A ciência garante que pessoas que procuram sobre doenças normalmente sofrem de cybercondria

Saúde
há 4 anos

Hoje em dia, quando uma pessoa sente alguma dor ou um incômodo em alguma parte do corpo, é normal pesquisar sobre o problema na Internet. Contudo, embora muitos sites tragam estudos de especialistas, a Web não deve, em hipótese alguma, ser encarada como o melhor método para se fazer um diagnóstico médico.

A questão tem preocupado tanto os especialistas que já ganhou até um apelido curioso, “Dr. Google”, e um termo específico “cybercondria”, junção de cyber (relativo à Internet) com hipocondria (preocupação excessiva com o estado de saúde). São os hipocondríacos da Era digital. Trataremos mais do assunto a seguir.

O Incrível.club quer que você conheça um pouco mais sobre o problema e suas possível soluções.

A ansiedade como um reflexo da cybercondria

Hoje em dia, tem sido cada vez mais comum médicos relatarem que precisam lidar com pacientes que afirmam ter um tumor cerebral apenas porque sentem dores de cabeça. A causa disso é o autodiagnóstico que as pessoas fazem após pesquisar alguns sintomas na Internet. A cybercondria é um tipo de comportamento que se caracteriza pela prática de chegar a conclusões apressadas durante a busca, na Web, de algum assunto relacionado à saúde. Isso faz aumentar a ansiedade e complica o trabalho dos profissionais de saúde.

Consequências negativas das pesquisas compulsivas

A cybercondria, assim como qualquer transtorno psicológico, pode deixar algumas sequelas. As consequências de realizar pesquisas obsessivas sobre doenças são:

  • Aumento no nível de ansiedade: após muita procura, os cybercondríacos ficam saturados de informação e acabam se preocupando mais do que o necessário por problemas que provavelmente nunca terão;
  • Automedicação e abandono de tratamentos médicos sérios: algumas pessoas começam tratamentos que encontram na Internet sem conversar com os médicos; outras se deixam convencer por diagnósticas online e abandonam tratamentos reais. Os riscos para a saúde, nesses casos, podem ser muito graves;

  • Desenvolvimento de hipocondria: por causa da grande exposição a muita informação e do medo de contrair uma ou mais doenças, a pessoa com cybercondria pode desenvolver hipocondria muito facilmente;

  • Nosofobia: uma fobia muito comum entre os estudantes de medicina que estão expostos a muita informação e sentem um medo irracional de contrair uma doença.

Como lidar com a cybercondria

Assim como a hipocondria ou qualquer outro transtorno, o paciente deve receber um tratamento psicológico. Ele precisa entender que, na maioria das vezes, não há nada de errado com sua saúde. Receber apoio familiar e participar de sessões de psicoterapia são fundamentais. A psicofarmacologia também pode funcionar nesses casos.

As informações que encontramos na Internet podem ser úteis apenas para as pessoas começarem a entender o que elas têm. Contudo, o diagnóstico completo e definitivo, assim como o tratamento que o paciente deve seguir, devem ser realizados por um médico. Portanto, para que o processo aconteça de maneira mais tranquila, é muito importante que haja uma boa relação médico-paciente.

Você conhece alguém que sofre de cybercondria? Compartilhe nos comentários a sua opinião sobre esse problema.

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