpa. Isso pode resultar em uma baixa autoestima, distúrbios do sono e até problemas de automutilação.

Os pais devem explicar que seus sentimentos um pelo outro não afetam seu amor pelos filhos e seus problemas pessoais não têm nada a ver com eles.

8. As crianças não aprendem como resolver conflitos

As crianças espelham-se no comportamento dos pais. Se os pais permanecem em conflito por muito tempo, em vez de resolvê-lo de alguma forma, os filhos poderão projetar esse comportamento em seu futuro. As crianças aprendem apenas a ficar em silêncio ou expressar suas emoções, mas não a resolver problemas. Com isso, também podem sofrer com dificuldades de comunicação.

Os pais devem dar um bom exemplo para ajudar as crianças a entender que todos os relacionamentos têm seus altos e baixos, mas é essencial garantir que o casal se sinta satisfeito com a decisão de continuar junto ou não.

9. As crianças não se sentem no controle da própria vida

Os pais geralmente não perguntam aos filhos o que é bom para eles ou os deixam tomar decisões por conta própria. Portanto, a criança pode sentir um ressentimento e tensão ocultos, mas não tem ideia do que pode fazer para melhorar a situação. Isso pode influenciar negativamente na sua autoestima e em sua capacidade de tomar decisões no futuro.

É claro que não há necessidade de informar seu filho sobre seus problemas pessoais, mas é melhor deixá-lo sentir que a opinião dele conta quando se trata de assuntos familiares.

10. As crianças sofrem com as dificuldades dos pais

Ser pai já é bem difícil, mas é quase impossível prestar atenção suficiente em um filho quando se está sob constante pressão tentando salvar o casamento, vivendo com alguém que não se ama. A coparentalidade pode ser mais fácil se os cônjuges não estiverem mais juntos, mas tiverem tempo para trabalhar em suas próprias vidas.

Levar uma vida feliz dá aos pais recursos internos suficientes para se engajar na educação de seus filhos sem sentir que estão sacrificando sua própria felicidade pelo bem das crianças.

Você já teve de tomar uma decisão sobre ficar com seu parceiro por causa dos filhos? Pode nos contar como foi? Conhece alguém que vive nessa situação?