Tudo sobre psicologia dos gatos, segundo uma criadora experiente

Os gatos vivem ao lado dos homens há mais de 10 mil anos, mas são tão misteriosos que jamais poderemos saber tudo sobre eles. Enganar um gato é uma tarefa difícil, mas não impossível.

Uma simpática amante dos gatos compartilhou no Twitter alguns truques sobre como lidar com um felino, e aproveitou para contar um pouco sobre como as raças se comportam.

Hoje, o Incrível.club quer que você conheça mais sobre esse bicho de estimação tão amado. Aproveite e conheça o bicho favorito da autora dessas dicas, e não deixe de ver a surpresa que te espera no final dessa maravilhosa história.

Como cuidar de um gato

• As gatas afiam as unhas em afiadores verticais; os gatos preferem objetos horizontais. Ainda estamos tentando achar alguma explicação freudiana para isso, mas, enquanto ela não vem, é melhor aceitar.
• Se o seu gato não gosta que você o penteie, o mais provável é que ele não goste do acessório que você está usando, não do ato em si. Alguns não toleram pentes duros demais, outros simplesmente têm medo das luvas que algumas pessoas usam.
• Toda vez que você levanta um gato pelas patas dianteiras corre o risco de quebrar a sua clavícula. O risco aumenta se o gato for gordo e pesar mais de 6 ou 8 kg.
• A hierarquia dos gatos é muito lógica: o mais alto é o chefe. Portanto, se você colocar a caminha do gato em um nível superior à sua, ele vai sentir que manda no quarto, e quem determinou isso, segundo ele, foi você.

• Os gatos castrados, diferentemente dos não castrados, continuam brincalhões até a velhice, porque nada os incomoda. Mas tome cuidado para ele não engordar.
• Se você não quer que o gato durma na sua cama, deixe ele em outro quarto desde pequeno. Ele vai miar toda a noite, mas vai se acostumar. Isso não vai afetar o carinho que sente por você. Quando for adulto, nem vai passar pela cabeça dele dormir na cama com alguém.
• Não lave os pratos dele com cândida. Ela pode intoxicá-lo.
• Os gatos não se preocupam apenas com o sabor dos alimentos, mas também com a consistência. Portanto, se você colocar a comida e ele não se interessar, calma, não jogue fora, talvez ela esteja úmida e ele vai esperar para comê-la seca.

As características da psicologia felina

• Os gatos têm uma espécie de filtro para o movimento uniforme; portanto é sempre melhor brincar com eles de maneira impulsiva, com paradas. Se você ficar mexendo o brinquedo de um lado para o outro de maneira uniforme, após 30 segundos ele não vai mais ver o brinquedo e vai olhar através dele.
• Os gatos podem ser treinados. O problema é que leva tempo e as pessoas costumam desistir antes; ou seja, os gatos vencem essa batalha.
• Os felinos não acham que os donos são quem os alimentam. Se você quer que o seu gato te considere o seu dono, tire ele de perto dos pais quando filhote, ou tente educá-lo (ou seja, castigar as travessuras e proibir o que não pode ser feito). Pela visão deles, quem dá comida é apenas um alimentador.
• Na hora de educar, é importante ser lógico e consistente. Se o gato sentir que você o está desafiando sem motivo, vai achar que você está apenas mal humorado e fazer mais travessuras para te provocar.

• Não existem raças agressivas. Geralmente, o mau comportamento é uma consequência da diferença entre a natureza do felino e do cuidado dado a ele. Todas as raças podem ser um pouco agressivas, se algo no cuidado não combinar com elas.
• As conexões associativas dos gatos são imprevisíveis em relação às pessoas. Um gato pode assumir que todos os homens são veterinários após ver um, ou pode associar um determinado cheiro com uma companhia agradável.
• Os gatos não costumam gostar de movimentos bruscos, portanto não gostam de cachorros. Estes se movem de maneira brusca e os gatos nunca conseguem saber se eles querem brincar ou não. Em geral, a reação é a mesma: o gato arranha o cachorro.
• Se o gato estiver agitado é preciso segurar suavemente o rabo entre suas próprias patas, para ele se acalmar. Nesse ponto, uma lógica especial é ativada: se não há possibilidade de mostrar nervosismo, não há nervosismo. E o mais curioso é que isso realmente funciona.
• Gatos não ronronam apenas por prazer, mas também para chamar a atenção, principalmente quando o fazem mais alto. Nós fazemos o mesmo quando tossimos para chamar a atenção.

• Às vezes, os gatos se comportam de uma maneira pouco pedagógica e educam os filhotes com violência. Eles dão um tapinha na nuca no ângulo correto e a surpresa dos filhotes é a mesma que a dos humanos.
• “Os gatos não parecem ter muita paciência com os filhotes, nem mesmo os deles. A minha os criou por obrigação, sempre com cara de que ’como ninguém mais pode fazer isso, faço eu’. Quando os netos nascem, eles inclusive se distanciam, para não se sentirem incômodos”, diz a autora que compartilhou seus conhecimentos conosco.
• Mas claro que há exceções. As gatas chamadas de ’supermães’ chegam a roubar filhotes porque sentem que as outras mães não poderiam fazer um bom trabalho.
• Os gatos têm preferências em relação à aparência. “Por exemplo, o gato de um amigo ficava absolutamente indiferente se ao lado dele passava uma gata preta. Mas quando via uma gata com o pelo branco ou marrom claro, ficava completamente louco”, diz nossa seguidora.

• Os felinos se divertem de maneiras estranhas. “Nossa gata mais velha, por exemplo, adora o vapor do banho. Ela fica gritando se não a deixamos entrar”, lembra a seguidora. Outros gatos adoram andar em carros em alta velocidade. Alguns gostam de nadar. Sim, eles são esquisitos.
• Os gatos têm um senso de humor bastante ácido. Alguns dizem que eles são monótonos, mas adoram assustar os outros; quando conseguem, saem super felizes.
• Mas os gatos não gostam quando nós os assustamos.

Sobre as diferentes raças

• Se você quer um gato que adora ser acariciado, o gato persa é a melhor alternativa. Eles têm o pelo muito comprido e precisam da nossa ajuda, que é recebida como uma massagem.
• Os orientais são criativos, divertidos e enérgicos. Se você não quer um gato em cima de você o tempo todo pedindo atenção, melhor encontrar outra opção. Eles jamais vão te deixar sozinho.
• Os curl americanos parecem sempre animados e entusiasmados.

• O gato siberiano é como uma tempestade de neve: se ele decidiu ir a algum lugar não há obstáculo que possa pará-lo.
• Se você quer um Maine Coon, mas tem medo que ele quebre o seu vaso favorito, não tenha medo, mas aceite que essa raça representa o fim do seu vaso. Os jovens Maine Coons são muito desajeitados e podem destruir meio apartamento apenas durante os primeiros meses.
• Se o que você quer é um concerto musical, vá na casa de alguém que tenha um gato oriental e que acabou de ter filhotes. Esses gatos são muito férteis, sociáveis e barulhentos.
• Se você for indiferente a tudo, opte por um britânico (British Shorthair) e sejam indiferentes juntos. A tudo e a todos.

• Se você sempre quis saber por que o Sphynx sempre quer colo a resposta é simples: eles têm muito frio.
• Se quer um gato com jeito parecido com o de um cachorro, opte pelo Bobtail Kurilian. Ele não late, claro, mas é super brincalhão.
• “A mistura mais infernal que eu vi foi um cruzamento de persa com angorá. A beleza era maravilhosa, mas a fúria dos persas misturada ao gênio e energia do angorá não deu muito certo. Assim que a dona saía de casa ele entrava nos cômodos para ver o que poderia ser destruído. Sempre ia até a cadeira proibida e a arranhava quatro vezes. Em seguida, saía como se nada tivesse acontecido”, afirma nossa autora.

Outros detalhes

• As raças de pelo longo são mais tranquilas que as outras. Nesse sentido, continua sendo um mistério o fato de que os britânicos não tenham preguiça de respirar.
• Os gatos se dividem em duas categorias: arbustos e árvores. Os gatos que preferem os arbustos adoram se esconder no meio das pernas dos humanos para assustá-los; já os de árvore gostam de ir no nível mais alto para olhar o todo, como em O Rei Leão.

E, como prometido, o bônus!

E você, tem histórias interessantes sobre os seus bichos de estimação?