5 Diálogos de filmes de Tarantino que farão você refletir sobre as pequenas coisas da vida

Arte
há 5 anos

Quantas vezes vimos um filme em que os personagens conversam entre si e nos dão uma nova visão sobre um determinado assunto que nos faz pensar de imediato? Ou prestamos atenção especial a algum diálogo que nos fez rir e exclamar “É verdade!” Há muitos diretores que têm essa capacidade de nos fazer enxergar alguns fatos com outros olhos e conceber eventos do nosso dia a dia de uma maneira que nunca havíamos pensado. Mas há um em particular que usa esse recurso em todos os seus filmes e em quase todos os seus diálogos. Trata-se do famoso e renomado Quentin Tarantino. Se analisarmos sua filmografia, veremos que, em quase todas as cenas em que há algum diálogo, ele é capaz de nos fazer refletir sobre certos fatos comuns da vida que nunca reparamos e que nos fazem pensar “fora da caixa”.

Incrível.club reuniu os melhores diálogos dos filmes deste prestigiado diretor, que farão você refletir sobre alguns fatos da vida cotidiana a partir de uma nova perspectiva.

Pulp Fiction — Tempo de Violência: silêncios que incomodam

(Depois de um longo silêncio).
— Não odeia isso?
— O quê?
— Os silêncios que incomodam.
— ...
— Por que temos que falar de idiotices para nos sentirmos bem?
— Não sei. Mas é uma boa pergunta.
— É assim que sabe que encontrou alguém especial. Quando pode calar a boca um minuto e sentir-se à vontade em silêncio.

À Prova de Morte: talentos

— Então, a Zoe, a gênia, queria tirar uma foto da mim. Estava muito escuro e não dava para ver nada. Ela pegou a câmera e dizia: “Vá um pouco mais pra trás”, e eu fui. E de novo: “Um pouco mais”, e fui mais longe. De novo: “Um pouco mais!”, e fui indo. Então percebi que estava na beira de uma vala de cimento de dois metros, e só Deus sabe quantas pedras, garrafas quebradas e ratos tinham lá dentro. Se eu caísse ali, provavelmente teria quebrado o pescoço. Comecei a gritar: “Zoe, você quase me matou!”. Rimos muito disso. Andamos mais um pouco e a Zoe começou a fazer palhaçadas e BUM! Ela caiu na vala!
— Muito bom!
— Ah, obrigada, obrigada! Lembro de dar um passo, olhar para baixo e pensar: “Ah, essa é a vala que ela estava falando” e BUM! Caí dentro da vala.
— E o que aconteceu?
— O quê? Com a Zoe, “a gata”? Nada! Se eu tivesse caído lá, teriam que me tirar de helicóptero, mas ela sempre cai de pé. Mas depois fiquei mal comigo mesma, tipo, ela caiu
em uma vala e não aconteceu nada. Todo mundo ri. Se eu tivesse caído, provavelmente teria ficado paralítica.

— Não, não pode pensar assim. Cada uma tem um talento, e esse é o talento dela.
— Olha, fisicamente, a Zoe é incrível. Tipo, agilidade, reflexos, destreza... Poucos ganham dela nisso. Apesar disso, antes que fiquem com inveja, faltou a parte mais importante: não foi você que caiu, foi ela. Ela viu que a vala estava lá, você a avisou e ainda assim ela caiu. Então, a Lee tem razão: cada um tem um talento.

Kill Bill: Volume 2: Super-homem

— Acho a mitologia dos super-heróis fascinante. Por exemplo, meu herói favorito, o Super-Homem. Mas a mitologia não só é genial, ela é única. Todo mito de super-herói tem o herói e seu alter ego. Batman é Bruce Wayne. O Homem-Aranha é Peter Parker. Quando acorda pela manhã ele é Peter Parker. Ele precisa colocar um uniforme para virar o Homem-Aranha. E é aí que o Super-Homem se diferencia dos demais. O Super-Homem não virou Super-Homem. Ele nasceu o Super-Homem. Quando ele acorda de manhã ele é o Super-Homem. O alter ego dele é o Clark Kent. Seu uniforme com o “S” vermelho é o cobertor no qual os Kent enrolaram o bebê quando o acharam. Essa é a roupa dele. O que Kent usa, os óculos, o terno, este é o disfarce que o Super-Homem usa para se passar por um de nós. Clark Kent é como o Super-Homem nos vê. E quais são as características de Clark Kent? Ele é fraco, inseguro e covarde. Clark Kent é uma crítica do Super-Homem à raça humana.

Pulp Fiction — Tempo de Violência: as diferenças sutis com
a Europa

— Você sabe como eles chamam o “Quarteirão com Queijo” em Paris?
— Eles não chamam de Quarteirão com Queijo?
— Não, por causa do sistema métrico deles, eles não sabem o que é quarteirão.
— Como eles chamam?
— Eles chamam de “Royale com Queijo”.
— “Royale com Queijo”... Como eles chamam o Big Mac?
— O Big Mac é Big Mac, mas eles afrescuraram para “Le Big Mac”.

À Prova de Morte: o que um bar oferece

— Está me ofererecendo uma carona?
— Ofereço uma carona se estiver pronta para ir quando eu for.
— E quando quer ir?
— Na verdade não estou pensando nisso. Mas quando estiver, será a primeira a saber.
— Vai conseguir dirigir mais tarde?
— Sei que as aparências enganam, mas não bebo. Bebi tônica com limão a noite toda e agora estou me preparando para a grande bebida.
— Que é...?
— Piña colada sem álcool.
— Ah. E por que alguém que não bebe passa horas em um bar bebendo água?
— Um bar tem muito mais do que apenas álcool.
— Verdade? Como o quê?
— Mulheres. Bons pratos de nachos. A companhia de pessoas fascinantes como o Warren.
— ...
— O álcool é só o lubrificante para os encontros que o bar oferece.

Você já assistiu a esses filmes de Tarantino? Qual diálogo o fez pensar mais? Conte para nós, deixe seu comentário na seção abaixo!

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