Uma floresta sinistra de pessoas e 7 dos objetos mais estranhos da fundação SCP

A fundação SCP é uma organização que tem por objetivo assegurar, conter e proteger o mundo de criaturas e objetos bizarros. As bases secretas dessa organização estão escondidas em todo o planeta. E cada uma contém objetos assustadores, perigosos, inofensivos, milagrosos e simplesmente malucos. E agora, você verá alguns dos mais esquisitos.

Objeto SCP-410. É uma colônia de 14 besouros parecidos com escaravelhos de cores diferentes — de azul-claro a esmeralda escuro. À primeira vista, parecem insetos comuns. Mas não vai demorar até você perceber que não se alimentam de folhas, larvas e outros alimentos, e sim de erros de textos. Coloque um papel com algum texto que contenha erros ortográficos ou gramaticais dentro do terrário deles. Os insetos correrão para perto das palavras ou pontuações erradas e as “comerão”. Vinte minutos depois, os besouros secretam as letras ou palavras “corrigidas” de seus corpos. Assim, editam totalmente o texto. Cada membro do SCP-410 consegue comer cerca de 25 mil erros por dia. Os besouros são capazes de viver sem textos errados por cerca de dois dias. Depois, caem em um estado de hibernação. Para ressuscitá-los, é preciso colocar um texto que contenha pelo menos 50 erros perto deles.

O objeto SCP-2157 é um pedaço misterioso de terra de cerca de 20 metros quadrados encontrado em uma floresta no Japão. As pessoas estão em posições diferentes nesse território. São 20 homens e vinte uma mulheres. Todos têm alturas e pesos diferentes. Os pés estão no chão, e os rostos estão virados para o oeste. As pessoas reagem a estímulos externos: franzem as sobrancelhas, piscam e se assustam. Mesmo assim, ficam lá paradas, imóveis como árvores. E começam a gritar quando alguém tenta tirá-las do chão. Mas a análise do solo mostrou que o objeto SCP-2157 não tem conexão física com o solo. Um scanner corporal mostrou que há um pouco de terra dentro do estômago dos participantes. Assim que algum funcionário da Fundação SCP entra no território delas, as pessoas viram suas cabeças para a direção do intruso e o encaram. Quando ele sai, voltam a olhar para o oeste de novo. O monitoramento desse objeto continua.

SCP-621. São tulipas hipnóticas. Elas parecem comuns, mas têm bioluminescência. Obtêm energia e outros nutrientes da água e emitem um brilho roxo, azul ou verde que possui um efeito hipnótico nas pessoas e em todos os seres vivos por perto. As abelhas, por exemplo, começam a polinizar essas flores, ignorando todas as outras plantas, fazendo com que a reprodução das tulipas acelere. Herbívoros e outros inimigos naturais evitam contato com o SCP-621. Tudo isso faz as tulipas se multiplicarem rapidamente. Durante o crescimento, esse objeto pega todos os nutrientes de outras plantas que estão crescendo por perto. Isso acaba com o solo e consome muita água. Sob a influência do SCP-621, uma pessoa costuma cuidar das plantas e fazer de tudo para fazê-las durarem o máximo possível. Por exemplo: proprietários de grandes plantações só tomam conta das tulipas e ignoram o resto das lavouras quando estão hipnotizados pelo brilho dessas flores. As tulipas podem se espalhar até capturar todos os territórios. E as pessoas vão tratá-las com amor, por causa de seu efeito hipnotizante. Então, é essencial mantê-las em estufas isoladas. Funcionários da fundação SCP as regam todos os dias e não permitem que saiam daquela área.

Objeto SCP-2559-J. Enquanto realizava uma pesquisa em um dos laboratórios, um cientista abriu um portal para outra dimensão por engano. Milhares de gatinhos começaram a sair dali. Há um mundo infinitamente gigante deles do outro lado. Se você pegar um, verá que se trata de um bichano comum. O portal fica localizado nas profundezas da terra. Ainda não se sabe como fechá-lo. Assim que alguém se aproxima da porta, passa a ser controlado pela fofura dos gatos. Agora, eles estão caindo para dentro de nossa realidade a um ritmo de 3 gatinhos por segundo.

O SCP-999 é uma massa enorme de meleca alaranjada e transparente que se move por aí. Parece uma gelatina e tem a viscosidade de pasta de amendoim. O formato e o tamanho da criatura estão sempre mudando. A superfície é coberta por uma membrana fina e flexível que impede que a massa se espalhe para direções diferentes. É uma criatura simpática que gosta de brincar com as pessoas. Ela pula em cima delas, as abraça e emite sons borbulhantes. O SCP-999 também solta um odor agradável, que sempre está mudando. Pode ser cheiro de bacon ou de cama recém-arrumada, ou ainda de rosas. Encostar em um objeto desses causa euforia, que aumenta com a duração do contato. Depois disso, a pessoa sente alegria por um bom tempo. O objeto gosta de envolver completamente os humanos e fazer cócegas neles da cabeça aos pés.

O SCP-831 é uma colônia de insetos desconhecidos, parecidos com cupins. Eles se alimentam de celulose e água com sacarose. Um único animal vive de 25 a 40 dias. A colônia precisa ficar em uma sala vazia e brilhante sob constante vigilância. As paredes e o piso devem ser feitos de aço. Funcionários devem colocar água com nutrientes no chão para manter os cupins vivos. E só se pode entrar lá usando um traje de proteção. Quando os cupins têm acesso a algum objeto, começam a usá-lo para fazer ferramentas primitivas. Por exemplo: se um lápis for colocado dentro da sala, os cupins extrairão o grafite e usarão o tubo de madeira para criar chips ou outra coisa. Se alimentada com frequência, a colônia crescerá e se multiplicará. E usará ferramentas primitivas para criar tecnologias modernas. Esses cupins conhecem as propriedades de todas as substâncias e entendem como utilizá-las para criar invenções.

Com a ajuda de conhecimento das leis da Física e da Química e usando madeira e grafite do lápis, em poucos dias os cupins podem criar um motor primitivo a vapor. Quanto mais tempo ficam em algum lugar e quanto mais se multiplicam, mais perfeitas as invenções se tornam. A colônia de milhões de animais pode criar máquinas de alta tecnologia ou transmissores a rádio que são incompreensíveis para as pessoas. Os limites das invenções são desconhecidos, mas os resultados do trabalho deles superam todas as tecnologias humanas. É por isso que funcionários da fundação SCP mantêm o SCP-831 em uma sala vazia e bem lacrada.

Já o SCP-1689 é um grande saco de batatas. Em condições estáveis, pesa quase 50 quilos. Há cerca de duzentas unidades de batatas lá dentro. O espaço interno do saco é muito maior do que parece visto aqui de fora. O tamanho da área é desconhecido, mas totalmente preenchido pelos tubérculos. É impossível determinar onde o saco acaba. Funcionários da Fundação SCP fizeram uma expedição uma vez dentro dele. Cientistas criaram uma pasta especial que quebrava o amido e transformava as batatas em um mingau. Assim, os funcionários fizeram um túnel para passar borrifando a substância e tirando lama delas com pás. Foi aí que descobriram que o espaço tinha piso e paredes de concreto e até um teto. Eles estavam andando dentro de uma espécie de casa cheia de batatas.

A equipe fez um buraco na parede e saiu da construção. O piso estava coberto com mato seco. Havia apenas batatas ao redor. O que estava em cima era desconhecido, já que o espaço estava cheio delas. Os funcionários também encontraram uma bicicleta enferrujada lá. A expedição não foi bem-sucedida. O SCP-1689 leva a um mundo parecido com o nosso. Mas alguma coisa aconteceu ali e ele começou a encher de batatas.

O objeto SCP-623 é uma pequena sala construída nos anos 60 por um professor de Bioquímica. Havia apenas os seguintes objetos na sala: um sofá azul; um sofá vermelho; um sofá verde; uma cadeira branca de plástico; uma mesa redonda decorada com as mesmas cores dos sofás; sete cadeiras ao redor da mesa redonda; e sete dispositivos de iluminação multicoloridos.

A mobília toda está presa ao piso. Figuras estranhas estão pintadas nas paredes e combinam perfeitamente com o estilo e localização dos móveis. A acústica e aparência da sala, bem como a disposição de todos os objetos, causam um forte efeito agradável nas pessoas. Dentro da sala, elas sentem harmonia e felicidade. Ali relaxam e se tornam bondosas e inofensivas. Por causa do sentimento de paz e serenidade, os móveis não podem ser tirados da sala. Elas só querem dançar, rir, abraçar a mesa, deitar no piso e chorar de alegria. Mas assim que saem dali, se tornam nervosas, agressivas e tristes. O mundo real fora parece ser um lugar perigoso e escuro. Se você ficar dentro do objeto por mais de poucos segundos e depois sair, pode acabar enlouquecendo.