Por que você não consegue ver estrelas no Espaço
Quando você olha as fotos tiradas de espaçonaves ou pela Estação Espacial Internacional, mostrando objetos iluminados pelo Sol, como a Terra ou a Lua, só uma coisa parece errada. O espaço parece vazio demais! Não tem aquele cenário mágico do céu noturno cheio de estrelas. Seria incrivelmente chato olhar para o céu no espaço, pois ele é sempre muito escuro.
Durante o dia, o céu em nosso planeta mãe é azul por causa da difusão da luz. Isso acontece quando a luz solar passa pela atmosfera. Mas, se estivéssemos na Lua ou em outro lugar do espaço, não haveria atmosfera para espalhar essa luz por aí. É por isso que o céu por lá seria sempre preto. Mas isso não quer dizer que seria menos brilhante. Se você estivesse olhando pela janela da Estação Espacial, veria tanta luz solar direta quanto se estivesse olhando pela janela do seu apartamento em um dia nublado — talvez até mais.
Quando tiramos uma foto em um dia ensolarado, geralmente configuramos a câmera para uma exposição curta e com uma abertura estreita. Assim, só um pouco de luz entrará nela. Nossas pupilas fazem o mesmo, se contraindo sob a luz solar para não terem que lidar com tanta luz.
E, como é muito brilhante no espaço, o processo é o mesmo quando se tira fotos de objetos iluminados pelo sol. Usando uma curta exposição, você pode obter imagens boas e nítidas da Terra ou da superfície da Lua. Mas isso significa que não aparecerão estrelas na foto. Lá em cima as estrelas são relativamente opacas. Elas não emitem luz suficiente para aparecer em fotos. A boa notícia é que, mesmo lá de cima, admirar as estrelas continua sendo algo superdivertido!
Nosso planeta mãe tem um céu azul que se transforma aos poucos em uma paleta laranja-avermelhada no nascer e pôr do sol. Mas se você algum dia tiver a chance de assistir ao pôr do sol em Marte, verá que o processo é inverso — o céu fica com tons laranjas e marrons durante o dia, e fica azulado quando o sol vai embora. Primeiro, Marte está mais distante do Sol que nosso planeta. Então, quando você estiver olhando para o Sol da superfície marciana — claro -, ele será menor e mais apagado. E não é só isso — o Sol, observado de Marte, é apenas um ponto azul e branco cercado por um halo azul. A fina atmosfera do Planeta Vermelho contém grandes partículas de poeira. Elas criam um efeito chamado de “Dispersão de Mie.” Ele ocorre quando o diâmetro das partículas da atmosfera é quase do mesmo comprimento de onda da luz dispersada. Esse efeito filtra a luz vermelha dos raios solares. Aí, só a luz azul chegaria a seus olhos em Marte.
Por que a Terra não tem anéis? Todos os gigantes gasosos do nosso Sistema Solar — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — têm esses anéis, enquanto os planeta rochosos — Mercúrio, Vênus, Terra e Marte — não têm.
Há duas teorias sobre o provável surgimento desses anéis. Eles podem ser apenas detritos que sobraram da formação do planeta. Ou podem ser resquícios de uma lua que foi destruída por uma colisão com algum corpo celeste ou que tenha sido despedaçada por uma intensa força gravitacional de seu planeta mãe.
Os gigantes gasosos se formaram mais na extremidade do nosso Sistema Solar, enquanto todos os planetas rochosos estão mais perto do meio. Então, talvez os planetas que estão no meio estejam mais protegidos de colisões que poderiam ter formado seus anéis.
Há também mais luas nas extremidades do nosso Sistema Solar, que poderiam ser mais um motivo que explica os anéis dos planetas que estão lá. Outra coisa: planetas maiores têm gravidade mais forte. Isso quer dizer que eles conseguem manter seus anéis estáveis após sua formação.
Alguns especialistas acreditam que a Terra também tinha um sistema de anéis muito tempo atrás. Em tese, um objeto do tamanho de Marte colidiu com nosso planeta, criando um anel denso de detritos ao redor dele. Já outros cientistas acreditam que esses mesmos detritos não formaram um anel, e sim o que conhecemos hoje como a Lua.
É provável que exista um planeta gigante perambulando pelas extremiades do Sistema Solar, pra lá de Netuno. Cientistas chamaram esse misterioso e hipotético mundo de Planeta Nove. Se ele existe mesmo, certamente é parecido com Urano ou Netuno e 10 vezes mais robusto do que o planeta em que habitamos. Ele certamente gira ao redor do Sol, mas nos confins do Sistema Solar, cerca de 20 vezes mais longe que Netuno. Outra teoria interessante diz que o Planeta Nove pode ser um buraco negro do tamanho de uma toranja, que deforma o espaço igual a um planeta grande.
Apesar de um dia termos pensado que a água era uma coisa rara no espaço, ela está presente em todo o nosso Sistema Solar. Por exemplo: ela é encontrada em asteroides e em cometas. Ela também está presente nas crateras da Lua e de Mercúrio. Ainda não sabemos se há água suficiente para sustentar colônias humanas caso decidíssemos nos mudar para lá. Mas há uma quantidade razoável de água nesses lugares.
Marte também tem água, só que em seus polos. Grande parte dela está escondida nas camadas de gelo e provavelmente sob a superfície empoeirada do planeta. Europa, a lua de Júpiter, tem água. Esse é o candidato mais provável que conhecemos até o momento para nos abrigar. Existe provavelmente um oceano inteiro de água líquida sob sua superfície congelada. Na verdade, ele pode conter duas vezes mais água que todos os oceanos da Terra juntos.
Netuno é incrivelmente quente, mesmo sendo 30 vezes mais longe do Sol do que nosso planeta e receber menos luz solar e calor. Mas ele irradia muito mais calor do que recebe. Lá também há muito mais atividade na atmosfera do que o esperado, principalmente em comparação com seu vizinho, Urano. Esses dois planetas emitem a mesma quantidade de calor, embora Urano esteja muito mais próximo do Sol. Ninguém sabe explicar o porquê. Netuno tem ventos extremamente fortes que podem alcançar uma velocidade de até 2.400 km por hora. Será que eles é que produzem esse calor todo? Ou será por causa do núcleo do planeta e de sua força gravitacional?
Existe um buraco negro monstruoso se movimentando pelo espaço a uma velocidade de 8 milhões de km por hora!! Cientistas o localizaram com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble. Eles acreditam que ele pesa o mesmo que um bilhão de Sóis. Ele deveria estar paradinho no meio de sua galáxia de origem. Mas algumas forças gravitacionais estão fazendo-o girar sem parar. Em determinado ponto, esse buraco negro vai se libertar de sua galáxia e continuar vagando pelo Universo. Ainda bem que isso só vai acontecer daqui a uns 8 bilhões de anos.
As tempestades solares são tão poderosas, que poderiam nos deixar na total escuridão. Em julho de 2012, a tempestade solar mais forte em mais de 150 anos passou raspando na Terra. As ejeções de massa coronal (EMCs) são bolhas gigantes de gás ionizado. Elas rasgaram nossa órbita na época. Se tivessem mirado em nosso planeta, teríamos ficado na escuridão. Precisaríamos ter que lidar com a matéria solar que atingiria a Terra, danificando computadores e causando apagões que teriam durado meses a fio.
Uma tempestade solar inesperada nos atingiu em 25 de junho de 2022. Um fotógrafo até conseguiu capturar auroras surreais que incendiaram o céu de Calgary, no Canadá, e que duraram 5 minutos. Elas foram causadas pela tempestade.
Estrelas vampiras existem mesmo! Elas fazem parte de uma estrela binária e podem literalmente sugar a vida de outra estrela do sistema. Elas fazem isso para continuar queimando por mais tempo. Funciona da seguinte forma: uma estrela menor, com menos massa, “rouba” o hidrogênio de sua irmã para aumentar sua própria massa. Essa estrela vampira então se torna mais quente. E sua cor muda para um azul vibrante. Assim, ela parece muito mais jovem. Que sacanagem, hein?
A cor do Universo é apelidada de “café com leite cósmico”. A luz vinda das galáxias e suas estrelas, bem como as nuvens de gás e poeira do Universo observável, têm uma cor específica. É uma espécie de bege. O Universo é dessa cor porque há mais regiões que produzem luz verde, amarela e vermelha do que as que emitem a luz azul.