17 Histórias reais que te deixarão com os pelos arrepiados mais do que qualquer filme de terror
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Algumas pessoas nascem com a sorte grande, já outras superam facilmente os obstáculos da vida com a ajuda e o apoio de seus entes queridos. Mas algumas jornadas para o sucesso começam com total solidão, luta e até rejeição. Nossa heroína em destaque é um exemplo vívido de como alguém pode superar a dor profunda e a perda em sua vida e, em vez de se despedaçar e desistir, pode subir a escada para o estrelato.
Anjali Lama passou seus primeiros anos na pequena cidade de Nuwakot, no Nepal. Naquela época, era Nabin Waiba, um garotinho que acabava de questionar seu gênero. E foi aí que todas as lutas começaram.
Em uma entrevista, Lama revelou: “Meu comportamento sempre foi questionado sob as regras dos estereótipos de gênero. Eu era extremamente próxima da minha mãe e sempre fazia amizade com as meninas na escola. Recebia muitas críticas por isso, enquanto me sentia muito confusa com tudo.”
Lama descobriu a rejeição quando decidiu arrumar um emprego. Ela se mudou para Kathmandu para fazer faculdade aos 18 anos e, para pagar seus estudos, começou a trabalhar como garçonete em um hotel. Mas decidiram demiti-la impiedosamente, explicando que seu “comportamento feminino” fazia com que os hóspedes se sentissem desconfortáveis. Lama relembrou: “A parte mais chocante foi ver a mesma atitude na cidade do Nepal, apesar de haver maior consciência lá”.
Então decidiu se juntar à comunidade trans, conhecida como Blue Diamond Society. Só lá ela encontrou algumas respostas e teve coragem de se aceitar. Ela começou a acreditar que o amor incondicional a esperava do outro lado.
“Esse foi o ponto de virada e o pensamento de me aproximar da minha verdade e do meu verdadeiro eu me deu coragem para me assumir”, diz ela.
Desde o início, Lama sabia que enfrentaria críticas e a perplexidade de seus pares. Eles não conseguiam entender por que queria mudar de gênero. Mas quando finalmente tomou a decisão de fazer a transição, não teve o menor apoio da sua própria família. Seus pais e irmãos não concordaram com a mudança e optaram por apenas deserdá-la.
Mas a mulher forte manteve o queixo erguido, explicando: “É incrível viver como o seu eu verdadeiro. Sou uma pessoa com forte determinação, nunca desisto e tenho capacidade de escolher sabiamente as pessoas que podem me encorajar a prosperar.”
Começar uma nova vida deu a Lama a chance de se reinventar. Fez uma sessão de fotos para a capa de uma revista nepalesa, Voice of Women. Essa experiência a fez acreditar que a modelagem era sua verdadeira vocação. Mas os tomadores de decisão da esfera da modelagem inicialmente não tinham certeza sobre sua elegibilidade como modelo assim como ser humano.
Lama disse: “Os transgêneros são tratados de maneira um pouco injusta em todos os lugares — seja em empregos ou acomodações, nada é fácil para nós. Tive de ouvir palavras duras de algumas mentes clichês.”
Ela passou por duas rejeições esmagadoras e só então soube das audições para modelo para a Lakme Fashion Week em seu Instagram. Resolveu participar, enviou e-mail e recebeu sim como resposta.
Agora Anjali Lama tem uma próspera carreira de modelo e seu nome é bastante conhecido. Ela também apareceu no documentário Anjali: Living In Someone Else’s Skin (Anjali: Vivendo na pele de outra pessoa). Ela também se tornou parte da campanha da Calvin Klein, mas conserva sentimentos amargos por sua família.
“Certamente senti falta da minha família e dos meus amigos. Se estivessem aqui, a diversão e a emoção teriam quadruplicado. Às vezes é assustador ficar sozinha, mas me sinto feliz com o sucesso que obtive. Sempre me mantenho ocupada para manter a paz comigo mesma”, disse.
Qual é a sua impressão após ler a história de Anjali Lama? Quem para você é um exemplo de vida e de superação?