O que pode acontecer ao bebê se for amamentado exclusivamente no peito, segundo estudos

A amamentação sempre foi considerada o padrão ouro na nutrição dos bebês — mas o que a ciência realmente diz sobre os efeitos da amamentação exclusiva no desenvolvimento infantil? Vamos explorar os benefícios comprovados por pesquisas e os principais pontos a considerar, deixando de lado estereótipos e focando em informações baseadas em evidências.

Amamentação exclusiva significa dar apenas leite materno, sem fórmula, água ou sólidos

Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendam essa prática para garantir o crescimento, o desenvolvimento e a saúde perfeitas para o seu bebê.

• Um estudo de grande escala, com mais de 570 mil crianças, revelou que amamentar por mais tempo — ou de forma exclusiva — está associado a menos atrasos no desenvolvimento. Crianças que foram amamentadas exclusivamente por seis meses ou mais apresentaram, aos 3 anos, habilidades de resolução de problemas mais desenvolvidas em comparação àquelas que nunca foram amamentadas.
  Além disso, a amamentação exclusiva tem mostrado impactos positivos no desenvolvimento cognitivo. Diversas pesquisas apontam consistentemente que bebês amamentados no peito têm desempenho superior em testes mentais quando comparados aos alimentados com mamadeira.
• Além disso, pesquisas sugerem que o aleitamento materno exclusivo ajuda nos principais marcos da linguagem. Os bebês exclusivamente amamentados mostraram uma maior capacidade de produzir balbucio monossilábico e responderam melhor à palavra “não”.

• O aleitamento materno exclusivo também pode desempenhar um papel no desenvolvimento social e emocional. Pesquisas indicam que bebês apenas amamentados por pelo menos quatro meses obtiveram pontuações mais altas em testes de interação social aos 6 e 12 meses, em comparação com os não amamentados.

• Além dos marcos de desenvolvimento, o aleitamento materno exclusivo oferece vários benefícios à saúde física dos bebês. O leite da mãe fornece a nutrição ideal, ajuda no crescimento e no desenvolvimento, podendo contribuir na proteção contra determinadas doenças e problemas de saúde.

Embora a amamentação exclusiva ofereça inúmeros benefícios, é importante lembrar que ela nem sempre é viável para todas as famílias

Fatores como saúde materna, compromissos de trabalho e preferências pessoais desempenham um papel significativo nas decisões de alimentação infantil. O mais importante é reconhecer que qualquer quantidade de amamentação é benéfica. As mães devem fazer escolhas que se alinhem com suas circunstâncias e valores.

A opinião pública sobre a amamentação varia, e é importante reconhecer a diversidade de experiências e perspectivas:

• Claro, o mais importante é que o bebê seja bem alimentado — “alimentado é o melhor”. Ninguém está desmerecendo isso. Estudos como esse apenas apontam associações que podem sugerir que uma forma seja mais vantajosa que a outra, mas isso não significa que sejam conclusivos. E mesmo que uma possa ter mais benefícios em determinados aspectos, isso não torna a outra errada.
  A ideia principal é: se você tem as duas opções disponíveis e está em dúvida sobre qual seguir, esses são alguns pontos que podem ser considerados. Esse tipo de informação não se aplica a quem não tem escolha — e isso precisa ser respeitado. Além disso, vale reforçar: estamos falando de uma associação, não de causa e efeito, e sempre haverá exceções. É apenas uma tendência observada nos dados. © Enamoure / Reddit
• Não estou dizendo que não haja algum efeito, mas não se martirize se não amamentar exclusivamente no peito. Há coisas muito mais importantes para o desenvolvimento de seu filho, como ter tempo para brincar com ele. Além disso, as crianças que não desenvolvem as habilidades linguísticas tão rapidamente geralmente o fazem logo depois. © eat_a_pine_cone / Reddit
• As pessoas que discutem sobre qual é melhor do que o outro não estão entendendo o ponto. A resposta é que a melhor maneira de alimentar seu filho será específica para a mãe e a criança em questão. © AdmiralChucK / Reddit

No final, a mensagem é clara: apoie os pais na tomada das melhores decisões para suas famílias e lembre-se de que não existe uma abordagem única para todos.

Questões envolvendo a alimentação dos filhos podem parecer simples, mas os erros mais comuns — como forçar a comer, ignorar a saciedade, permitir telas à mesa e oferecer alimentos ultraprocessados — têm impactos reais, a curto e longo prazo. Mas a verdadeira surpresa está em saber como esses hábitos, aparentemente inofensivos, podem moldar não apenas a saúde física, mas também a relação emocional das crianças com a comida