20 Provas de que frequentar a escola em outros países parece coisa de outro mundo

Gente
há 1 ano

Muitas vezes, quando pensamos na época de colégio, automaticamente nos vêm memórias como o cheiro dos livros, a lista de material escolar, sair correndo para não chegar atrasado, etc. Também achamos que as férias em todos os lugares são em julho, ou que os alunos vão às aulas de segunda a sexta-feira. No entanto, podemos nos surpreender que, em outros cantos do mundo, a experiência escolar seja completamente diferente.

  • Na Venezuela, existe uma forma de reconhecer em que nível escolar os alunos estão apenas pela cor da camiseta, norma válida para escolas públicas e privadas. O vermelho é para a pré-escola e jardim de infância, amarelo para o último ano do ensino básico (que chamamos ’preparatório’), branco para o ensino fundamental (primário), azul-claro para os três primeiros anos do ensino médio (bacharelado) e bege, para os dois últimos anos do ensino médio (4º e 5º anos).
  • No Egito, o mais curioso para mim foi me adaptar a levar meu filho à escola aos domingos. Sim, eles têm aulas aos domingos que, aliás, é o primeiro dia útil da semana, e as coisas funcionam de segunda a quinta-feira. Sexta e sábado são os dias do final de semana.
  • No México, lembro-me que ao sair do ensino fundamental, havia o ritual de usar a camiseta do uniforme (a de educação física era a preferida, por ser branca e de algodão) para que os outros colegas deixassem mensagens de despedida ou o que quisessem escrever.
  • Na Argentina depende da província, mas na capital, Buenos Aires, onde estudei, são sete anos de ensino fundamental e cinco de ensino médio. É muito comum os alunos de escola pública usarem uma espécie de jaleco branco que eles chamam de “guarda-pó”. Já nas particulares, as meninas costumam usar saia xadrez. Cada escola tem seu próprio padrão e você pode dizer para qual delas as alunas vão, apenas pela saia.
  • No México, durante o ensino fundamental, há o chamado “o cantinho dos livros”, uma espécie de clube de leitura, obrigatório em todas as séries. As mães são voluntárias e, uma vez por semana, o grupo é dividido em várias equipes para lerem algum texto. Também emprestam um livro por semana (a escolha, considerando a grande variedade disponível, é sua); você precisa ler e fazer um relatório (que a mãe responsável pela sua equipe revisa) e, no final do ano letivo, entregavam diplomas às crianças de cada grupo que mais leram.
  • Quando cheguei ao México, me perguntaram onde eu havia feito o ensino médio e respondi: “Não há ensino médio na Argentina ou na Venezuela”. Eles sempre me olhavam com cara de “como não?”, e depois perguntavam: “E como é, então?”. Precisei explicar que o pré-vestibular faz parte do ensino médio, chamamos de 4º e 5º ano, por isso dizemos que essa etapa dura cinco anos, não que seja mais longo, mas faz parte do ensino médio.
  • Na Espanha, o ensino médio dura quatro anos e, ao ser concluído, passa-se para o que chamam de bacharelado. Cada um pode escolher entre humanidades (letras puras), ciências sociais, o científico técnico ou o artístico. Esse período dura dois anos. Uma vez aprovado, há que se preparar para um exame chamado “seleção”, que engloba o conteúdo dos dois anos anteriores. Os exames para cada disciplina cursada são realizados em três dias (você acaba completamente exausto). Entre os grupos de amigos, são organizadas viagens para comemorar a conclusão da etapa. Entrar em cada carreira significa atingir uma nota de corte e para aceder ao curso desejado, é preciso atingi-la ou ultrapassá-la, e essa nota é definida pela nota média de quem entrou no ano anterior. O ingresso é por ordem da nota de aprovação e se a cota estiver completa e você não tiver entrado, tem duas alternativas: tentar a segunda opção da sua lista (se houver) ou esperar o próximo ano. Há uma festa na metade do curso para celebrar o tempo cursado.
  • No México, todas as áreas da minha universidade têm siglas. No começo, eu ficava muito confuso, pois, como vinha de uma universidade argentina, normalmente lá eles chamavam as faculdades de áreas de estudo, então, ouvir siglas me parecia uma gíria da internet ou algo parecido.
  • Não sei se isso é comum em outros países, mas vários estrangeiros me disseram achar muito estranho que na Argentina, quando alguém conclui a graduação, os familiares, amigos e parentes vão para a universidade e jogam ovos, farinha e tinta, entre várias outras substâncias de origem duvidosa no formando. Então, eles o colocam no porta-malas do carro e desfilam pela cidade. É um ritual clássico; os alunos até trazem uma muda de roupa que vestem depois do exame para não estragarem a nova.
  • Na Venezuela e na Argentina, a transição para o 4o ano é muito importante (é o penúltimo ano do ensino médio), pois, essa etapa é a mais difícil, já que representa o último passo rumo à universidade. Dependendo da escola, na Argentina, os alunos têm várias opções para escolher o seu bacharelado: economia, ciências, humanas, etc. Na Venezuela, ao contrário, existem apenas ciências e humanas; a maioria opta pela primeira, como o fez meu irmão que sonhava com engenharia da computação. Desde pequena, eu sempre tive a expectativa de saber o que escolher ao chegar a essa fase, mas completei o ensino médio na Argentina e minha escola era mais humanística, portanto, estive o tempo todo envolvida com as Ciências Humanas.
  • Em Bogotá, as crianças vão muito cedo para a escola! Há colégios que começam as aulas às 6h30 ou 6h45. Trata-se de uma cidade fria o ano todo e, às 6h00 da manhã, ou mesmo antes, já vemos crianças se dirigindo às escolas ou esperando o ônibus sob um frio terrível, quando o sol praticamente mal nasceu! Uma vez, um jornalista escrevia uma nota local e, casualmente, entrevistou um garoto que chegava “tarde” à sua escola, pois suas aulas começavam às 6h30.
  • Na Argentina, geralmente nas escolas particulares, há um dia chamado “dos esportes”. Trata-se de uma competição esportiva em que a escola é dividida em duas equipes, cada uma designada por uma cor. É preciso se inscrever em pelo menos uma modalidade e acumular pontos para sua equipe, como as casas de Hogwarts.
  • Na Venezuela, é comum no carnaval os meninos passarem jogando bombas d’água e até ovos nos alunos de outras escolas. Sempre dei azar: fazia Educação Física um ou dois dias antes do carnaval, porque lá é feriado. Nessa festa nos fantasiamos e não costumávamos comemorar o Halloween mais tarde. Até montavam casas assombradas e faziam algumas festas, mas, o evento à fantasia por excelência é o carnaval. Mesmo na pré-escola você pode ir fantasiado antes de sair do colégio para a festa.
  • Tanto na Argentina quanto na Venezuela, há uma maneira diferente de nomear cada nível do sistema educacional. O primário é dividido em séries e o secundário em anos, ou seja: primeiro grau (primário) e segundo grau (secundário). Depois, isso mudou na Venezuela. Fiz um ano de ensino médio lá, mas me lembro que começaram a chamar de 7º, 8º e 9º ano, e depois 4º e 5º ano. Nunca entendi essa mudança, mas mesmo assim me acostumei a dizer: “Meu irmão está no primeiro ano” e todos já sabiam do que eu estava falando.
  • Na Argentina, pelo menos era tradição entre as meninas que, ao completar 15 anos, as amigas da aniversariante preparavam uma caixa de sapatos decorada com desenhos e fotos, com presentes como doces, balas e bombons dentro. Os argentinos valorizam muito os detalhes feitos à mão em vez de comprá-los prontos. Acho isso muito legal.
  • Na Venezuela, não sei o motivo, mas a avaliação em quase todas as escolas, salvo em algumas universidades, é de 1 a 20. Em outros países, normalmente é de 1 a 10 ou a 100, depende, mas aqui a nota máxima é 20. O aluno é aprovado com 10 e um 19 é uma nota excelente, enquanto um 15 é uma nota mediana. Temos frases como “20 pontos” ou “você tirou 1”, porque também ninguém é aprovado com 0, a nota mínima é 1.
  • Na Venezuela, quando você não passava em uma matéria, precisava estudar e fazer um exame em julho, que chamamos de “recuperação”. Quando me mudei para a Argentina, como o ano letivo não é igual, diziam “eu fui para março”, pois, normalmente, era o mês de refazer as matérias reprovadas, pouco antes do início das aulas.
  • Lembro-me também que no México, no ensino fundamental, escolhiam alunos do 5º e do 6º ano para serem “os fiscais”. Eles usavam fitas vermelhas e eram encarregados de fichar os que quebravam as regras, como jogar lixo ou correr. Quando você virava fiscal era o rei do pátio, e alguns aproveitavam para fazer bullying com os mais novos, ou mandá-los fazerem qualquer coisa, porque se sentiam os chefões.
  • Na Venezuela, o ano letivo começa em setembro. Depois, há uma pequena pausa em dezembro, e as aulas são retomadas em janeiro e vão até meados de junho. Eu normalmente associava férias longas aos meses de julho e agosto. Na Argentina, tudo é ao contrário, pois, como as estações são invertidas, o ano letivo vai de março a dezembro, e as férias de verão de dezembro a fevereiro.

Você se lembra de algo especial da sua escola? De que mais sente falta dos anos escolares? Conte nos comentários!

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