Rejeitei meu pai após anos de abandono, mesmo com minha mãe pedindo reconciliação

Crianças
2 horas atrás

Depois de anos ausente, o pai biológico de Jenna reapareceu com uma mensagem que abalou tudo o que ela acreditava ser verdade. A mãe insiste para que ela lhe dê uma chance, mas, após crescer sem ele e ouvir que ele não se importava, será que ela consegue?

Olá, Incrível,

Meu nome é Jenna. Meu pai foi embora quando eu nasci, e minha mãe me criou sozinha. Anos depois, ele apareceu de repente e me mandou uma mensagem: “Sempre te amei. Tem algo que você precisa saber”.

Eu o ignorei. Mas, para minha surpresa, minha mãe implorou para que eu o aceitasse: “Não foi culpa dele, foi a minha família que o afastou de nossas vidas. Eu era jovem e estava assustada, e deixei que isso acontecesse”.

Acontece que a família da minha mãe achava que meu pai não era bom o suficiente para ela. Ela me contou que ele tinha ansiedade e outros problemas de saúde, e que nem conseguia manter um emprego fixo. As coisas ficaram muito difíceis, e a família dela concordou em ajudar, mas apenas se ela prometesse cortar relações com ele.

Eles acreditaram que isso seria o melhor para o meu futuro. Agora, estão cheios de arrependimento. Meu pai viveu no exterior por muitos anos, e agora voltou na esperança de que pudéssemos nos reconectar.

Eu entendo. De verdade. Mas cresci sem pai. Fui constantemente enganada sobre ele e ouvi coisas que me fizeram acreditar que ele era apenas um cara que não se importava.

Agora, esperam que eu simplesmente o aceite só porque ninguém é mais contra isso? Mas e os meus sentimentos? E todos os anos que passei sem ele?

Parece que esperam que eu esqueça tudo e abra meu coração para alguém que nunca esteve presente. Tenho medo de deixá-lo entrar na minha vida e, para ser honesta, nem sei por onde começar. Não sei como confiar nele ou como criar uma conexão depois de tantos anos. Sinto como se fosse injusto.

O que eu devo fazer?

Querida Jenna,

Obrigado por entrar em contato. Aqui estão algumas reflexões sobre como lidar com essa situação:

  • Analise suas expectativas antes de conversar com ele
    Antes de conversar com seu pai, é importante ter clareza sobre o que você espera dessa interação. O que você precisa ouvir para começar a confiar nele? É um pedido de desculpas? Uma explicação sobre por que ele foi embora?
    Estabelecer expectativas claras vai te ajudar a controlar a situação, em vez de deixar que ela se desenrole de acordo com às intenções dele. Por exemplo, você pode pedir que ele explique o que quis dizer com “tem algo que você precisa saber” e se ele reconhece a dor que a ausência dele lhe causou.

    Tenha uma primeira interação controlada
    Se estiver aberta a ouvi-lo, considere que a primeira conversa seja leve e controlada. Você pode querer manter o diálogo breve e focar em obter informações, em vez de mergulhar nas emoções logo de início. Uma pergunta simples como “Por que você foi embora?” ou “O que mudou na sua vida para querer se reconectar?” pode ajudar a entender melhor as intenções dele.
  • Peça detalhes à sua mãe
    Como a família da sua mãe esteve envolvida em afastar seu pai, pode ser útil ter uma conversa mais profunda com ela sobre o que realmente aconteceu. Pergunte qual foi o papel dela na decisão e se ela está verdadeiramente arrependida ou apenas tentando amenizar as coisas. Talvez ela tenha medo de ficar sozinha quando você começar a construir sua própria vida.
    Entender a perspectiva dela pode ajudar a decidir se você quer abrir espaço para uma relação com seu pai e o que isso significaria para o seu vínculo com ela.
  • Reavalie após cada conversa
    Depois de qualquer conversa com seu pai, dê a si mesma um tempo para refletir. Não se sinta pressionada a tomar decisões imediatas sobre essa relação. Avalie seu conforto emocional a cada interação.
    Por exemplo, após a primeira conversa, espere alguns dias e se pergunte: ele assumiu responsabilidade? Eu me senti ouvida e validada? Isso muda o que sinto por ele?
  • Considere estabelecer limites para o envolvimento
    Se você não estiver pronta para um envolvimento emocional completo, considere manter a relação limitada a áreas específicas que não exijam tanto comprometimento emocional. Por exemplo, vocês podem combinar de se falar ocasionalmente por mensagens ou chamadas curtas antes de marcar um encontro pessoalmente, ou até investir mais tempo nisso. Estabelecer esses limites desde o início permitirá que você avalie quanta energia emocional deseja dedicar a essa situação sem se sobrecarregar.

Lembre-se de que reconstruir a confiança leva tempo e pode haver retrocessos. Não se desanime se sentir bloqueios emocionais ou se as respostas dele não atenderem imediatamente às suas expectativas. Processar anos de abandono pode levar tempo — e tudo bem. Seja gentil consigo mesma se ainda não estiver pronta para deixá-lo entrar, ou até mesmo se decidir que não quer.

Com carinho,
Incrível

Criar um filho sozinho pode ser desafiador, mas também é uma oportunidade para viver momentos únicos e criar laços inquebráveis. Aqui você confere as histórias cheias de amor e coragem de 17 pais e mães solo que mostram como transformaram as dificuldades em aventuras inesquecíveis ao lado de seus pequenos.

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