20 Internautas contam como alguns professores marcaram suas vidas com poucas palavras

Gente
há 1 ano

Durante a nossa trajetória escolar e acadêmica, é comum que muitos professores passem por nós. Alguns, de forma breve e quase imperceptível, mas outros são capazes de fazer com que nos lembremos deles, mesmo que tenhamos pisado em uma sala de aula há muitos anos, com suas atitudes ou dizeres. Sendo lembranças positivas ou negativas, o fato é que são esses que levamos para a vida! E com isso, algumas histórias sobrevivem à passagem do tempo.

  • Sempre tive muita dificuldade com Matemática e, na 7ª série, tive uma professora que parecia sempre querer me ridicularizar na frente da turma, ela não gostava de mim. Uma vez, ela passou um trabalho de Geometria para fazer em casa. Minha mãe me ajudou e ficou lindo! No dia da entrega, minha avó faleceu e não fui à aula — então quando fui entregá-lo, na aula seguinte, a professora disse que não aceitaria, pois “não era um problema seu!” Apesar de eu ter explicado o motivo do atraso. © Livia Beatriz Almeida / Facebook
  • No meu caso, o problema era com a professora de Inglês, língua que nunca aprendi. Ela chegava na sala de aula, abria um livro didático e “sorteava” o número do aluno que iria ler a lição do dia. Mas, precisava ser na língua inglesa e de forma “correta”. Acontece que ela sempre me escolhia, e os outros alunos ficavam quietinhos enquanto eu passava por aquela situação desagradável, até que fui me cansando. Um dia, exausta, eu a confrontei, então ela apenas conferiu em sua caderneta quantas vezes eu havia lido na semana e não fez nada a respeito, infelizmente. A minha sorte foi ter me livrado dela certo tempo depois. © Maria Luisa De Sousa Almeida / Facebook
  • Na faculdade, a professora quis zerar a nota de uma aluna que não foi no dia da apresentação do trabalho em grupo porque o pai tinha falecido. Segundo a docente, “se você abre exceção para um, daria pano para manga para as pessoas faltarem com a justificativa de que estão com dor de cabeça, ou tpm”. Sim, ela falou isso. Mas, deu uma grande confusão e ela foi obrigada a dar a devida nota para a menina. © Camila Pavan Suzuki / Facebook
  • No 1o ano do ensino médio, faltei a uma prova de História por motivo de doença. Quando retornei, o professor quis aplicá-la no meio da aula, então tive de fazê-la em sua mesa, enquanto ele lecionava para o restante da turma. A prova foi basicamente uma folha em branco com a seguinte questão: “Escreva tudo o que você sabe”. Eu amava História, logo sabia muita coisa, não é à toa que escrevi na lauda inteira, frente e verso! Em um determinado momento, ele saiu da sala e ficou fora por cerca de cinco minutos. Então, no dia seguinte, eu a recebi corrigida, sem um erro sequer. Mas minha nota foi baixa, pois, segundo ele, eu colei enquanto ele estava fora. Briguei até ele aplicar outra “prova em branco”, e, dessa vez, exigi sala exclusiva com supervisão. Tirei nota máxima. © Grey Giotto / Facebook
  • Eu tive um professor na faculdade que, em um dia de avaliação, chamou de “frescura” o fato de eu querer achar uma cadeira para canhoto, então me mandou “sentar logo, e parar de frescura”. Bom, quem é canhoto sabe o desconforto que é ficar todo torto para escrever com a mão esquerda, em um encosto para destro, e esse desconforto atrapalha na concentração na hora de fazer a avaliação. Tive outra professora que minimizou o falecimento de um irmão meu. Eu passei uns dias sem ir à faculdade, após perder um irmão e, quando voltei, ela foi chamar minha atenção porque eu tinha perdido aulas importantes. Ao explicar o porquê das minhas faltas, ela disse: “Mas isso não é importante, importante é não perder o conteúdo para não ir mal na matéria!” Depois, ao final da aula, ela percebeu o que havia dito e até pediu desculpas, mas... © Victória Aoyama / Facebook
  • Eu tive um professor de Português que não gostava de mim, por isso sempre implicava comigo. No 8o ano do ginásio, ele deu uma prova surpresa e, felizmente, eu gabaritei, mas recebi nota 9. Questionei o porquê, já que tinha acertado todas as questões, e ele disse que a minha grafia da letra “t” estava incorreta. Não tive o que fazer, apenas disse que se o visse escrevendo da mesma forma, também iria cobrá-lo. © Nilce Souza / Facebook
  • Eu utilizava botas ortopédicas quando era pré-adolescente, mas era muito boa em atletismo. Infelizmente, os professores de Educação Física só treinavam os alunos de quem mais gostavam, aos quais, obviamente, nunca pertenci, mas eu treinava sozinha. Quando chegaram os jogos escolares, me escrevi em quatro categorias e me preparei demais, até que um docente veio me perguntar: “Você vai saltar com essas botinhas?” Eu disse: “Claro que não!” Então vesti minhas sapatilhas e saltei. No fim ganhei três das quatro modalidades que participei. © Gizele Leon de Aguero / Facebook
  • Certa vez, uma professora de Química zerou a nota do meu trabalho porque eu estava de luto pela minha avó que havia falecido recentemente (no dia anterior), portanto, não consegui participar da apresentação. Quando levei a certidão de óbito, ela ainda se negou a olhá-la. © Sara Mafei / Facebook
  • Tive uma professora em um curso que errou ao fazer a divisão dos alunos para a apresentação de um trabalho final. Então, ela perguntou quem não poderia apresentá-lo na parte da tarde. Eu prontamente respondi, pois trabalhava no terceiro turno e estudava de manhã. À tarde, dormia e, por já ter essa rotina, não conseguia alterá-la de uma hora para outra. Ela não quis mudar a dinâmica de maneira nenhuma, mesmo eu avisando previamente que não conseguiria no horário estipulado, e ainda alegava que eu não a havia notificado, mesmo a turma inteira dizendo o contrário. No fim, tive de faltar meus compromissos na noite anterior para conseguir apresentar o trabalho no horário em que ela queria e ainda ganhei nota baixa, porque a docente ficou chateada de eu expor os erros que ela havia cometido. © Sara Adame / Facebook
  • Houve um concurso de poesias na escola e o prêmio para o ganhador era uma corrente com uma medalha. Fiquei apaixonada pelo prêmio e fiz uma poesia linda, linda mesmo, e com muita paixão, porque queria o prêmio. No fim, fiquei orgulhosa e sonhava com a medalha. Quando a professora entregou as poesias, ela me disse: “Se não tivesse copiado, você ganharia o concurso”. Gente que desespero! Eu não havia copiado e ganharia a medalha. Uma frustração a professora desconfiar e afirmar. Trago comigo essa decepção. Era muito tímida e não me defendi, só sofri. © Rosangela Krause / Facebook
  • Tive um orientador de curso na faculdade que tentava me perseguir. Ele ia com o médico da universidade no meu médico confirmar meus atestados. Eu tenho lúpus há 30 anos e sempre tive de dar muitos atestados na universidade. Ele tentava de toda forma descobrir se meus atestados eram falsos. Até que um dia eu passei a proibir que meu médico desse qualquer informação da minha saúde para qualquer pessoa. O orientador sossegou e parou de me incomodar. © Whenner Kemper Andrade / Facebook
  • Uma vez, uma professora me deu zero numa prova de matemática porque esqueci de pôr meu nome. E como só eu havia esquecido, da sala inteira, era óbvio que a avaliação era minha. Segunda ela, o preenchimento do nome seria “uma das tarefas”, e que eu não havia realizado. Então, cabia a ela descontar um ponto somente, nunca entendi o zero. Afinal, acertei quase todas as questões da prova. Naquele dia, jurei para mim mesma que não iria precisar daqueles pontos, e nas próximas avaliações só tirei 10. Apesar de minha média anual ter ficado baixa, consegui passar. O que aquela professora ganhou com a inflexibilidade? Qual o motivo para tamanha punição? © Catieli Machado / Facebook
  • Eu tive uma professora de Língua Portuguesa que me disse que eu nunca iria chegar a lugar nenhum escrevendo como eu escrevia. Nesse mesmo ano, no entanto, fiquei em terceiro lugar num concurso de escrita, ao passo que no ano seguinte editei um livro, e dois anos depois ainda ganhei um concurso de poesia. Então decidi que já chegava e que já tinha provado que consigo chegar onde eu quiser com o meu português. © Vanessa Santos / Facebook
  • Eu tive uma professora que nunca admitia estar errada, ela era professora de Português e às vezes dava aula de Inglês para cobrir quando a professora dessa disciplina estava ausente. Certo dia, ela dando aula de Língua Inglesa, disse que pipoca em inglês era “Popic”, por mais que eu falasse que ela estava errada, a docente inventava desculpas para dizer que estava certa e até brigava com quem insistisse em dizer que estava errada. © Carlos Alberto Garcia Massam / Facebook
  • Uma vez, uma professora de Matemática cismou que eu havia colado em sua prova. E eu não precisava disso, sempre fui bem. Aliás, os outros é que pediam cola para mim. Mas, não teve jeito, ela nem sequer me ouviu argumentar, me deu nota baixa e ainda tive de ouvi-la falando mal de mim para outros professores. © Sandra Silva / Facebook
  • Minha escola ficava a 8 km de minha casa e eu ia a pé. Às vezes somente com um “gole” de café no estômago, outras vezes nem isso. Isso foi em 1980, e eu estava na 6a série. Mesmo assim, jamais perdi uma média. O “Boletim escolar” era só de notas azuis... Como éramos de família humilde e não tínhamos condições de comprar todos os livros, eu estudava com o livro emprestado da professora. No final do ano, a professora de Geografia, numa reunião de pais, falou um monte de coisas para o meu pai, que era uma pessoa muito simples: disse que eu já havia passado de ano, mas que iria me dar recuperação, porque ele não havia comprado os meus livros. Éramos 12 irmãos à época, e a vida era muito difícil. Na hora eu fiquei com muita raiva dela, mas devido ao respeito, não disse nada. Me “vinguei” dela, quando ela distribuiu os pontos. Conquistei todos os 100 pontos distribuídos na recuperação e passei com nota máxima. Acertei todas as questões dos trabalhos e das provas. Quando mostrei o boletim de aprovado e minhas notas para o meu pai, notei uma cara de satisfação no rosto dele. © Antonio Teodoro / Facebook
  • No 1o ano do ensino médio, tive uma professora de Matemática muito desagradável. Num certo dia, ela resolveu passar uma prova surpresa, respondi todas as questões e fiz os devidos cálculos numa folha paralela. Quando finalizei, fui até ela e pedi para ir até à secretaria grampear ambas as folhas. Ela não deixou e ainda “deu fim” no meu rascunho. Uma semana depois, recebo minha prova com um zero bem grande. Fiquei muito chateada e perguntei por quê, e ela apenas disse que precisava dos cálculos. Então eu afrontosamente os fiz novamente no quadro, na hora. Ela ficou com raiva, mas dali em diante, passou a ter mais cuidado com as avaliações. © Paula Costa / Facebook
  • Eu tinha 17 anos quando meu único irmão faleceu e eu não fui à escola durante uma semana. Voltei num dia em que tinha uma prova surpresa de Matemática, matéria que sempre tive dificuldades, e obviamente, não tinha cabeça para fazer. A professora então a aplicou assim mesmo, não me liberou, e quando meus amigos me defenderam dizendo que eu não tinha condições, diante do luto, ela apenas me olhou e disse: “Ué, eu não posso fazer nada, a vida continua, e mesmo estudando, ela não iria tirar boa nota mesmo”. Nunca esqueci isso. © Marta Silva / Facebook
  • Na universidade, tinha um professor muito arrogante, do tipo que aplicava as provas e nunca devolvia. Não havia material de anos anteriores para estudar, não havia um método para questionar as notas... afinal, ele nunca devolvia mesmo. Por que eu não o reportava? Adivinhe quem era o coordenador? Ele! Uma vez, estava indo embora e o dito cujo passou por mim no sentido contrário e ainda deu um sorrisinho maldoso. © Renato Pedrosa Almeida / Facebook
  • Quando eu estava na 1ª série, mudei de cidade e de escola. No primeiro dia de aula, tudo novo e muita timidez, minha professora de Língua Portuguesa, chamada Luciana (nunca vou esquecer), mandou que eu lesse um texto muito longo na frente de todos. Eu aprendi a ler um pouco tarde e também nunca tinha lido em voz alta para ninguém antes. Gaguejei de vergonha enquanto ela e todos os colegas riam de mim. Alguns anos depois virei o jogo. Fui escolhida como oradora para fazer o discurso de todas as minhas formaturas. Na 4a série, na 8a série e depois no 3o ano do ensino médio, nessa última representando mais de 200 alunos. Eu era nota 10 em Língua Portuguesa, Gramática, Literatura e Redação. Esse ano publiquei dois livros (um de poesias inclusive) e discurso com tranquilidade nas audiências e tribunais. Mas eu nunca vou me esquecer do constrangimento e das gargalhadas de todos. © Nathalia Rosa / Facebook

Quais são as recordações mais fortes que você guarda de um professor? Conte para nós e para os demais leitores na aba dos comentários! Estamos curiosos para saber!

Imagem de capa Marta Silva / Facebook

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