Se você vir essas nuvens sobre sua cabeça, há um problema chegando

Ah... Você está na grama, olhando para o céu azul, apreciando os pássaros cantando e pegando um solzinho quente. Você observa as nuvens de diferentes formas subindo lentamente, bem alto pelo ar. De repente, ouve um forte estrondo vindo de longe. Ao se levantar, vê uma gigantesca nuvem espessa. Mas não é o tamanho que te assusta, é a forma. A nuvem parece uma caveira. Não se preocupe, isso não significa que algo de ruim vai acontecer. De qualquer forma, nem é uma nuvem. Há alguns anos, um crânio se formou a partir de uma fumaça espessa sobre o Monte Vesúvio, na Itália.

Esse é o mesmo vulcão que apagou a antiga cidade de Pompeia da face da Terra. Claro, naquela época muitas pessoas tinham medo de que o vulcão entrasse em erupção de novo. Felizmente, ele ainda está em sono profundo. Foi apenas um incêndio florestal nos arredores que causou aquela famosa nuvem de caveira. Mas os moradores não tinham tanta certeza disso. Alguns pensaram que o fogo... e o crânio foram feitos de propósito! Não seria a primeira vez... Centralia, Pensilvânia. População... bem, basta olhar ao redor! Parece um pouco assustador: árvores nuas, sem animais, nada de pessoas. Todos os prédios estão vazios. As estradas? Todas rachadas e cobertas de cascalho. Nada de carros obviamente. Há uma fumaça espessa em todos os lugares. Essa cidade está queimando há mais de cinquenta anos.

Centralia costumava ser uma cidade de mineração. Uma de suas minas de carvão foi abandonada e os moradores a usaram como depósito de lixo. Então, de acordo com a maioria das pessoas, a cidade decidiu se livrar do lixo desta maneira: queimando-o. O plano foi um grande fracasso. Vamos ver o que pode ter dado errado aqui. O fogo do lixo penetrou as profundezas dos túneis da mina, começou a queimar o carvão que ainda está lá embaixo e continua a fazer isso sem parar desde então. O nível de dióxido de carbono disparou e, por segurança, eles tiveram que fechar as outras minas próximas. Ninguém conseguiu parar o fogo, e as chamas subterrâneas se espalharam sob a cidade. As estradas começaram a esquentar, o solo ficou ácido e as ruas lentamente se encheram de fumaça e poluição. Em 2017 havia apenas 5 pessoas morando lá!

Bem-vindo ao Lago Abraham, no Canadá. Ele é completamente congelado. Você pisa no gelo transparente e olha para o que tem lá embaixo. Nenhum peixe, apenas algumas misteriosas bolhas congeladas. Elas parecem pequenas nuvens congeladas no gelo, ou águas-vivas que se esqueceram de levar uma jaqueta de inverno. Existem milhares dessas pequenas bolhas, feitas de metano. Mas não tente cavar um buraco no gelo para tocá-las. O metano é altamente inflamável! As bolhas são formadas por bactérias produtoras de metano; elas comem folhas, grama, insetos ou qualquer outro material orgânico que entra no lago. Quando o metano toca a água congelada, ele se transforma em dezenas de milhares de bolinhas congeladas. Quando o gelo derrete, elas se abrem e chiam.

Lagos semelhantes podem ser encontrados perto de algumas margens do Oceano Ártico. Lá, o tamanho das bolhas pode atingir várias vezes o tamanho de balões de ar quente! Bonito, com certeza, mas não exatamente seguro.
O próximo lago chocante fica na Indonésia: a Ilha de Java. Você chega a um majestoso vulcão, coberto de grama e árvores. O vulcão parece estar adormecido, mas há fumaça saindo dele. Você sobe até o cume. Exausto, cansado, suado... está pronto para se refrescar. Muito bem, você chegou ao topo. Ao olhar para a boca do vulcão, hmm. Nada de lava fervente. Apenas um lindo e brilhante lago turquesa lá embaixo. Parece um oásis. O momento perfeito para um mergulho refrescante. Você corre e se prepara para pular. Mas isso não é água, é ácido! Gases sulfurosos entram no lago por baixo do vulcão.

O próprio lago é cheio de metais. Quando os gases entram em contato com eles, formam aquela bela água turquesa... quero dizer, ácida. Melhor voltar para o vilarejo mais próximo, descansar e voltar à noite, quando estiver mais fresco. No escuro, o lago parece brilhar. Bem acima dele, você vê pequenas nuvens explosivas cheias de luz. Os gases sulfurosos sobem do lago, combinam-se com o ar e reluzem em um azul brilhante. Não se aproxime muito. Eles estão no céu, no subsolo, nos vulcões e lagos... Hmm. Hora de partir para o mar. Você embarca em um iate e sai velejando. Não importa onde, este próximo evento acontece em todo o mundo. O mar está cristalino e calmo, não há vento em suas velas. Tudo muito tranquilo... mas...espere... o que é isso? Você ouve um barulho superalto. Dois segundos depois, uma onda enorme, bem mais alta que seu mastro, surge do mar calmo e atinge seu iate.

A embarcação consegue ficar em pé e a enorme onda desaparece. Você acabou de sobreviver ao ataque de uma onda do tipo vagalhão. Alguns cientistas acreditam que isso acontece quando a corrente marítima da superfície se choca com um forte vento contrário. Outros dizem que isso acontece quando correntes quentes e frias se chocam. Outra teoria popular aposta na interferência de ondas: pequenas ondas se unem para formar uma monstruosa! Sob certas condições, as ondas ganham uma espécie de superforça. Uma onda suga a energia de todas as outras da área. Quando está cheia, a onda cospe tudo. Talvez por isso ela seja tão forte, mas dura apenas um instante.

E que tal nuvens... assustadoras? Bem, elas podem ser, se forem enormes nuvens de tempestade, com paredes de cinza e uma escuridão bloqueando o sol, a lua e as estrelas! Primeiro você está relaxando no seu quintal, então vê nuvens de trovoada. Há tempestades, granizo, inundações e até tornados! Elas são fáceis de detectar graças à sua aparência incrível: grossas, pesadas e escuras, podendo até brilhar por dentro, por causa de um raio. Essa é uma nuvem de aparência assustadora, mas, antes de você fugir, vamos ver como ela se forma. As nuvens são como montanhas-russas. Imagine que você é uma pequena gota de água, dando uma volta com seus amigos no oceano, esperando na fila para a nova atração que acabou de abrir! Está na hora. Você afivela os cintos. Nada acontece. Então você sente. A montanha-russa começa a subir, subir, subir... você consegue ver todos os seus amigos-gotículas lá embaixo... eles estão tão pequenos! Você continua subindo, apenas esperando a grande... whoosh! Mas nada acontece.

Então você chega tão alto, que alcança as nuvens! Não é tão assustador aqui, e há muitos amigos seus na área! Legal! Começa a esfriar. Você olha em volta: está acontecendo com todo mundo: você está se transformando em um lindo cristal de gelo, bem lindo e brilhante. A nuvem está se enchendo, ficando meio apertada com todas aquelas outras gotículas de água... Ainda assim, que rolê tranquilo e agrad... AAAAAGH! O passeio se reinicia e você começa a cair em queda livre! Lentamente, e depois cada vez mais rápido, milhares dos seus companheiros caem de volta à terra, alguns segurando firme no corrimão, alguns rindo e agitando as mãos no ar! Uhuuuu! E splash!!

Apavorante! Ainda assim, gosto mais do rolê do relâmpago. É aquele em que eles te prendem, você sobe e depois brinca de carrinho bate-bate nas nuvens. Quanto mais vezes você esbarrar em outra gota de água, mais raios produz! Nem todos os raios acontecem dentro das nuvens. Há um fenômeno raro chamado tempestade suja. O relâmpago acontece acima de um vulcão, e o mais famoso é no Japão. Ele entra em erupção quase todos os dias e cospe nuvens negras no ar. São nuvens vulcânicas superassustadoras... além de relâmpagos. Uhuuu! Relâmpagos regulares acontecem durante uma tempestade, quando os cristais de gelo se chocam entre eles. Em uma tempestade suja, pedaços de cinzas vulcânicas colidem, criam atrito e iluminam o céu!

Ok, melhor terminar a jornada com algo seguro e bonito. Chega de montanhas-russas de nuvens, por favor!
Você está no Deserto do Atacama, no norte do Chile, um dos lugares mais secos da Terra. Mas esse deserto tem um belo segredo. A cada 3 a 5 anos... surgem flores do nada. É um fenômeno tão famoso, que também é chamado de “deserto florido”. As sementes estão espalhadas pelo chão, apenas esperando um pouco de chuva. Quando o deserto recebe água suficiente, cerca de 200 tipos de flores brotam. As areias amarelas do Atacama ficam roxas, brancas, verdes e rosadas!