8 Preciosidades que permanecem no fundo do mar com os destroços do Titanic

Curiosidades
há 1 ano

Há mais de 105 anos, o transatlântico mais famoso da História começava sua primeira e última travessia. A bordo estavam industriais, atores famosos e representantes da aristocracia britânica e americana e magnatas da época, caso do bilionário americano John Jacob Astor, cuja fortuna equivalia mais de 2 bilhões de dólares em valores de hoje e que morreu no naufrágio por ter cedido seu lugar no bote salva vidas a uma família. Essas pessoas acabaram fazendo com que milhões de dólares em joias, artigos de luxo e obras de arte naufragassem junto com o navio, indo parar a 3,8 mil metros de profundidade. Mas... quais os tesouros que repousam no fundo do Atlântico e por que, afinal, ninguém, até agora, conseguiu retirá-los de lá?

1. Milhares de dólares

Em 10 de abril de 1912, o navio Titanic partiu de Southampton, no Reino Unido, para Nova York, com 1317 passageiros e 908 membros da tripulação a bordo. De acordo com vários dados, eles levavam consigo joias em um valor total entre meio milhão e um bilhão de dólares em valores atuais.

2. Toneladas de valiosas mercadorias

O navio foi utilizado para o envio de 60 mil encomendas postais e umas quantas toneladas de diversos artigos para vender nos Estados Unidos, avaliadas em mais de 10 milhões de dólares em valores atuais. Nas adegas encontravam-se peles, vinhos, champanhes, produtos alimentícios, livros, instrumentos médicos e até mesmo 2 barris de mercúrio. Lembre-se de que, naquela época as encomendas eram transportadas todas por navio, já que não havia voos entre a Europa e os EUA — o primeiro voo foi em 1939.

3. Diamantes

Como sabemos, através dos documentos existentes, também era transportada uma coleção de diamantes cujo valor era superior aos 300 milhões de dólares.

4. Um misterioso manuscrito

Um dos objetos mais valiosos que estava a bordo do navio condenado ao naufrágio era um manuscrito acadêmico persa do filósofo Omar Khayyam do século XI. O manuscrito esmaltado era enfeitado com milhares de pedras preciosas.

5. Obras de arte

Após o naufrágio, os sobreviventes e seus parentes passaram a reclamar o ressarcimento de seus pertences, o que acabou gerando brigas na Justiça. A perda mais valiosa foi um quadro do pintor francês Merry-Joseph Blondel, La Circassienne au bain. Seu dono o avaliou em 100 mil dólares dólares, ou cerca de 2,4 milhões de dólares em valores de hoje.

6. “Sangue de dragão”

No inventário de mercadorias do navio, foram mencionados 76 contêineres com “sangue de dragão”. Era assim que chamavam a resina de árvores das Ilhas Canárias. O produto utilizado principalmente para fins médicos e as cotações eram bastante elevadas.

7. Um múmia debaixo da cabine de comando

Acredita-se que, debaixo da cabine de comando, em uma caixa de madeira, guardava-se uma múmia egípcia de um profeta dos tempos de Amenofis IV.

Dentro dela também havia um amuleto com a imagem do rei Osíris. Nela, havia um escrito que significava mais ou menos o seguinte: “Renasce do esquecimento, e com apenas um olhar conquista todos aqueles que se interpõem em seu caminho”.

Os mais supersticiosos acreditam que essa múmia foi a responsável pela maldição do navio, que acabou afundando. Muitos, no entanto, garantem que a história da múmia a bordo é pura lenda.

8. Um carro de luxo

Outra carga valiosa que era transportada no navio eram um Renault Type CB Coupe de Ville. O dono do carro conseguiu se salvar na tragédia. Depois de seu retorno aos Estados Unidos, ele exigiu da White Star Line, proprietária do navio, uma compensação pela perda do automóvel. A indenização pedida era de 5 mil dólares. Mas além dela, o ex-proprieário pediu outra, de 300 dólares, por seus 2 cães que morreram afogados.

Detalhe: para o filme Titanic (1997), a equipe do diretor James Cameron criou uma réplica quase perfeita do veículo a partir de documentos que mostravam como era esse automóvel.

Por que o Titanic ainda não foi içado se já se sabe onde está?

Familiares de passageiros milionários que morreram na catástrofe comentaram sobre a possibilidade de içamento do lendário navio. Claro que, em 1912, as possibilidades técnicas não existiam devido à enorme profundidade em que se encontram os destroços: cerca de 3.750 metros!

No fim dos anos 50, voltou à tona a ambiciosa ideia de resgate dos restos do Titanic. Foram apresentadas as mais surpreendentes propostas. Uma das ideias, apresentadas em 1966, era a de cobrir o corpo do navio com um determinado tipo plástico com água e deixar passar, através dele, corrente elétrica. Desse modo, os gases produzidos pela eletrólise, segundo alguns cientistas, levantariam a embarcação.

Também foi proposto congelar o corpo do navio em seu interior, para que flutuasse para a superfície, de forma similar a um cubo de gelo. Uma das ideias mais inusitadas foi a de cobrir o gigante com bolas de ping-pong ou com centenas de toneladas de cera líquida. Porém, como se sabe, até hoje nada disso foi feito.

Quanto aos tesouros do Titanic, embora se saiba a localização do barco desde 1985, até hoje nada foi encontrado. Nesse interim, várias sondas já submergiram até o local do naufrágio e registraram o gigante submerso.

D 1987 até 2012, a empresa americana RMS Titanic foi detentora dos direitos exclusivos para a realização de pesquisas e a recuperação de fragmentos do navio no fundo do oceano. Ao todo, foram realizadas 6 expedições a custo total de 11 milhões de dólares, em que foi possível resgatar mais de 6 mil objetos. A soma total dos achados foi de 110 milhões de dólares. Eram objetos pessoais dos passageiros, elementos de luxo do interior e detalhes do casco. Isso, claro, representa um lucro fabuloso de 900% sobre os já mencionados 11 milhões investidos na exploração. Mas o fato é que não foi encontrada nenhuma joia ou tesouro lendário.

O Titanic, junto com seus tesouros místicos, aparentemente está destinado a descansar no fundo do mar por um longo tempo. A água salgada do Atlântico, por um século inteiro danificou consideravelmente o metal, tanto que, qualquer tentativa de recuperá-lo com a ajuda da mais moderna tecnologia poderia praticamente causar a desintegração do famoso navio.

Há poucos anos, a UNESCO, organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura, passou a ser responsável por esse valioso patrimônio. Agora, o Titanic é considerado parte da cultura patrimonial subaquática, e, por isso, trazê-lo à superfície não é mais possível juridicamente.

No entanto, os pesquisadores estão certos de que, depois de várias décadas do naufrágio, não restará absolutamente nada. Os micro-organismos submarinos e a água do mar provavelmente destruirão os restos da embarcação até sua última partícula.

É possível que você já tenha se feito esta pergunta: “Se há tantas coisas com valor inestimável no fundo do mar com o Titanic, por que ele não pode ser retirado do fundo do mar?” Acontece que o processo para isso, como indicado acima, poderia ser muito mais complexo do que imaginamos. É por isso que nos detemos sobre o assunto, com muitos mais detalhes, em outro artigo. Veja só!

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