17 Histórias sobre pessoas que quebraram todos os padrões

.A Coreia do Sul, com suas incríveis séries e música incríveis, conquistou o coração de muita gente. Esse fenômeno ficou conhecido como “hallyu” — a onda coreana. Estrangeiros viajam até o país para conhecer o local e, sejamos sinceros, também para encontrar o amor. Vamos agora dar uma espiadinha nos bastidores da vida real dos coreanos e tentar entender melhor essa cultura.
E, de quebra, responder à pergunta: será que os coreanos são mesmo iguais aos galãs das doramas?
Os doramas estão cada vez mais populares — quem não lembra de “Round 6”? Nos romances coreanos, podemos destacar dois tipos de “homem ideal”. O primeiro é gentil e carinhoso, como em Uma Advogada Extraordinária. A protagonista nem percebe que o cara gosta dela, e ele vai cuidando dela com delicadeza.
O segundo tipo é o cara frio e durão. Ele é rude com todos, mas vai se derretendo aos poucos por causa da mocinha e vira um verdadeiro cachorrinho fofo. Um exemplo é o drama Hilleo.
As espectadoras se apaixonam por esses personagens. Mas será que os homens coreanos da vida real também são assim românticos e doces? Antes de responder, vamos entender o que é considerado bonito na Coreia do Sul.
Na Coreia, rostos com queixo pontiagudo (formando um “V”) são vistos como muito atraentes. A influenciadora Sandra falou sobre isso em seu canal Let’s try Korea (Vamos experimentar a Coreia). Aliás, o episódio se chama “Padrões de beleza ou como conquistar um coreano”.
Todo mundo já notou que a magreza é valorizada por lá — é só olhar para as atrizes e cantoras famosas. Mas a blogueira explicou que a beleza de estrangeiras é vista por outros critérios. Os coreanos costumam gostar de nariz alto, pálpebras duplas, olhos claros, cabelos longos e volumosos. E se for loira, melhor ainda.
Vale dizer que lá as coreanas geralmente não fazem preenchimento labial.
O peso nem importa tanto, desde que a mulher tenha uma cintura fina e quadris largos. Curvas suaves e marcantes agradam homens do mundo inteiro — foi o que Sandra concluiu. Ela mesma contou que se casou com um coreano quando pesava 110 kg.
Já em relação a tatuagens, o preconceito ainda é forte, especialmente entre os mais velhos.
Antigamente, os pais é que escolhiam os noivos. Casamentos por amor só começaram a acontecer nos anos 1960. Por isso, surgiu na Coreia uma cultura própria de namoro. Nos anos 80 e 90, os jovens ainda não sabiam bem como chamar alguém pra sair. A autora Yooni Hong contou em seu livro “A Onda Coreana” que um vizinho dava laranjas para a menina de quem gostava — e, na época, era uma fruta cara.
Outro método curioso era nos elevadores dos prédios. As garotas ficavam em cada andar na frente das portas, e os garotos subiam e desciam o prédio. Quando a porta abria e eles viam uma menina de quem gostavam, saíam e puxavam conversa.
A forma mais fácil de conhecer alguém é na faculdade, onde há tempo pra ir se conhecendo.Mas a sociedade coreana ainda é muito dividida por idade e gênero: mulheres conversam mais com mulheres, e homens com homens. Poucas chances para encontros espontâneos. Por isso, muitos adultos apostam no “sogeting” — os famosos encontros às cegas, geralmente organizados por amigos em comum.
Existe também uma fase no relacionamento chamada “sseom”. É aquele momento em que ninguém sabe ao certo se vocês são só amigos ou algo mais. Ficar enrolando nessa fase por mais de um mês é visto como falta de educação.
O filme Irionias do Amor, de 2001, mostrou um casal indo a um clube usando uniforme escolar. Agora, muitos casais alugam uniformes e passeiam com eles em parques temáticos.
Antes, as agências cuidavam de tudo: fotos pré-casamento, vestido de noiva, maquiagem... Mas hoje em dia, os noivos não querem gastar dezenas de milhões de wons com isso. Eles preferem organizar tudo sozinhos — roupas, buquê, acessórios. Isso virou tendência e tem até nome: “casamentos DIY” (faça você mesmo).
“Nas doramas, mostram um tipo ideal de homem que agrada às mulheres”, explica Sandra. E desde pequenos, os garotos são ensinados a tratar as meninas com cuidado, como se fossem flores. Por exemplo: se a garota vai a um encontro de saia curta e sente frio, o menino tira a camisa e amarra na cintura dela.
Quando estão apaixonados, eles são realmente muito românticos. Mandam mensagens com frequência, perguntam como foi o dia da garota — e se interessam de verdade pelas respostas, participando da conversa.
Mas esse “encantamento” vai diminuindo depois do casamento. “Começa a rotina do dia a dia, mas isso acontece em qualquer país”, comenta Sandra.
Segundo tradições ainda fortes na sociedade, a vida da mulher muda drasticamente após o casamento. Além de cuidar da casa e dos filhos, ela também precisa cuidar dos sogros. E o curioso: ninguém espera que o genro tenha o mesmo cuidado com os pais da esposa.
É comum que o filho mais velho ou único tenha a responsabilidade de sustentar os pais. Por isso, a esposa dele precisa assumir esse papel de cuidadora. Por esse motivo, muitas coreanas preferem se casar com homens que sejam filhos mais novos.
Se você acha que as cenas dos doramas são exageradas, espere até ver como a vida real na Coreia do Sul pode ser ainda mais surpreendente! Descubra 14 curiosidades incríveis que parecem saídas de um roteiro dramático, mas fazem parte do dia a dia coreano.