Pensar custa caro! Estudo revela as atividades cerebrais mais “caras” para o corpo
Em um estudo recente publicado na Science Advances, cientistas revelaram um fascinante segredo do cérebro humano: as regiões dedicadas a tarefas desafiadoras, que exigem maior raciocínio, consomem surpreendentemente mais energia. Essa descoberta desafia a visão tradicional de que a inteligência se resume a possuir um cérebro maior, e nos convida a explorar os custos energéticos envolvidos nessas atividades mais complexas.
Desmistificando o tamanho do cérebro
Nosso cérebro, que representa apenas 2% do nosso peso, consome aproximadamente 20% de nossa energia. Os cientistas, intrigados por essa significativa diferença, questionam por que o cérebro usa tanta energia. Antigamente, pensava-se que isso ocorria devido ao tamanho do cérebro humano, mas essa ideia foi descartada. Agora, os pesquisadores estão explorando a distribuição de energia no cérebro, focando em substâncias químicas chamadas neuromoduladores, como dopamina e serotonina, que regulam a atividade dos neurônios.
Como o estudo foi conduzido
Em um estudo com 30 pessoas saudáveis, os cientistas usaram exames avançados de imagem cerebral, como a Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) e Ressonância Magnética Funcional (fMRI). O PET mediu processos metabólicos, como o uso de energia pela glicose. O fMRI destacou mudanças no fluxo sanguíneo relacionadas à atividade cerebral, mostrando conexões no cérebro.
Durante os exames, os participantes estavam em repouso, com os olhos abertos ou fechados. Os resultados revelaram uma relação direta entre o metabolismo de glicose e a atividade cerebral, indicando que áreas mais ativas consomem mais energia. As redes frontoparietais, essenciais para tarefas complexas, como resolução de problemas e tomada de decisões, utilizam até 67% mais energia do que as áreas envolvidas em funções sensoriais ou motoras básicas, como segurar uma xícara de café.
Isso é importante porque sugere que o desenvolvimento do cérebro humano, especialmente suas habilidades de pensar, pode estar conectado tanto às áreas que “custam caro” em termos de energia, quanto ao tamanho total do cérebro.
Os cientistas descobriram que nosso jeito de pensar não depende só de ter um cérebro maior, mas principalmente da evolução dos neuromoduladores, que são circuitos cerebrais mais lentos. Mas os cientistas ainda têm muito a aprender sobre como esses circuitos interagem com o processamento rápido de informações no cérebro. Em resumo, ainda existem muitas perguntas sobre como tudo funciona.
Descobrimos que o cérebro usa até 67% a mais de energia ao resolver problemas. Que tal colocar isso em prática?! Embarque na diversão de resolver os desafios deste teste e exercitar sua mente.