Eu tenho essa sensação quando estou muito nervoso, mas passa logo e não acho que tenha haver com premonição
Por que às vezes temos a sensação de já ter vivido algo, embora nunca tenha acontecido (“déjà-vus”)
À maioria das pessoas alguma vez já teve a sensação de ter vivido o momento pelo qual estão passando, experimentando a confusão de não saber se é real ou não; resumindo, a experiência conhecida como déjà-vu. Você já se perguntou por que isso acontece? Será a lembrança de uma vida passada ou um erro na Matrix?
O Incrível.club pesquisou para você as possíveis explicações da comunidade científica sobre esse fenômeno.
O que é exatamente um déjà-vu


O conceito déjà-vu significa “já visto” em francês e foi usado pela primeira vez pelo filósofo e psicólogo Émile Boirac em seu livro L’Avenir des Sciences Psychiques (“O Futuro das Ciências Psíquicas”), publicado em 1917. E apesar de já ter passado mais de um século desde então, a explicação para essa sensação continua sendo motivo de debate.
O déjà-vu é descrito como a sensação de já ter vivido algo antes, sem que consiga se lembrar disso e normalmente acontece de forma fugaz e inesperada. Por exemplo, você está viajando de avião pela primeira vez, mas, durante o voo, tem a sensação repentina de já ter vivido essa situação antes, de que tudo lhe parece familiar: ver o céu pela janela, as comissárias de bordo no corredor e estar a metros de altura acima da superfície.
Isso acontece para 60% a 80 % da população e pode ser uma experiência muito perturbadora, porque uma parte sua sente que já viveu o momento e a outra lhe garante que você nunca esteve naquela situação.
Possíveis causas


Os déjà-vus chegam sem aviso prévio e normalmente são muito breves, além de muitas vezes acontecerem a pessoas sem problemas de saúde, o que poderia influenciá-las a ter essa sensação, tornando seu estudo científico especialmente complicado.
E mesmo se alguém não estiver muito familiarizado com esse conceito, dificilmente conseguirá estar consciente de experimentar um déjà-vu. Embora a causa não seja clara, foram estabelecidas possíveis explicações e algumas delas estão relacionadas à memória.
Memória implícita


Anne Cleary, pesquisadora da Universidade Estadual de Colorado, nos EUA, investigou o fenômeno e o seu trabalho a levou à conclusão de que o déjà-vu pode ocorrer como uma resposta a um evento que se parece com algo que você já experimentou, mas que por alguma razão não se lembra.
Para a pesquisadora, o déjá-vu pode ser um truque do cérebro, similar a quando uma palavra está na ponta da língua, mas você não consegue se lembrar dela. É uma manifestação particular de familiaridade, “você tem familiaridade com uma situação em relação à qual sente que não deveria ter, por isso é tão desconcertante, tão surpreendente.”
A pesquisa também pretende compreender porque muitas pessoas acreditaram que o déjà-vu fosse uma forma de premonição. Utilizando a realidade virtual, em que foi possível induzir o déjà-vu, os pesquisadores do estudo perceberam que essa premonição nada mais era do que uma sensação, pois as previsões feitas pelos participantes normalmente estavam equivocadas.
Percepção dividida


Essa teoria tem a ver com a percepção de algo em dois momentos diferentes, mas com distintos graus de atenção. Por exemplo, digamos que você passe por uma rua, enquanto segue como passageiro em um carro. Nessa situação você está distraído, sem prestar muita atenção em nada. Algum tempo depois, você passa por aquela mesma rua, mas dessa vez caminhando e atento ao percurso, então você tem um déjà-vu.
A teoria supõe que o cérebro pode começar a formar uma memória, mesmo que tenha muito pouca informação (o que pode vir de um breve olhar de soslaio), ainda que o indivíduo não tenha consciência disso. Assim, ele sente como se fossem dois eventos diferentes, embora, na realidade, seja uma percepção contínua de um mesmo evento.
“Falhas” no circuito cerebral


Outra possível explicação é uma confusão no cérebro entre a parte que rastreia os eventos presentes e a encarregada das memórias, isto é, uma consequência de um mau funcionamento elétrico, semelhante ao que ocorre em um ataque epiléptico.
Quando o cérebro recebe informação, normalmente segue um caminho traçado do armazenamento da memória de curto prazo até o da de longo prazo, mas essa teoria sugere que as memórias de curto prazo tomem um atalho para serem armazenadas na memória de longo prazo. Dessa forma, erroneamente, o cérebro percebe o que acontece no presente como uma memória de algo que já aconteceu.
A sensação que isso pode causar é de que você está recuperando uma lembrança de muito tempo atrás, embora a experiência realmente tenha acontecido no último segundo. Em termos de informática, é como se o arquivo da memória estivesse armazenado na pasta errada e agora causasse problemas ao se unir a outro arquivo semelhante.
Normalmente não há nada com o que se preocupar


Como já vimos, de uma maneira geral, pode-se dizer que o déjà-vu esteja relacionado a ter experimentado uma situação similar antes, mas não ser capaz de se lembrar dela. Provavelmente não há nada com o que se preocupar, ainda que você possa notar esses episódios com maior frequência, se estiver cansado, ou sob muito estresse.
Caso o déjà-vu seja acompanhado de convulsões, é aconselhável procurar um especialista. Do contrário, garantir o descanso adequado e reduzir os níveis de estresse podem ajudar a tornar os déjà-vus menos frequentes.
Se você também conhece essa sensação, conte qual foi sua experiência mais estranha ao ter um déjà-vu.
Comentários
Eu tenho muito isso e acredito um pouco de tudo que falaram ai, um aviso e ate coisa de vidas passadas
Eu confio nas pesquisas sérias de cientistas e achei bem consistente as explicações, não creio que haja nada de sobrenatural nisso, mas respeito quem acha
eu sou muito mística e creio em tudo, quem na verdade sabe as respostas de tudo? creio que ninguém

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