Trabalhou como funcionário público + outros fatos que você não sabia sobre Einstein
Imagine ser tão inteligente a ponto de seu cérebro ser mantido em um museu décadas após você ter partido deste mundo! É, isso não acontece com todos os gênios, mas aconteceu com Albert Einstein, uma das mentes mais brilhantes de todos os tempos. Vamos começar do início.
Está vendo essa cidadezinha aqui, entre Stuttgart e Munique? Ela se chama Ulm, e é a cidade natal de Einstein. Ele nasceu no ano de 1879. Foi nesse mesmo ano que Thomas Edison testou sua primeira lâmpada elétrica. E o ano em que 3 outros vencedores do Prêmio Nobel nasceram. Como se diz por aí... deve ter havido alguma coisa especial na água daquele ano para que esses gênios nascessem pelo mundo agora.
Mas nem sempre foi o caso do Einstein. Pois é, ele não era frequentemente considerado um gênio. Na verdade, os pais dele se preocuparam muito com seu aprendizado quando ele era criança. Até os cinco anos, Einstein não conseguia formar frases completas. Ele demorou muito para falar de forma coerente. Porém, sempre foi uma criança fascinada pelo mundo e pelos detalhes do funcionamento das coisas. Foi também aos cinco anos que algo importante aconteceu. Um dia, seu pai deu a ele uma bússola para brincar. Era a primeira vez que o menino via um objeto como aquele, e ficou super interessado na bússola! Ficou encucado com o fato de a agulha sempre apontar para o Norte magnético da Terra. Mais tarde, em sua autobiografia, Einstein escreve que seu fascínio pela bússola o fez imaginar se havia forças invisíveis agindo no mundo. Ele se lembra que aquele foi um momento importante em sua infância, que o influenciou na escolha de sua carreira depois.
Aos 15 anos, Einstein já era craque em Cálculo Diferencial e Integral. Caso você seja um reles mortal como eu e não tenha ideia do que seja isso, digamos que tem a ver com o cálculo de comprimentos, áreas, volumes e velocidades. Na época, o Einstein adolescente começou a mostrar sua genialidade em algumas áreas do conhecimento, mas sofria em outras, como os estudos de linguagem. Ele não gostava muito da escola e muitas vezes foi descrito como um rapaz de personalidade forte e um pouco difícil de lidar. Um professor, cansado das pirraças do Einstein, chegou a dizer que ele jamais alcançaria nada na vida. Poxa, queimou a língua, hein? Enfim, a incapacidade de Einstein de se adequar ao ambiente escolar fez com que ele abandonasse a instituição quando tinha 15 anos.
Seus próximos passos foram na Suíça, onde se inscreveu para estudar no Instituto Federal de Tecnologia. Ele tentou ingressar na instituição duas vezes. Primeiro, foi reprovado na prova de admissão. Ele se saiu bem em Matemática e Física, mas dizem que foi um fiasco em Linguagem, Zoologia e Botânica.
Outro problema foi que a prova era em Francês. Ele continuou seus estudos e foram suas notas escolares esplêndidas que o levaram para dentro do Instituto. Ele se inscreveu em um programa de ensino de Matemática e Física que duraria quatro anos. Esses anos fizeram a diferença na carreira e genialidade do Einstein. E foi lá que ele conheceu sua futura esposa, Mileva Maric — a única mulher de sua turma de Física. Em 1900, Einstein se formou e recebeu um diploma nas duas matérias.
Foi Einstein que disse: “Se você não pode explicar algo de forma simples, então você não entendeu muito bem o que tem a dizer.” Para ele, a capacidade de explicar assuntos complexos de forma simples era a base do ensino. É por isso que ele tentou ser professor no começo de sua carreira. Após se formar, se candidatou a várias vagas como professor de Matemática e Física, mas não foi contratado. Mais tarde, após dois anos de busca, ele arranjou um emprego em uma repartição pública da Suíça, o Escritório de Patentes, em Berna. No começo, Einstein não ficou muito satisfeito com o emprego. Mas passou sete anos naquela profissão. Aquilo era um presente disfarçado de emprego chato. Ele passava manhãs e tardes comparando projetos de quem requeria patentes, avaliando se eram ou não invenções verdadeiras, mas à noite ele tinha tempo para pensar. O trabalho não exigia muito de seu intelecto e isso permitia que Einstein dedicasse seu tempo livre ao que amava: pesquisar Física. E foi aí que as coisas começaram a mudar para o mais famoso gênio do mundo.
Uma noite, na primavera de 1905, Einstein tinha acabado seu expediente no Escritório de Patentes. Ele bateu ponto e pegou o bonde para casa. No bonde, aconteceu uma coisa que mudou totalmente a forma como ele via o funcionamento do universo ao seu redor. Ele estava olhando para fora da janela do bonde, distraído, observando a torre do relógio que ficava no centro da cidade de Berna. Enquanto o bonde se movia, ele imaginava o que aconteceria se aquele transporte se movimentasse com a velocidade da luz. Ele percebeu que, se estivesse viajando a 300 mil km por segundo, os ponteiros do relógio pareceriam estar congelados. Ao mesmo tempo, Einstein sabia que, na torre do relógio, os ponteiros estariam se movimentando em ritmo normal. Mas, da perspectiva da pessoa que estava viajando na velocidade da luz, o tempo desaceleraria até quase parar.
Isso deixou Einstein completamente fascinado! Ele entendeu que, quanto mais rápido você se move pelo espaço, mais devagar se move pelo tempo. Essa primeira constatação levou Einstein a acreditar que o tempo poderia ser relativo. Em outras palavras, o tempo sempre dependia da experiência do observador.
1905 foi um ano de milagres para Einstein! Naquele ano, ele escreveu quatro artigos que depois seriam publicados e mudariam a forma como a humanidade entende o universo. Entre os artigos de 1905 que ele escreveu, estava a teoria que o tornaria conhecido no mundo todo: a “Teoria Especial da Relatividade.” E tudo começou naquele bonde, voltando para casa. Ah, aposto que você já estudou a famosa fórmula do Einstein na escola. “E” é igual a Mc ao quadrado, que basicamente significa que a Energia é igual à massa vezes a velocidade da luz ao quadrado.
Caso você esteja tentando raciocinar o que isso significa, não se dê ao trabalho! O próprio Einstein disse: “Não se preocupe muito com as suas dificuldades em Matemática. Posso lhe assegurar que as minhas são ainda maiores.” Bem, não há como discordar dele nisso, né?
Em 1921, Einstein recebeu um Prêmio Nobel por sua teoria da luz, mas não por sua teoria da relatividade. Parte da comunidade científica ainda não estava convencida da teoria da relatividade de Einstein, já que ela não considerava as leis da gravidade. De fato, isso era algo que também incomodava muito Einstein — ele nunca parou de refletir sobre suas descobertas e sempre estava procurando formas de aprimorá-las. Você se lembra do Isaac Newton? O homem que estava sentado debaixo de uma macieira e descobriu a gravidade depois de uma maçã cair sobre sua cabeça? Bem, de acordo com Newton, a gravidade é uma força constante que age sobre todos os objetos do nosso planeta e do universo.
Einstein levou mais 10 anos para concluir sua teoria da relatividade, levando em consideração as descobertas de Newton. A nova Teoria Geral da Relatividade de Einstein conseguiu explicar como a gravidade realmente funcionava. Por exemplo: como a gravidade do Sol puxa a Terra para sua órbita? Bem, segundo Einstein, algo pesado como o Sol cria uma depressão no espaço. Outros objetos com massas menores, como a Terra, são impactados por essa depressão e rolam ao redor do Sol como uma bolinha de gude gira em uma tigela. Ele acabou não ganhando mais um Prêmio Nobel por essa descoberta. Mas revolucionou, mais uma vez, o mundo da Física.
Nos anos de 1930, Einstein se mudou para os Estados Unidos e aceitou um emprego de professor em Princeton. Ele passou o resto de seus anos ensinando no recém-criado Instituto de Estudos Avançados de Nova Jersey. Apesar de Einstein ter dito que nunca se sentiu em casa em nenhum país, dizem que ele gostou tanto dos Estados Unidos, que escolheu ficar lá até o fim de sua vida.