Poderíamos ser a primeira civilização inteligente no Espaço?

Curiosidades
há 7 meses

Sabia que os humanos são MESMO pessoas do espaço? Você nasceu lá. Caramba, eu também. Todos nós! Mas para que os humanos estejam aqui na Terra, muitas condições precisam ser precisamente corretas, ou seria altamente improvável que existíssemos. Mas estamos aqui. Primeiro, nós — e quaisquer outras criaturas que possam estar pelo espaço — temos que viver em um planeta orbitando uma estrela branco-amarelada, e não uma vermelha ou azul. Não uma azul porque ela queima muito rápido — em alguns milhões de anos — e não haveria tempo para a evolução fazer sua magia relativamente lenta e produzir seres inteligentes. A desse tipo também tende a inchar e ficar vermelha — quando colapsa e explode! Isso torna altamente improvável que qualquer civilização possa prosperar perto de uma estrela azul.

As vermelhas, que são de longe o tipo mais numeroso, também não parecem boas opções para as civilizações inteligentes orbitarem. Elas são tão frias e tão fracas que um planeta que poderia desenvolver uma civilização deveria orbitar muito perto de uma — o que o deixaria exposto à intensa e mortal radiação de raios-X. Portanto, embora as estrelas vermelhas sejam as mais numerosas e pareçam ter muitos planetas em sua órbita, elas não são uma boa opção para hospedar vida inteligente e civilizada, como a nossa. A missão então ficou para as amareladas, que são cerca de 10% do total. No entanto, um fato importante deve ser considerado antes de se cogitar a possibilidade de vida inteligente em torno de uma estrela amarelada: esta deve ser de 3ª geração.

Apenas a desse tipo irá conter a diversidade química suficiente para sustentar formas de vida avançadas. Cada vez que uma estrela explode, são criados elementos mais pesados ​​e complicados. A explosão expulsa esses elementos, que acabam entrando em uma nebulosa. A gravidade dentro da nebulosa formará gradualmente a próxima geração de estrelas, e assim por diante. Nossos corpos precisam de cálcio para nossos esqueletos e dentes. Nossos cérebros precisam de zinco para ajudar a criar os sinais eletroquímicos que nos fazem nos mover, sentir e PENSAR. Nosso sangue precisa de ferro. Portanto, nossos corpos precisam ter se formado em torno de uma estrela de 3ª geração — e uma amarela.

Surpreendentemente, a Terra tem todos os 94 diferentes elementos do Universo que ocorrem naturalmente, do hidrogênio ao plutônio. Talvez seja por isso que estamos aqui! E temos que agradecer ao nosso Sol, esta anã amarela de 3ª geração por isso. Por que amarela? Porque ela queima de forma muito constante por fusão nuclear sem alterar significativamente o brilho ao longo de bilhões de anos. Se nosso Sol se tornasse apenas 6% mais brilhante — ou mais escuro — a Terra ficaria muito quente ou muito fria para sustentar a vida civilizada. Felizmente, ela está na “zona habitável” ao redor do astro-rei, que é onde a água líquida pode existir em um planeta. Mas isso nos leva à segunda condição necessária para que a vida inteligente resista no Espaço: o próprio planeta!

Estudos recentes com o telescópio Kepler mostraram que ¼ de todas as estrelas anãs amarelas podem conter planetas “semelhantes à Terra” na zona habitável em torno delas. Esse número é um tanto discutível. Pode ser apenas um em cada 33. Mas ainda há muitos planetas orbitando estrelas amarelas em zonas habitáveis. Então, vamos considerar o segundo componente essencial para a vida inteligente no Espaço: o próprio planeta. Aquele que abrigaria uma civilização inteligente deve ter muitas características particulares que não são fáceis de encontrar individualmente — e ainda mais raras de achar em combinação. Mais importante ainda, deve ter proteção contra a estrela que está orbitando.

Como as estrelas brilham pela fusão nuclear nos núcleos delas, o gás na camada externa do Sol, chamado de “corona”, é expelido para o espaço no que é chamado de Vento Solar. Os satélites dos Estados Unidos fazem leituras constantes da força do Vento Solar — que é principalmente núcleo de hidrogênio eletrificado (ionizado), juntamente com um punhado de núcleos atômicos de muitos outros elementos encontrados no Sol. Não é a atmosfera que protege a Terra — é a “magnetosfera” que para, ou desvia, o perigoso Vento Solar — causando Auroras quando este é atraído pelos polos magnéticos da Terra e eletrifica o ar da atmosfera superior como uma lâmpada fluorescente.

Sem uma magnetosfera ao seu redor, QUALQUER planeta, mesmo aqueles em zonas habitáveis, seria torrado por uma chuva constante de núcleos de hidrogênio ionizado da sua estrela. Um planeta com vida deve ter uma magnetosfera forte o suficiente para desviar o vento solar. Nem todos os do nosso sistema solar contam com uma. Os gigantes gasosos — Júpiter, Saturno, Urano e Netuno — até possuem, mas não podem ter civilizações. Dos mundos sólidos, apenas a Terra e Mercúrio apresentam magnetosfera, mas este é muito fraco para parar o Vento Solar por causa de sua proximidade com o Sol.

Outro escudo protetor que mantém a Terra a salvo do Sol é sua “atmosfera”, que tem cerca de 480 km de espessura, com a maior parte concentrada a apenas 15 km da nossa superfície. Ela protege tanto da radiação ultravioleta (UV) do Sol quanto dos raios X. O gás ozônio, que possui três átomos de oxigênio ligados a uma grande molécula de gás na atmosfera superior, bloqueia a maior parte da radiação UV do Sol de atingir o solo. Marte, cuja atmosfera é mil vezes mais fina que a da Terra, não conta com ozônio — e as emissões ultravioletas solares irradiaram totalmente na superfície dele. Um planeta deve ser capaz de bloquear a radiação UV da sua estrela, então a composição específica da atmosfera é fundamental para que qualquer corpo espacial desse tipo tenha uma civilização inteligente. Nós temos, mas isso é uma mistura rara e precária.

Também deve ter parte da sua superfície sólida para caminhar e se estabelecer sobre ela. E ainda uma “crosta”. (É pura ficção científica considerar civilizações subaquáticas ou flutuantes nas atmosferas de outros planetas.) Esta precisa contar com placas tectônicas que se movem, cujo movimento cria a “subducção” da crosta. Isso é quando uma placa tectônica desliza por baixo ou por cima de outra, trazendo a matéria fresca para a superfície. Essa renovação das propriedades químicas do planeta impede o “equilíbrio químico” onde nada é reativo. Terremotos e vulcões também contribuem para o processo de renovação geoquímica. Isso mesmo — terremotos e vulcões são bons!

A subducção de placas tectônicas, então, é outro item essencial para a vida. Marte não tem atividade de placas tectônicas, assim como Vênus e Mercúrio. Este é uma grande placa tectônica, mas não há atividade dela em andamento além de um leve encolhimento. Uma grande razão pela qual esses planetas não têm vida é que não existe reatividade geoquímica, porque não há subducção tectônica. E isso nos leva à Lua. Sim. Dizer que ela nos mantém vivos pode parecer exagerado. Mas a contribuição dela para a vida por aqui é essencial. Primeiro, a gravidade lunar enquanto ela se move através do Espaço junto com o nosso planeta não apenas faz as marés oceânicas fluírem como também ajuda a nossa rotação a agitar ou movimentar o magma dentro da Terra.

O movimento do magma no interior do nosso planeta, com seu alto teor metálico, contribui para a criação da magnetosfera terrestre. Assim, a Lua nos mantém seguros no Espaço, ajudando nosso mundo a se tornar um “geodínamo” e criando nosso magnetismo. Ela é o maior satélite natural do sistema solar em comparação com o tamanho do planeta que “orbita”, ou seja, seu “primário”. Muitas pessoas consideram o sistema Terra-Lua como um planeta duplo — mas isso é outra história. Outra coisa que a Lua faz é manter a Terra estável e segura. Como ela está gravitacionalmente presa ao nosso planeta, age como uma vara de equilíbrio para um equilibrista. Assim, nosso mundo não oscila muito em comparação com outros planetas. Essa oscilação é chamada de “libração”. Se oscilássemos tanto quanto Marte ou Saturno, não apenas nosso clima se tornaria caótico, mas a agricultura teria sido impossível.

Essas circunstâncias astronômicas raras ou únicas trabalham juntas para tornar o nosso mundo habitável para a humanidade. Muitos outros fatores não são astronômicos, como os evolutivos, biológicos e químicos necessários para a existência de vida. As probabilidades, ou improbabilidades, estão se multiplicando! Juntos, temos muita, muita SORTE de estarmos aqui. Na verdade, é tanta que podemos ter ganho na loteria! Considerando todas as possibilidades, é duvidoso que qualquer outro lugar do Universo seja tão afortunado quanto a Terra.

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