Casal adota filhote de puma que não conseguia viver na natureza

Animais
há 5 anos

“Olá, somos Alexandre e Maria. E esse é o nosso puma, que se chama Messi”. Você gostaria de ter vizinhos assim? Calma, não se assuste antes do tempo, garantimos que não se trata de uma fera selvagem, mas de um animal muito bem educado pelos seus donos. Essa não é uma história de briga entre vizinhos, mas a história de uma família pra lá de diferente e que tem muito a ensinar.

Nós, do Incrível.club, acreditamos na capacidade das pessoas de criarem vínculos e amarem incondicionalmente. Dessa forma, podemos eliminar a fronteira que existe entre ter um animal doméstico e um animal selvagem, sempre respeitando os limites da natureza e dos homens. Hoje, vamos contar mais detalhes sobre a vida de Messi, o puma que foi adotado por um casal na Rússia.

Messi, assim como seus irmãos, nasceu em cativeiro

A Copa do Mundo se aproximava e os três felinos, nascidos no zoológico de Saransk, receberem nomes de jogadores famosos. Algum tempo depois, Messi foi vendido ao zoológico em Penza, cidade russa que fica nas margens do rio Sura, onde, um ano mais tarde, conheceu os seus futuros pais adotivos, Alexandre e Maria.

O amor à primeira vista foi mais forte do que o bom senso, o medo e a insegurança. Alguns dias depois, o casal foi até o diretor do zoológico com a proposta de adotar o filhote de puma. O casal não encontrou nenhum obstáculo, mas nossos heróis foram severamente alertados a respeito do animal: ele fica muito doente e precisa de muito cuidado e atenção.

Isso não foi obstáculo aos pais de primeira viagem. Nem o fato de que o hall de entrada precisou ser transformado em um quarto com uma escada e uma árvore para o animal trepar, e o batente das portas se transformou em grandes paredes para o animal arranhar as enormes unhas. Segundo os criadores, uma das paredes deveria ser coberta com um grande espelho, para o animal não se sentir sozinho, e eles deveriam comprar muitos brinquedos. Ou seja, o casal preparou uma grande festa de boas-vindas para o novo membro da família.

Não havia dúvidas de que o animal não poderia ser devolvido para a natureza selvagem

Messi realmente se mostrou um felino frágil: cistite crônica, raquitismo e atrofia muscular foram alguns dos primeiros problemas que Alexandre e Maria tiveram de enfrentar. As caminhadas obrigatórias pela manhã e pela noite sempre contavam com banhos em poças d’água. Até que eles encontraram uma alternativa para essa vontade: uma banheira suficientemente grande para um animal desse tamanho.

As caminhadas foram se complicando pelos problemas mencionados acima. Alguns meses tomando vitaminas ajudaram Messi a dominar não apenas as caminhadas de três quilômetros, como também tentar pequenos saltos. Nesse momento, uma lesão antiga reapareceu: uma fratura em uma das patas dianteiras.

Os donos de Messi continuaram aumentando o tempo de caminhada e sempre comemoraram as novas conquistas, até que o puma começou a mancar de novo, dessa vez por problemas nas articulações do quadril. Isso fez com que eles tivessem de voltar aos suplementos e os obrigou a pensar em treinos um mais equilibrados. Mas havia um pequeno detalhe: quem aceitaria um ’aluno’ tão exótico?

Dezenas de ligações foram feitas a todo tipo de adestrador. Após muitas decepções, a grande surpresa: “Eu já treinei linces, mas não pumas. O que acham de experimentar?”

Messi começou a ter aula quatro vezes por semana, primeiro individualmente e depois na companhia de outros amigos de quatro patas. Não precisamos dizer quem se destacava no grupo. Pouco a pouco os animais foram se conhecendo e se aproximando. Contudo, o ambiente criado pelo treinador começou a dar frutos: apesar das diferenças, os cachorros passaram a aceitar Messi no grupo.

A capacitação profissional e os treinamentos não foram apenas positivos para a saúde do puma, mas também ajudaram também a criar um vínculo entre ele e os donos. Após algum tempo, Messi se transformou em um felino muito mais inteligente e capaz. Antes, por exemplo, ele ficava excitado demais ao ver comida.

Messi é um felino inteligente e aprende tudo muito rapidamente. Ele abre portas e janelas sozinho, se senta no canto quando sabe que fez algo de errado e até sabe se desculpar de maneira comovente.

Contudo, não pense que a vida de Messi é feita apenas de adestramento e obrigações

Um felino sempre será um felino, independente do seu tamanho. Portanto, todas as caixas de papelão da casa sempre tiveram o mesmo destino. Se você tem gatos, você sabe do que estamos falando.

Assim como seus pequenos amigos, Messi adora levar objetos pela casa. Mas ele gosta de fazer isso com objetos maiores, como melancias e abóboras.

Com todo tipo de bicho de pelúcia à sua disposição, o puma continua achando que nada é mais divertido do que uma garrafa de plástico. Talvez isso aconteça porque os brinquedos comuns duram menos tempo do que uma garrafa. Ou talvez porque as garrafas fazem mais barulho.

Mesmo com o esforço educativo, os donos nem sempre tiveram sucesso. Por exemplo, a foto abaixo mostra claramente que a regra ’Proibido animais em cima da cama’ não foi respeitada.

Afinal de contas, quem tem coragem de dizer não para uma fofura dessas?

O cuidado, a atenção e as idas frequentes ao veterinário foram fundamentais para que qualidade de vida de Messi melhorasse

Em função das muitas doenças sofridas na infância, este puma continuará sendo menos vigoroso do que seus parentes selvagens. Contudo, Messi está muito bem, e isso permite que ele faça viagens e conheça novos lugares.

Ele se sente muito bem quando viaja de carro (um carro cômodo, claro). Ele se mostra muito curioso quando vai para alguma floresta e adora praia e montanha. Na verdade, é um ótimo companheiro para os seus donos, independente do tipo de viagem.

Messi é um felino muito sociável e que se sente muito bem na companhia de pessoas e de outros animais. Sua história serve para mostrar que o amor, como sempre, é a linguagem universal que une todos os seres vivos deste Planeta.

Incapaz de viver em seu hábitat natural, Messi foi adotado por pessoas que fizeram o possível para dar a ele uma estrutura sólida e o carinho necessário para uma vida feliz.

Comentários

Receber notificações

Por mais difícil que seja,penso que seria mais correto que o animal vivesse num refúgio, santuário, sei lá. Algum lugar que se assemelhe a seu habitat.

Como diz o ditado, às vezes amar é deixar ir.

-
-
Resposta

Artigos relacionados