Um novo mistério em Netuno que nem a NASA consegue explicar

Curiosidades
há 1 ano

Na Era Vitoriana, um estranho corpo celeste parece ter surgido em nosso sistema solar. Seria um asteroide? Ou talvez um cometa? Demoramos até outubro de 2017 para percebê-lo e começar a estudá-lo de perto. Foi chamado de Oumuamua — que é “o mensageiro de longe que chegou primeiro”, em havaiano. Não só sua forma é extremamente incomum — altamente alongada e estreita — mas também está acelerando tão rápido que parece que a gravidade do Sol não o afeta muito.

Então, o que é essa rocha estranha? No início, especialistas acreditavam ser um asteroide, mas deram uma olhada mais de perto e concluíram que provavelmente era um cometa. Eles acreditavam ser impulsionado por pequenos jatos de gás causados pelo calor do Sol, o que poderia tirá-lo de seu curso natural. Além da maneira como se move, a aparência de Oumuamua também é especial em comparação com a de outros cometas. Esses tipos de corpos celestes refletem cerca de 4% da luz que cai sobre eles. O Oumuamua, surpreendentemente, tem o dobro das propriedades reflexivas. Infelizmente, não podemos mais estudar esse objeto bizarro, já que ele saiu das nossas cercanias no Sistema Solar.

Ouvimos tantas histórias sobre o Triângulo das Bermudas, desde seus eventos misteriosos até explicações científicas muito detalhadas sobre por que esses eventos acontecem às vezes. Bom, você ficará surpreso ao saber que há um equivalente ao Triângulo das Bermudas no espaço, que alguns astronautas afirmam ter testemunhado. O que eles descreveram foi semelhante a um intenso flash de luz quando passaram por um local específico, que então chamaram de Anomalia do Atlântico Sul. Pode haver uma explicação para isso. Primeiramente, é importante saber que o campo magnético da Terra não está perfeitamente alinhado ao seu eixo de rotação. Há uma área de cerca de 200 km acima do Atlântico Sul, onde algum tipo de radiação está o mais próximo possível da superfície da Terra.

Ao passar por este local, os computadores pararam de funcionar e a equipe espacial viu aquelas explosões cósmicas de luz que mencionei.

Até onde sabemos, existem oito planetas em nosso sistema solar: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Mas poderia haver outro, o 9º que ainda não descobrimos? Alguns astrônomos têm certeza de que sim, e atualmente o chamam de Planeta 9. Sua localização parece estar muito além de Netuno, o oitavo planeta que conhecemos até agora e o mais distante do Sol.

O problema é que já estivemos errados antes. Em 1801, nos deparamos com Ceres, que hoje conhecemos como o maior asteroide do Sistema Solar. Mas inicialmente acreditávamos que também era um planeta. E você deve conhecer a história de Plutão. Primeiro, achávamos que era um planeta logo depois de descobri-lo, em 1930. Mas depois o reclassificamos como um planeta anão. O fato de o 9 estar tão longe de nós dificulta a fotografia e o estudo, daí seu status incerto. Para os especialistas rastrearem o Planeta 9, a luz tem que viajar do Sol até lá e fazer quase todo o caminho de volta. Os astrônomos conseguiram cobrir cerca de 30% da área onde ele deveria estar. Eles também estimam que levará algo em torno de quatro anos para estudar mais e chegar a uma conclusão.

Uma nebulosa é basicamente uma enorme nuvem de poeira e gás em algum lugar do espaço. Algumas vêm de estrelas no final da vida, após sua explosão. Outras são os locais onde novas estrelas estão começando a se formar. É por isso que algumas nebulosas são chamadas de “formadoras de estrelas”. Elas podem existir em muitas cores e tamanhos diferentes, mas uma, em particular, chamou a atenção dos astrônomos devido a sua forma espetacular. É chamada de Nebulosa do Retângulo Vermelho e está localizada na constelação de Unicórnio, a cerca de 2.300 anos-luz de distância de nós. Não sabemos exatamente o que causa essa forma incomum, mas uma explicação pode ser a de que há duas estrelas em seu núcleo. Elas podem criar dois cones de poeira brilhante, que, juntos, fazem com que a nebulosa pareça um quadrado.

O que é ainda mais intrigante sobre essa formação é que ela exibe algo chamado de “emissão vermelha estendida”. Isso significa que a poeira tem um brilho avermelhado específico. É difícil dizer a causa disso, mas essas duas estrelas em potencial no meio certamente têm algo a ver com isso. Lembra quando mencionei que Netuno é o planeta mais distante do Sistema Solar? É cerca de 30 vezes mais longe do Sol do que nós. Faria sentido que fosse o mais frio de todos os planetas, mas aí vem a surpresa: não é. E os cientistas ainda precisam averiguar o porquê! Em 1989, a nave espacial Voyager, 2 da NASA, passou por Urano e Netuno. Descobriu que Netuno era mais quente do que seu vizinho, embora estivesse mais longe do Sol. Os cientistas criaram diversas teorias tentando explicar essa descoberta impressionante. Uma delas tinha a ver com as diferenças gravitacionais entre os dois.

Os tons azuis de Netuno são mais intensos do que os de Urano. Então, os pesquisadores da NASA acreditam que há outro produto químico não identificado na atmosfera netuniana. Isso poderia explicar a temperatura incomum. O clima também pode ter algo a ver com isso. Netuno aparentemente tem os ventos mais fortes e as tempestades mais massivas do nosso Sistema Solar. Em 1989, por exemplo, a Voyager 2 detectou uma enorme nevasca nele, que chamaram de Grande Mancha Escura. Esta tempestade foi maior do que todo o nosso planeta! Desapareceu em 1994, então há pouco que possamos entender sobre ela atualmente. Esses ventos extremos podem empurrar o metano congelado através da atmosfera do planeta e alterar a temperatura. Se você prestar bastante atenção, Urano é um pouco estranho, além de ser basicamente uma enorme bola de gás, é claro. Por que isso? Bom, em primeiro lugar, porque gira de lado, fazendo com que pareça que rotacione ao redor do Sol como uma bola.

Essa orientação curiosa — cerca de 90 graus de lado — é provavelmente devido a algum tipo de colisão maciça que aconteceu no passado. Essa inclinação também é a razão pela qual Urano tem as estações mais extremas do Sistema Solar. Um ano ali tem 84 anos terrestres. Por cerca de um quarto desse período, o Sol brilha diretamente sobre o polo norte ou sul do planeta. Isso pode explicar a enorme diferença entre suas temperaturas anuais mais altas e mais baixas.

Vamos focar também nos pequenos um pouco, ok? Quero dizer, Mercúrio e Plutão. Mercúrio já é o menor planeta (ou o segundo menor se contarmos o anão Plutão, é claro) em nosso Sistema Solar. É também o segundo mais denso depois da Terra. E está ficando cada vez menor e mais denso.

Por muito tempo, acreditamos que o nosso mundo era o único tectonicamente ativo. Isso foi até descobrirmos que Mercúrio ainda estava ativo neste departamento também. Então esse é provavelmente o motivo pelo qual está encolhendo e ficando mais compacto com o passar do tempo.

A atmosfera de Plutão confunde os cientistas até hoje. Eles revelaram que há cerca de 20 camadas em sua atmosfera, e elas são mais frias e compactas do que estimavam inicialmente. A equipe New Horizons da NASA também descobriu que Plutão libera uma enorme quantidade de nitrogênio a cada hora, mas de alguma forma pode reabastecer constantemente seu nitrogênio perdido. Talvez seja graças a alguma atividade geológica intensa.

Assim como a maioria dos participantes de shows de talentos, também temos um astro fracassado em nosso Sistema Solar. Desculpe, Júpiter, estamos falando de você!

Pode não ser a descrição mais apropriada em termos astronômicos, mas alguns especialistas chamam Júpiter de estrela fracassada. Isso porque ele tem muitos produtos químicos, como hidrogênio e hélio. Ao mesmo tempo, não tem massa suficiente para iniciar uma reação de fusão em seu núcleo e se transformar em uma estrela. As estrelas geram a sua energia misturando átomos de hidrogênio sob calor e pressão extremos, o que cria hélio. À medida que esse processo ocorre, há liberação de luz e calor, o que dá a elas sua aparência e temperatura. Mas como conseguem isso? Bom, as estrelas têm uma quantidade significativa de gravidade, para começar. Para Júpiter iniciar um processo de fusão e se transformar em uma estrela, ele precisaria ser mais de 70 vezes mais pesado. Em teoria, se pudéssemos misturar muitos Júpiteres, poderíamos criar uma nova estrela. Mas, infelizmente, em nosso Sistema Solar, Júpiter terá que continuar sendo um enorme pedaço de gás. No entanto, o maior de todos eles.

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