Psicóloga dá dicas de como lidar com seus filhos da melhor forma
As crianças pequenas são muito apegadas aos seus pais e querem passar o máximo de tempo com eles, o que é totalmente natural, pois ainda estão desenvolvendo sua segurança no mundo e em sociedade. Diversos estudos revelam que os pequenos, tanto nas creches como nas escolas, experimentam um alto nível de estresse por ficarem longe de seus pais ou responsáveis, o que traz efeitos negativos no desenvolvimento cerebral. Mas esses efeitos podem ser reduzidos se você souber como agir. É desse assunto que nossa matéria trata.
A psicóloga clínica Deborah MacNamara, em seu livro Rest, Play, Grow: Making Sense of Preschoolers (Or Anyone Who Acts Like One), explica a importância que tem para a criança a afetividade que nutre por seus pais e outros seres queridos. Isso é extremamente importante para o desenvolvimento do pequeno na escola, família e entre amigos.
O Incrível.club compartilhar com você 3 regras simples da especialista que ajudarão em sua relação com seus filhos.
1. Capte a atenção da criança
Captar a atenção: assim é chamado um dos passos que utiliza a psicóloga Deborah. Com a ajuda dessa estratégia, você pode satisfazer todas as necessidades de uma criança de ter uma relação calorosa com as pessoas que o rodeiam. Para isso, deve entrar no espaço pessoal de seu pequeno e mostrar simpatia, estabelecendo contato visual, consentindo (balançando a cabeça) e abraçando-o. Sua comunicação deve provocar-lhe alegria e um sorriso.
Por exemplo, você pode aproximar-se, unir-se à sua brincadeira ou perguntar como foi seu dia. Isso o ajudará a estabelecer uma relação mais estreita e calorosa.
2. Construa um círculo social
Os pais não podem passar 100% do seu tempo com os filhos. Mas apresentações ajudam a construir um círculo de pessoas que auxiliam os pais na tarefa de educar, mesmo que não passando o tempo todo ao lado dos pequenos. O mais importante, nesses casos, é saber construir uma relação segura entre criança e a pessoa em que ela confiará.
As crianças têm instintos naturais de timidez, que as fazem resistentes aos contatos e as relações próximas. Por isso, o melhor é inseri-las, aos poucos, na sociedade, sempre com apresentações positivas e amistosas. Desse modo, será ativado nelas seus desejos de confraternizar.
Algumas dicas simples:
- Seja líder, tome a iniciativa.
São os pais quem devem apresentar seus filhos às pessoas com quem você querem que estabeleçam relação. Isso ajuda a criança a compreender que mamãe e papai aprovam tais relações.
- Busque características similares.
Os pequenos sentem melhor sua conexão com outras pessoas encontrando coisas em comum. Para isso, o pai ou a mãe devem fazer com que seu filho se baseie nas semelhanças com a pessoa em questão (seja um professor de música ou dança, por exemplo), enfatizando essas semelhanças. Pode ser a aparência, interesses semelhantes, passatempos, experiências e sentimentos.
- Mantenha a sensação de confiança e relação entre adultos da família.
As crianças também tendem a adotar a atitude dos adultos para com outros familiares. Quando elas veem que os pais estão genuinamente contentes na comunicação com outras pessoas da família, é muito provável que experimentem sentimentos de igual confiança.
- Deixe clara a hierarquia de importâncias nas relações.
Não importa quão amplo seja o círculo social do pequeno, os pais devem sempre manter seus papeis de líderes. Para isso, é necessário explicar a ele com quem que deve se comunicar quando precisar de ajuda e amparo no que quer que seja. Pode ser o pai, a avó ou outro responsável, por exemplo.
- Crie costumes e rituais que fortaleçam a relação.
Os costumes e rituais provocam com que o ambiente para a criança seja seguro compreensível, ajudando-a a ter mais confiança em si mesma. Por exemplo, quando você e seu filho se despedem pela manhã e quando se reencontram no fim do dia, realize um mesmo ritual. Essa atitude ajudará a fortalecer a atitude do pequeno com as circunstâncias boas e ruins da vida. Pode ser uma saudação inusitada, um abraço, um beijo ou uma breve conversa sobre os planos de fim de semana.
3. Faça com que as pequenas separações não sejam dolorosas
Para as crianças menores de 6 anos, é particularmente complicado suportar a separação durante o dia. Para elas, isso é um verdadeiro pesadelo. Se o pai ou a mãe se separa do filho por um tempo, pode-se confiar em uma pessoa próxima, o seu substituto, na intenção de disfarças (no bom sentido) essa distância. As fotos, mensagens e comunicações via WhatsApp ou Skype, brincadeiras e tudo aquilo que o pequeno poderá usar para seu conforto podem ajudar na distância
Se você enfatizar os planos conjuntos sobre o posterior reencontro ou uma visita ao zoológico, por exemplo, seu filho encarará mais facilmente a distância durante um ou mais dias.
Você é pai ou mãe? Compartilhe com a gente quais são suas estratégias de educação de seu filho!