16 Pessoas impiedosamente comentaram os livros sobre os quais os leitores geralmente falam com inegável admiração

Arte
há 2 anos

Provavelmente, muitos já passaram por uma situação em que pegaram um romance famoso para ler e se decepcionaram. Se todos falam apenas coisas boas de um livro, você involuntariamente está preparado para também admirá-lo. No entanto, mesmo uma obra-prima da literatura mundial pode não agradá-lo e você não deve ter vergonha disso.

Nós, do Incrível.club, respeitamos todas as opiniões, por isso lemos com interesse os comentários negativos dos internautas sobre os livros considerados “clássicos”.

  • Gabriel García Márquez. Cem Anos de Solidão. Podem me acusar de mau gosto, mas é ilegível! É muita confusão com todos os novos personagens que têm os mesmos nomes. E não dá para entender de imediato do que se trata e quem são todas essas pessoas . É o “Quadrado negro sobre fundo branco” da literatura. Não recomendo! Não se torturem tentando achar um significado que pode não haver. © IvoKoimecs / Livelib

  • Daphne du Maurier. Rebecca. A maioria das pessoas adora esse livro e “tiram o chapéu” para a autora. Mal consegui ler até o fim. Não gostei da protagonista desde o início. É uma pessoa chata, sem personalidade e sem opinião própria. Simplesmente, uma mulher sem rosto. O enredo é lento e até chato. Os personagens são fracos, incapazes de falar uns com os outros, e o desenvolvimento da narrativa é muito lento. É difícil entender por que classificam Rebecca como um romance assustador, e como pôde ser a base do gênero suspense. Não há um único momento tenso. © Dianel / Livelib

  • Erich Maria Remarque. Arco do Triunfo. É um grande prazer ler esse livro com um lápis na mão: cada página contém pelo menos duas citações brilhantes. Mas, me desculpem, onde está a boa história? Cenas empolgantes? Onde está a dinâmica? Não vi nada disso. Mais de 500 páginas de descrições monótonas de uma Paris escura, das divagações do protagonista e dos seus pensamentos sobre tudo o que acontece em sua vida. Não é uma boa história, não gostei. © kurtz / Livelib

  • Margaret Mitchell. ...E o Vento Levou. Scarlett diz: “Vou pensar sobre isso mais tarde” 359 vezes. Talvez, se a protagonista se esforçasse para refletir, a leitura teria sido mais empolgante. Gosto de personagens que pensam e não dos que se recusam a fazê-lo. E mesmo que a história seja trivial e previsível, o romance parece incompleto. Os eventos realmente interessantes começam nas últimas 200 páginas, mas a narrativa chega abruptamente ao final. É como se Mitchell decidisse pensar a respeito amanhã, sem nunca ter pensado antes. © Funny-ann / Livelib

  • John Boyne. O Menino do Pijama Listrado. Tudo o que acontece no livro me parece muito improvável, embora o romance trate de um acontecimento histórico. O autor simplesmente tenta manipular as emoções dos leitores para levá-los às lágrimas. Há sempre uma demanda por histórias tristes assim, pois, elas vendem bem. Fiquei me questionando sobre o verdadeiro valor dessa obra e o que podemos aprender com ela. © OksanaBB / Livelib

  • Boris Pasternak. Doutor Jivago. É incompreensível o quanto um livro desse volume é vazio! Que me perdoem os admiradores dessa obra, mas é a minha opinião. A conclusão a que cheguei sobre Jivago: é um verme com um ego inflado. Ele tem pena de todas as mulheres de sua vida, mas não sente culpa alguma. O enredo é uma série interminável de capítulos inacabados, diálogos vazios e dos próprios pensamentos do autor. © morskaya13 / Livelib

  • Fiódor Dostoiévski. O Idiota. Se não fosse pelo nome de Dostoiévski na capa, eu pensaria que fosse uma novela. Me senti como se alguém lavasse a roupa suja na minha frente. Por que preciso participar nisso? Havia personagens em excesso, a ponto de não conseguir distinguir uns dos outros. E poucas descrições do próprio príncipe e de Nastácia Filíppovna, porém muitas de outros personagens, até demais. Não gostei nada do romance. © yayanka / Livelib

  • Charlotte Brontë. Jane Eyre. A personagem principal é ingênua, simples e sem caráter. Todas as coisas vis e más desse mundo caem simultaneamente sobre ela. E a protagonista está apenas à deriva. Foi a sua passividade que me irritou! Jane Eyre me lembra uma princesa de conto de fadas que não precisa fazer nada, apenas ser uma boa menina e tudo ficará bem. © zdalrovjezh / Livelib

  • John Tolkien. O Senhor dos Anéis. Não entendo a admiração geral por esse livro. Há muitas descrições dolorosas, meticulosas e, o mais desagradável, difíceis de imaginar. Em outras palavras, não consegui ver o “filme” na minha cabeça ao ler a saga. Parece que os personagens são feitos de papelão. O bem e o mal são muito óbvios e banais. Em geral, é bem comum para uma fantasia clássica, mas é desagradável para um leitor que gosta da psicologia dos personagens. © Dream__Catcher / Livelib

  • Jane Austen. Emma. Considerando o contexto histórico, não surpreende que as mulheres falem apenas de casamento. Mas para que a autora precisou hiperbolizar tanto, a ponto de me sentir como se tivesse comido um copo de açúcar? A própria ideia de arranjar casamentos entre pessoas desconhecidas é insuportável. E Emma é muito apaixonada por seu papel de casamenteira, mas sofre uma derrota esmagadora com consequências desagradáveis. © Seducia / Livelib

  • Harper Lee. O Sol É para Todos. Que chatice! Li o livro apenas porque é um clássico da literatura norte-americana, portanto, obrigatório em quase todas as escolas do país. Mas não gostei das longas descrições de jogos infantis e da concentração da autora em detalhes e eventos com pouca ligação com o enredo. Os primeiros 10 capítulos apenas descrevem a vida em uma cidadezinha empoeirada. Bem, eu não gostaria de ser um estudante americano. © Andreas / Livelib

  • Frank Herbert. Duna. É uma espécie de conto de fadas em que o mal deve ser punido. Por isso, o leitor sabe desde o início que o protagonista não vai morrer. Ao longo da história, os personagens principais são ajudados pela força divina: basta enfrentar alguma dificuldade para, de repente, ganharem habilidades secretas que não tinham antes. Onde está a superação das dificuldades? Por que não chegam ao limite das suas forças físicas e morais? Por que não vi uma luta desesperada pela vida? Por que não senti o quão é difícil para o protagonista dar cada passo no meio do deserto? Ao ler o romance, nenhum nervo estremeceu porque eu sabia que o jovem Paul Atreides, liderado pela poderosa mão do autor, venceria sem muito esforço. © Sveta_SheFF / Livelib

  • Umberto Eco. O Nome da Rosa. Das mais de 600 páginas, considero apenas 150 realmente interessantes. As descrições são infinitas. Quando chegamos ao final de uma frase, esquecemos do seu início. Sou um leitor que gosta de mergulhar nas histórias, mas essa é muito superficial e floreia demais. Trata-se de uma narrativa de detetive, na qual o leitor já sabe na metade do romance o que vai acontecer. © Krashenaya / Livelib

  • Kathryn Stockett. Histórias Cruzadas. Era uma vez uma menina com tranças douradas em uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos. Após se formar, retorna para casa, mas queria ser famosa. O livro inteiro chamei a protagonista de “Rita Skeeter, Pena de Repetição Rápida”. As mesmas ambições, a mesma negligência na busca do sensacionalismo. À procura do sucesso, a moça decide contar ao mundo como as empregadas domésticas vivem. A autora enfatiza as abominações e ignora as boas ações, mesmo que tenha muitas. Não destaca que a patroa ajudou com o tratamento de saúde e pagou pelos estudos do filho da empregada, apenas fala do lado sujo. Lendo o romance, minha impressão era a de não existir nada de bom no mundo, somente a maldade. © MarynaD / Livelib

  • Gustave Flaubert. Madame Bovary. O livro é bastante chato e a protagonista é repugnante. Antes de ler, ingenuamente pensei se tratar de um romance sobre os sentimentos de uma pobre mulher esmagada por pessoas de mentalidade provinciana. A história explora o egoísmo selvagem de Emma Bovary, um monstro com aparência de uma senhora adorável que, sem pensar duas vezes, destrói as vidas do marido e da filha. © samma / Livelib

  • Liev Tolstói. Anna Karenina. Anna não faz nada na vida. Bem, a sociedade não a aceita e os amigos se afastam. Mas há muitas coisas para se ocupar: livros, bordado, costura, bebê! Poderia, pelo menos, ensinar as crianças camponesas enquanto viveu na província. Mas, não! Vrónski é o centro do Universo! E a protagonista se desespera porque a nobreza não entende o que ela faz. Mas deveria? Anna não conhece as regras da aristocracia? Nunca participou de uma discussão sobre mulheres que romperam com as normas? Ao saber do enredo do romance, uma camponesa disse, com toda razão: “Se ela tivesse uma vaca... talvez duas, seria melhor ainda”. A ociosidade não faz bem a ninguém. © Anneroze1 / Livelib

O que achou dos comentários? Com quais deles concorda? Ou, pelo contrário, alguns despertaram em você uma vontade de defender o livro?

Comentários

Receber notificações

Cem anos de solidão não eh um livro para amadores, eh a mesma coisa de falar que o pequeno príncipe eh um livro infantil😑

1
-
Resposta

Uma crítica nem sempre eh a melhor base para entender um livro... critique lendo de verdade

1
-
Resposta

Sobre"O idiota", tenho de concordar que Dostoiévski já teve ideias e execuções muito mais brilhantes. O livro é um tanto entediante e não parece ter um fio condutor relevante, já que o protagonista não é muito lógico, e as situações são bem irritantes e forçadas.

Já "Cem anos de solidão", "O nome da Rosa", "Madame Bouvary" e "O sol nasce para todos" são excelentes! Talvez o fato seja de que não são para "amadores", e digo isso sem querer ofender - apenas são leituras que requerem certo empenho do leitor, não servindo como mero entretenimento. Aliás, fazer essas leituras são um ótimo exercício! ;)

-
-
Resposta

Pessoas que lêem Felipe neto e assemelhados não vão conseguir entender madame bovary nem a pau

2
1
Resposta

Artigos relacionados