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Escolher o absorvente ideal nem sempre é fácil. Às vezes, nem os protetores e tampões que a gente já conhece conseguem evitar vazamentos. Recentemente, cientistas decidiram testar a quantidade real de líquido que diferentes produtos conseguem absorver — e os resultados foram surpreendentes.
Segundo um estudo, 53% das mulheres passam por fluxos menstruais intensos. Encontrar o produto de higiene certo para esses dias é complicado. As opções reutilizáveis, como coletores e discos menstruais, ainda parecem desconfortáveis para muita gente. E os absorventes e tampões podem vazar, mesmo com todas as promessas de alta absorção.
Acontece que, ao testar seus produtos, as fabricantes usam água tingida ou soro fisiológico. Mas o sangue é mais denso, tem uma composição diferente e o fluxo varia bastante. Por isso, os dados prometidos nas embalagens muitas vezes não correspondem ao desempenho real do produto.
Dá até para entender as empresas — conseguir sangue de verdade para testes é complicado. Mas para muitas mulheres foi decepcionante descobrir que os absorventes e tampões são testados com soro.
A ideia de fazer uma nova pesquisa veio da professora Bethany Samuelson Bannow. Muitas pacientes dela começaram a trocar os produtos tradicionais por coletores e discos menstruais. A professora desconfiou que isso tinha a ver com o volume de sangue — provavelmente, os produtos descartáveis não estavam dando conta.
Ela também notou que nem mesmo o conceito de “fluxo intenso” é bem definido. Parte disso acontece porque as mulheres não conseguem medir exatamente quanto sangue perdem.
De fato, seria importante as fabricantes criarem padrões e colocarem informações mais claras nas embalagens. Afinal, fluxo muito intenso pode indicar problemas de saúde.
No estudo, a professora usou sangue real para testar os produtos de higiene mais populares. Descobriu que as calcinhas menstruais foram as que apresentaram pior desempenho: absorveram apenas de 1 a 3 ml de líquido. Muita gente não gosta desse tipo de produto, mas ele também tem suas fãs.
O estudo analisou absorventes de várias marcas e tamanhos. A média de absorção foi de 24 ml. Alguns modelos classificados como "ULTRA Super" chegaram a absorver até 52 ml — bem acima do que prometiam.
Os coletores se saíram um pouco melhor que os absorventes e um pouco pior que os tampões. A média de absorção dos coletores que participaram do estudo (eram da mesma marca) foi de 27 ml, que é aproximadamente a quantidade declarada pelo fabricante.
Em seguida, vêm os absorventes internos. O estudo mostrou que eles podem absorver de 20 a 34 ml de líquido (28 ml em média ), dependendo da marca e do tipo de produto. E, anteriormente, acreditava-se que os absorventes internos podiam conter de 3 a 12 ml de líquido. Ou seja, esse produto funciona ainda melhor do que o esperado.
Importante: médicos recomendam não usar o mesmo tampão por mais de 8 horas para evitar o risco de síndrome do choque tóxico.
Os grandes vencedores foram os discos menstruais. Eles conseguiram absorver, em média, 52 ml — e um dos modelos testados chegou a 80 ml! Outra vantagem é que a posição do corpo não influencia tanto na capacidade dos discos, desde que estejam bem colocados. Além disso, dá para usá-los por até 12 horas e até esvaziá-los sem precisar tirar.
A menstruação foi um tema tabu por muito tempo, por isso estudos mais aprofundados sobre produtos de higiene só começaram a aparecer recentemente. Mas ainda existem muitos mitos em torno da saúde feminina.