10 Coisas que aprendi por crescer numa família numerosa

Crianças
há 5 anos

A família não é apenas importante, na verdade ela é tudo. E, embora a vida em grandes grupos possa ser complicada, ela sem dúvida oferece muitos benefícios e ajuda a desenvolver habilidades que são difíceis de serem alcançadas por outras pessoas. Eu sou a Eva e cresci numa grande família: meus avós tinham 7 filhos e, entre meus tios e meus pais, rapidamente nos tornamos 21 primos.

Especialmente para o Incrível.club, hoje eu quero falar sobre os sentimentos e habilidades que são despertados quando se vive numa família numerosa.

1. Sociabilidade

Meu avô teve a grande ideia de que todos os seus filhos vivessem próximos e decidiu comprar uma casa para cada um deles, quando se casaram. Os adultos trabalhavam e todos os netos ficavam na casa dos avós. Primeiro, crescer numa família grande ensina você a ser sociável. As crianças criadas com muitos parentes tendem a ser menos introvertidas, a ter mais facilidade de se comunicar, a não ter dificuldade de falar em público e a socializar-se com outras pessoas. No meu caso, gosto de estar acompanhada, já que sempre fui cercada por outras crianças.

2. Resolução de conflitos

Minha avó fazia comida para todos. Independentemente dos gostos de cada um dos seus netos, todos nós sentávamos à mesa para comer juntos. Nós brigávamos, às vezes não queríamos nos ver. Mas na maioria das vezes aproveitávamos juntos, éramos um pequeno exército de crianças! Foi assim que todos os meus primos e eu crescemos como irmãos. As crianças que se desenvolvem cercadas por outras crianças aprendem a negociar mais rapidamente. Na minha família nós éramos em muitos primos, então tínhamos que dar certas coisas para os outros: tínhamos que decidir do que brincar ou qual brinquedo usar em turnos sem brigar, mas a bronca da vovó nos esperava.

3. Maturidade

Alguns dos meus primos eram mais velhos, então aprendi algumas coisas mais rápido que outras crianças. Eu amo livros e costumava pedir que lessem para mim as obras da biblioteca do vovô. Às vezes eles o faziam, às vezes não. Então aprendi a ler aos 4 anos, e pude descobrir a leitura por mim mesma. As crianças que crescem cercadas por outras aprendem mais rápido, porque já tiveram o incentivo das mais velhas.

4. Lealdade

A união é muito forte entre crianças que crescem em famílias grandes. Aprendemos a cuidar um do outro e a nos defender nos jardins da vovó. Quando ficamos mais velhos, essa lealdade se manteve. Somos fiéis às nossas ideias, valores e princípios. Nossos avós sempre nos lembravam da importância de cuidar de nós mesmos e de nos protegermos, e não cometer atos que nos prejudicariam ou ao nosso núcleo familiar.

5. Positivismo

Na família sempre havia algo para comemorar. Eram muitos aniversários, formaturas ou reuniões
para celebrar algum acontecimento. Aprendemos a ser felizes pelas realizações dos outros, a
celebrar com eles e a ver as coisas boas da vida. Esses momentos nos tornaram crianças realmente felizes e positivas.

6. Empatia

Por causa da proximidade dos pais e de passar muito tempo juntos, quando um de nós estava triste ou desconfortável com alguma coisa, os outros percebiam. E faziam tudo para saber como ajudar a resolver o problema e a levantar o astral. Desenvolver empatia é importante, pois o predispõe a ajudar os outros e cria um sentimento de cooperação em grupo.

7. Apoio

Minha avó adoeceu há 7 anos e, durante sua doença, nunca esteve sozinha, havia sempre um de nós com ela. Quando morreu, toda a família sofreu igualmente, mas nós nos juntamos mais para cuidar e acompanhar o vovô. Meus tios e minha mãe se revezavam com ele todos os dias, para que não se sentisse sozinho. Todo fim de semana sua casa fica cheia de netos e agora bisnetos, que fazem sua vida feliz. Famílias grandes têm uma rede de apoio muito sólida.

8. Aceitação

À medida que crescemos, cada um desenvolveu personalidades diferentes: somos diferentes e aprendemos a nos aceitarmos dessa maneira. Nós não discriminamos, e isso nos tornou mais tolerantes com os outros, porque estamos acostumados a estar rodeados de diferentes personalidades, pensamentos e gostos.

9. Compartilhar

Como não aprender a compartilhar se houver 21 crianças disputando o mesmo brinquedo? Na família não havia espaços para o egoísmo. É claro que lutamos e ficamos loucos com os pais e os avós, mas minutos depois brincávamos sem problema com o mesmo brinquedo ou sem ele, porque às vezes até esquecíamos a razão pela qual estávamos brigando e éramos os mesmos irmãos e primos de sempre. Compartilhar é uma capacidade que as pessoas que crescem em famílias grandes desenvolvem profundamente.

10. Fortaleza

Entre irmãos e primos nós nos encorajamos. Sempre houve apoio, seja nos bons ou maus momentos. Nos sentimos mais fortes porque sabíamos que alguém nos respaldava. Essa sensação de força ainda é sentida quando nos encontramos, embora agora não nos vejamos tantas vezes porque vários dos meus primos e irmãos se casaram e outros estudam no exterior. Sempre aguardo ansiosamente as reuniões em que todos os sentimentos afloram. Crescer numa família enorme e barulhenta me ensinou muitas coisas que só agora, na idade adulta, eu entendo e que moldaram meu caráter até me tornar a pessoa que sou. Tenho certeza de que isso também influenciou meus irmãos e meus primos.

Famílias grandes são um desafio, mas nos ensinam coisas lindas. Todos são maravilhosos e não há dois iguais. Esta é a minha família. A sua é grande ou pequena? Conte pra gente o que você mais gostou por crescer na sua.

Imagem de capa ecnazar / Instagram

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Gostei do post, mas ainda assim prefiro a minha família "pikininha". heheheh

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