7 Maneiras de se comunicar melhor com seu filho
Quantas vezes você perguntou ao seu filho o que aconteceu na escola e ele respondeu: ’nada’? E quando você perguntou ’como você está?’, ele disse apenas ’bem?’
Os pais de hoje em dia adorariam ter mais tempo para passar com os filhos e conversar sobre qualquer assunto. Mas o fato é que muitos deles precisam aprender a melhor maneira de fazer isso.
O Incrível.club pesquisou sobre o assunto e compartilha com você algumas dicas para melhorar a comunicação com seu filho.

Muitas vezes, quando fazemos perguntas genéricas a nosso filho na esperança de iniciar uma conversa construtiva, acontece justamente o contrário. A criança não quer compartilhar nada, e a conversa termina rapidamente com uma resposta monossilábica. O importante é sempre procurar assuntos sobre os quais o pequeno tenha vontade de falar.
Michael Parker, autor do livro Fale com seu filho sobre ética (tradução livre) e diretor do Colégio Oxley, na cidade de Bowral, Austrália, considera que é preciso ajudar a criança a formar sua própria opinião. Para tanto, os pais devem conversar o tempo todo com os filhos, pois as oportunidades para tais conversas aparecem literalmente todos os dias.
Parker considera que a criança deve ser um membro de plenos direitos no âmbito familiar. Não podemos dizer a ela simplesmente: “tem de ser assim porque estou dizendo”. É preciso refletir junto a ela.
Há muitas formas de estimular um debate com uma criança. Para ajudar os pais nessa tarefa, existem métodos como:
- oferecer pontos de vista opostos como alternativa;
- pedir à criança que dê exemplos retirados de sua própria vida;
- introduzir o sistema dos meio tons (o mundo não é dividido em branco, preto e cinza, e o cinza pode ser cinza claro, cinza médio ou cinza escuro);
- permitir que a criança se veja como alguém esperto.
É importante, para os pais, aumentar seu repertório de frases com o objetivo de se aproximar dos filhos, fugindo do trivial “como foi seu dia?”. Melhor é fazer perguntas como:
- De que maneira sua opinião é diferente daquela expressada por seu irmão ou irmã?
- O que aconteceria se todo mundo fizesse isso?
E a pergunta mais importante é o simples “por quê?”
Ela deve ser feita com a maior frequência possível.
A criança pode ter uma opinião radicalmente diferente da sua. Não entre em pânico. É recomendável que os pais ouçam mais os filhos do que apenas falarem o tempo todo. Devemos ser ouvintes ativos, demonstrando interesse e, ao mesmo tempo, fazendo perguntas estimulantes.
O autor sugere entregar o livro à criança e pedir que ela escolha um assunto sobre o qual seria interessante discutir.
A seguir, alguns dos 109 temas que particularmente chamaram nossa atenção:
- Roubo com motivos beneficentes
- Colar na escola
- É preciso pagar com a mesma moeda o que fazem conosco?
- Como surge a mentira?
- Mentir para salvar*
- As diferenças entre as pessoas são algo normal
- Pais, filhos e regras
- Eutanásia
- Segredos
- É preciso compartilhar o que temos?
- Pena de morte*
- Promessas
- Afazeres domésticos
* temas para debater com crianças mais velhas
Os pais também precisam ter em mente o que não devem fazer numa conversa com a criança:
- não falar por tempo demais (do contrário, será uma palestra, não um diálogo);
- não contradizer logo de cara;
- não terminar a conversa expondo uma única opinião como a correta.
O autor espera que você consiga retirar muita informações útil do livro, inspirando-se para abordar assuntos interessantes junto aos seus filhos.
Como você costuma conversar com seu filho? Comente!