17 Internautas compartilharam suas experiências mais bizarras em hotéis ao redor do mundo

“Não se renda”, “Você consegue”, “Só os fracos desistem”. A lista de frases desse tipo é enorme e todas elas nos levam a continuar investindo tempo e esforço em sonhos sem sentido ou até mesmo em algo que nem sabemos se queremos. Mas é realmente uma vergonha dar-se por vencido? Talvez justamente a habilidade de saber parar é o que caracterize uma pessoa sensata.
O Incrível.club decidiu averiguar por que as pessoas insistem em projetos “mortos”, por que deveriam parar de fazer isso e como podem perceber quais são os objetos que simplesmente não valem a pena.
É muito comum não conseguir deixar para trás um projeto falido simplesmente porque pensamos no grande investimento inicial; um investimento que pode ser medido em dinheiro, em tempo ou em esforço. Continuamos tentando, sempre esperando que em algum momento tudo será recuperado e valerá a pena. No entanto, quanto mais gastamos, mais difícil é abandonar a ideia.
Esse fenômeno é chamado de “custos irreparáveis”. Um ótimo exemplo é o Concorde, o avião super-rápido e também o menos rentável. Os custos não recuperáveis de seu desenvolvimento ultrapassaram 1 bilhão de dólares e a Inglaterra e a França continuaram investindo no negócio. Durante 40 anos, ele trouxe apenas prejuízos.
Esse efeito aparece quando tendemos a superestimar as coisas que possuímos e subestimar as coisas dos outros. Isso se aplica não apenas a objetos, mas também a ideias, trabalhos e projetos. Sentimos que nosso negócio é muito valioso apenas porque ele é nosso.
O efeito da dotação foi perfeitamente ilustrado pelo vencedor do Prêmio Nobel, Daniel Kahneman. Ele pegou um grupo de estudantes e para a metade deles deu xícaras de café normais. Depois, pediu aos “proprietários” e potenciais compradores que avaliassem o custo das xícaras. Os compradores as avaliaram em 2,25 dólares e os proprietários em 5,25 dólares.
Muitas pessoas tendem ao heroísmo mesmo quando isso não é necessário. Por exemplo, adiar uma grande quantidade de trabalho e depois resolver tudo de maneira heróica no limite das possibilidades. Ou arrastar um negócio “morto” apenas porque ela quer sentir que pode tudo. Ou trabalhar mais apenas para ser admirada pelos outros.
Com frequência, o perfeccionismo é o culpado por esse tipo de comportamento. As pessoas que tendem a isso não costumam apreciar os resultado de trabalhos realizados sem esse esforço de heróico.
Esse efeito, muitas vezes, aparece em funcionários de empresas antigas. A pessoa deve realizar tarefas ou usar esquemas obsoletos apenas porque todos estão acostumados a fazer desse modo. Com frequência, nem mesmo os superiores conseguem se lembrar quando foram estipulados os esquemas pela empresa, mas o hábito faz com que o mesmo estilo de trabalho seja passado aos subordinados, obrigando-os a gastar energia em coisas inúteis.
O mesmo acontece dentro de casa: fazemos as mesmas receitas antigas das nossas mães, não tentamos experimentar novas maneiras de fazer as coisas, embora os outros digam que elas deixam a vida mais fácil. Fazemos algo porque “é assim que se faz”.
Hoje em dia escutamos que podemos fazer qualquer coisa, que não devemos nos render e que todos os objetivos são alcançáveis se nos esforçarmos. A frase “apenas os fracos se rendem” ficou muito comum. Por isso, com frequência não podemos recusar os objetivos ineficientes e os projetos não rentáveis apenas porque temos medo do que a sociedade pode dizer.
Você já passou por alguma situação assim? Se quiser, ouça a música Eye of the Tiger, ela é capaz de dar a força que precisamos para realizar algo ou a força necessária para abandonar um projeto e começar outro.