10 Detalhes escondidos em pinturas famosas que nem todo crítico de arte conhece

Arte
há 2 anos

Muitas obras-primas famosas escondem histórias misteriosas. E não importa o quão cuidadosamente os pesquisadores estudem as pinturas, com o tempo, novos detalhes que nunca foram percebidos aparecem, ou mesmo um easter egg que muda dramaticamente o significado da obra.

Nós, do Incrível.club, mergulhamos fundo no mundo da Arte para analisar as pinturas de artistas famosos, de uma perspectiva diferente. Confira!

Triângulo amoroso no século XVII

Por trás dessa obra do século XVII pode estar escondida toda uma intriga amorosa. Essa foi a conclusão de estudiosos de Cambridge após a análise do quadro Retrato de Isabella Brant, pintado por Anthony van Dyck. O artista se comprometeu a pintar um retrato da esposa de seu mentor, Rubens, supostamente como um presente para ele, mas os pesquisadores acreditam que o mimo nunca foi entregue, pois van Dyck guardou o quadro para si.

A figura enigmática ao fundo é uma alusão ao romance entre Isabella Brant e Anthony van Dyck. Dessa forma, com apenas um detalhe, o artista pode ter insinuado que a senhora tinha um caso extraconjugal. Além disso, o posicionamento da esposa de Rubens à esquerda da tela contradiz as tradições de pintura de retratos da época, segundo as quais o marido, e não a esposa, era retratado em tal posição. Com essa técnica, é como se van Dyck estivesse simbolicamente tentando destruir o casamento de Rubens.

O macaco como símbolo de personalidade

Frida Kahlo costumava se retratar ao lado de macaquinhos. E por uma razão: a artista queria enfatizar a energia selvagem e força feminina do seu espírito. O fato é que a cultura asteca, além do amor expresso por arte e dança, considerava os macacos, conhecidos por sua ousadia e descontração, como deuses da fertilidade. Esse simbolismo combinava perfeitamente com a artista mexicana.

Fantasmas nas pinturas de Modigliani

O retrato da misteriosa Antonia, pintado por Amedeo Modigliani, atrai a atenção não apenas pelo seu lado obscuro. Pesquisadores descobriram imagens de rostos humanos escondidas nos lugares mais inesperados da pintura.

Pelo menos quatro “fantasmas” podem ser encontrados usando radiação infravermelha. Muito provavelmente, Modigliani simplesmente reutilizou a tela, virando-a quando começou a pintar esse retrato.

Latas de sopa “idênticas”

Latas de sopa Campbell é uma das obras mais famosas do artista Andy Warhol, cuja ideia principal era repetir a mesma imagem. Warhol teria deliberadamente privado a tela de originalidade: seu quadro é uma paródia da publicidade moderna, que se esforça para fixar algo na consciência do consumidor pelo uso da repetição.

Embora as latas de sopa na pintura pareçam idênticas, o artista não se conteve e acrescentou diferenças sutis às imagens. Um olhar mais atento revela que o estilo de desenho utilizado não é o mesmo, e as etiquetas nas latas também diferem. O estilo particular do artista está oculto por trás da aparente falta de alma do enredo repetitivo.

Duas pinturas em uma

O estudo de pinturas usando Raios X às vezes leva a descobertas inesperadas. Por exemplo, a representação pitoresca da grama em um quadro de Vincent van Gogh esconde, na verdade, um retrato de uma camponesa.

O segredo da pintura “2 em 1” é que o artista costumava pintar sobre suas primeiras obras. De acordo com especialistas, cerca de um terço das primeiras telas de Van Gogh foram eventualmente cobertas por outras pinturas.

Retrato desbotado

Renoir ficou tão satisfeito com a pintura Retrato de Madame Léon Clapisson que a escolheu para participar do Salão de 1883. E só depois de um tempo, quando os pesquisadores decidiram retirar a moldura, descobriram que a parte oculta tinha cores diferentes das principais.

Essa pequena diferença foi a chave para os pesquisadores apresentarem uma teoria defendendo que as sombras contidas na tela de Renoir não correspondiam à intenção original do artista. Muito provavelmente, o pintor usou as cores escarlate e roxa que, devido à sua sensibilidade à luz, desbotaram com o tempo.

Estranhos no paraíso

O trabalho de Hubert e Jan Van Eyck é relevante, e as duas pessoas nas bordas do altar merecem uma atenção especial. Não são figuras religiosas ou mesmo santas, como pode parecer à primeira vista, mas sim os clientes que encomendaram a obra.

Um comerciante rico desejava tanto reparar seus pecados que gastou parte de suas economias nessa obra de arte. Ele encomendou um altar com uma imagem sua e de sua esposa na esperança de salvar suas almas.

Ironicamente, o pecado que o comerciante cometeu em vida foi o seu amor excessivo pelo dinheiro. Foi dessa culpa que tentou se redimir, investindo sua riqueza na obra Retábulo de Gante.

Nenúfares escondidos em obras de Monet

Glicínias, de Claude Monet, pode ser considerado o último grande mistério do artista. Enquanto preparavam a pintura para outra exposição, os restauradores notaram manchas na tela, sob as quais o artista parecia estar tentando esconder algo. Para descobrir o que estava por trás dessas manchas, foi feita uma radiografia do quadro.

Acabaram descobrindo haver outra pintura por baixo da obra, retratando nenúfares, que em certa época trouxeram grande popularidade ao artista. Parece que esconder os nenúfares foi uma escolha consciente do artista, uma espécie de ponte entre essas plantas aquáticas e as glicínias.

Desenho com tinta invisível

Sem título (1981), um dos quadros de Jean-Michel Basquiat.

O artista americano Jean-Michel Basquiat costumava fazer experiências com suas pinturas deixando muitos detalhes secretos nas obras. Durante uma verificação de autenticidade, especialistas descobriram uma tinta invisível em um de seus trabalhos, recriando a imagem completa da tela.

Hoje, especialistas aconselham outros proprietários de obras de Basquiat a verificarem suas telas usando luz ultravioleta: é possível que detalhes secretos estejam escondidos em todas as pinturas do artista.

O jarro como o principal elemento na obra de Henri Matisse

Esse jarro tornou-se a verdadeira “estrela” das pinturas de Henri Matisse. Isso porque o artista usou repetidamente o mesmo adereço em outras obras. O objeto apareceu pela primeira vez em 1917, depois reapareceu em seus trabalhos dos anos 30.

A propósito, Matisse assinou uma das fotos com o jarro e escreveu as seguintes palavras: “Objetos que foram úteis durante a maior parte da minha vida”.

No seu ponto de vista, qual a importância da descoberta de detalhes secretos em pinturas para a Arte? Acredita que eles mudam a essência do trabalho ou apenas desviam a atenção para informações sem importância? Deixe sua opinião nos comentários!

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