Se o oceano estiver vermelho, não entre!

A anomalia do Mar Báltico. Em 2011, uma equipe de mergulho desceu ao fundo da parte norte do mar Báltico em uma caça ao tesouro. Mas o que encontraram foi um objeto muito estranho. Quando tiraram fotos e as mostraram a outros, muitos acreditavam que era uma nave espacial afundada de outra civilização. Outras pessoas disseram que o objeto havia sido formado por causas naturais. Mas os metais dentro da estrutura não poderiam ter se juntado naturalmente. Agora, alguns cientistas até creem que foi algo que surgiu na Idade do Gelo. Talvez tenha sido até um meteorito que acabou preso sob o gelo naquela época.

Um maelstrom é um redemoinho, uma espécie de corrente rotacional poderosa que se forma quando duas correntes colidem e criam um vórtice circular. Mesmo os destemidos Vikings tinham medo de maelstroms, porque eram tão poderosos que podiam afundar grandes navios. Esses redemoinhos são perigosos até hoje. Mas, felizmente, não para as embarcações modernas que são grandes o suficiente para suportar a força deles. Mas um navio de cruzeiro que entra em um maelstrom geralmente enfrenta ondas enormes que podem balançá-lo de um lado para o outro de maneira muito intensa.

Um maelstrom pode ser tão forte que é capaz de se transformar em algo como um buraco negro subaquático. Sim, buracos negros não existem apenas na extensão fria do espaço, mas também aqui em nosso planeta, girando nos oceanos. Eles são semelhantes aos do espaço, já que são compactados com tanta força que nada que entra neles pode escapar. Os buracos negros subaquáticos geralmente se estendem até 150 km de diâmetro. E se você entrasse em um desses, provavelmente nem saberia, porque agem como vórtices. Mas devido ao seu tamanho, até mesmo os profissionais dificilmente podem ver seus limites.

Agora algo mais relaxante. Da próxima vez que você for à praia, preste atenção e talvez veja um fenômeno óptico chamado raio verde. Você pode observar isso logo após o pôr do sol ou logo antes do nascer dele. Ocorre quando ele está quase completamente abaixo do horizonte, enquanto sua borda — a superior — ainda está visível. Por apenas um segundo ou dois, essa borda terá uma coloração esverdeada. É porque você está olhando para o sol através de partes mais grossas da atmosfera enquanto ele se move pelo céu. À medida que está mergulhando abaixo do horizonte, a luz refrata — ou se dobra — na atmosfera e se dispersa. Espere por um dia claro sem nuvens ou neblina no horizonte para ver esse fenômeno com mais clareza.

Você estava ansioso para nadar quando percebe que a água no oceano está com uma cor avermelhada. Melhor evitar entrar. A Flórida é conhecida por suas marés vermelhas. Ocorre quando a concentração de algas microscópicas específicas é maior do que o normal. Milhares de espécies em águas marinhas e frescas são praticamente inofensivas para animais e humanos. Elas até nos ajudam, já que são uma importante fonte de oxigênio. Mas algumas, como as que tornam o oceano vermelho, podem ser extremamente perigosas para animais marinhos, como tartarugas, peixes e aves.

Esse tipo pode crescer descontroladamente e produzir neurotoxinas prejudiciais aos seres humanos — especialmente aqueles com problemas respiratórios. Essas pessoas devem evitar áreas de maré vermelha, especialmente quando os ventos são fortes o suficiente para empurrar as algas em direção à costa.

Os vulcões podem expelir gás venenoso, cinzas e lava incandescente — esses são os perigos mais óbvios que a maioria de nós já conhece. Mas os vulcões submarinos podem ser muito complicados à sua maneira. Às vezes, quando localizados em águas rasas, revelam sua presença jogando detritos de rocha e vapor bem acima da superfície. Como esses vulcões são cercados por um suprimento ilimitado de água, podem se comportar de forma diferente daqueles em terra. Quando entram em erupção, a água do mar penetra em aberturas submarinhas ativas.

A lava pode se espalhar por um fundo marinho raso ou às vezes até fluir para o mar a partir de vulcões terrestres. Quando na água, pode esfriar tão rapidamente que se transforma em pedaços de pedra e areia. Então, há grandes quantidades de detritos vulcânicos. Você conhece aquelas praias populares de areia preta no Havaí? Foi assim que elas se formaram. Lava quente e erupções poderosas certamente não oferecem segurança. Mas vulcões submarinos em águas mais profundas são igualmente perigosos — mesmo que não estejam necessariamente em erupção. Eles produzem muitas bolhas, que reduzem a densidade das águas ao seu redor, podendo até mesmo afundar navios. O pior é que, quando você olha para a superfície, não consegue perceber que algo está errado. Mas, ao mesmo tempo, pequenas bolhas estão lá, fazendo com que os navios percam a flutuabilidade — e com muito pouco alarde.

Um mar cruzado é um fenômeno raro, bonito de se observar, mas também muito perigoso. É quando você vê ondas quadradas, que são mais comuns em partes rasas do oceano. Isso ocorre com frequência na França ou em certas praias de Tel Aviv. Mas também pode ser visto em muitas áreas costeiras em todo o mundo. Um mar cruzado ocorre quando dois padrões de ondas viajam em ângulos oblíquos. Elas formam esse padrão de tabuleiro de xadrez, o que se dá principalmente quando dois swells se encontram ou quando um empurra ondas em uma direção, enquanto um vento forte as empurra para outra. Essas ondas quadradas podem ser perigosas para nadadores e embarcações. As que são produzidas por fortes correntes oceânicas se tornam bastante imprevisíveis e altas — chegando a alcançar quase 3 m. Esse fenômeno às vezes é chamado de ’paredes brancas’. Essas ondas podem ser tão poderosas que conseguem virar até mesmo embarcações grandes.

Se você encher um copo transparente com um pouco de água do oceano e olhar mais de perto, verá que ele está cheio de partículas muito pequenas. A água do mar contém sais dissolvidos, gorduras, algas, proteínas, detergentes e outros pedaços de matéria artificial e orgânica. Se você agitar esse copo, verá pequenas bolhas se formando em sua superfície. É assim que a espuma marinha se forma quando ondas e ventos agitam o oceano. Assim, a espuma espessa que vemos no mar pode ter sido causada pelas florações de algas. Quando grandes florações de algas se separam no mar, muito dessa matéria se move em direção à terra seca. A maioria dos tipos de espuma marinha não é perigosa para os seres humanos. Mas se as florações de algas se separam, isso é capaz de causar um impacto negativo tanto no meio ambiente quanto nas pessoas. Por exemplo, quando as bolhas de espuma do mar estouram, as toxinas que elas contêm são liberadas no ar. E podem irritar os olhos ou causar alguns outros problemas de saúde.

Você pode ver um macaréu nas áreas onde um rio desemboca em um mar ou um oceano. É uma maré poderosa que vai contra a corrente e sobe o rio. Um macaréu causa uma mudança repentina de profundidade. É um aumento positivo, o que significa que aumenta rio, tornando-o muito mais profundo. Uma mudança negativa é quando o rio de repente se torna muito raso. Não há macaréus em todos os lugares. O rio deve ser bastante raso, com uma saída estreita para o mar. O lugar onde eles se encontram deve ser plano e largo. Além disso, a área entre a maré baixa e alta deve ter pelo menos 6 m de diâmetro.

Claro, existem algumas exceções, como o rio Amazonas — o maior do mundo. Por lá os macaréus são chamados de pororoca. A foz do Amazonas não é estreita, mas acontecem macaréus. Isso porque sua boca é rasa e tem muitos bancos de areia e ilhas baixas. O macaréu é tão forte lá que o rio nem tem um delta. Seu sedimento vai diretamente para o Oceano Atlântico, onde correntes rápidas o levam embora. Um macaréu é muitas vezes imprevisível e pode ser extremamente forte — em muitos casos, muda a cor do rio de esverdeado ou azul para marrom. Pode danificar a vegetação ou até mesmo arrancar árvores do chão. Portanto, esportes recreativos como caiaque e surfe podem ser perigosos nessas áreas. Mesmo que você só queira conferir um macaréu, tenha cuidado. As ondas são capazes de varrer os pontos de vigia e arrastar qualquer coisa ou quem quer que esteja por lá.