O que fazer ao encontrar pessoas suspeitas e possivelmente perigosas
Quase toda criança já ouviu aquela recomendação “clássica” (e totalmente correta) de não falar com estranhos. Mas o fato é que nem mesmo os adultos costumam saber como reagir em situações de risco. Por exemplo: você sabe o que fazer se for perseguido nas ruas de uma grande cidade por um estranho? Ou como proceder no caso de ser abordado por um potencial criminoso dentro de um elevador com as portas fechadas?
O Incrível.club pesquisou o que fazer em situações de risco. Agora, vamos compartilhar com você o que aprendemos. Acompanhe!
1. Se achar que está sendo seguida (o)
Se sentir que alguém está te seguindo, não ignore pensando que isso é apenas fruto de sua imaginação. Fique de olho, pois, infelizmente, ninguém está imune a tais situações. O importante é tomar algumas medidas de precaução para evitar consequências mais graves:
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Se estiver com os fones de ouvido, retire-os. Assim, você poderá escutar melhor o que acontece à sua volta, além de ficar mais alerta.
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Não olhe para baixo o tempo inteiro; procure manter o olhar para frente e a cabeça um pouco elevada. Isso também ajudará a elevar seu nível de atenção. Além disso, há, aqui, um efeito psicológico: pessoas com a cabeça elevada transmitem mais autoconfiança. Isso poderá diminuir o ímpeto do criminoso.
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Evite olhar para trás o tempo inteiro, pois isso passará a mensagem de que você notou o “perseguidor”, o que pode desencadear um possível ataque.
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Procure entrar em uma loja ou em um restaurante, por exemplo. Fique lá por um tempo e mantenha o perseguidor no seu campo de visão. É possível que, nessas circunstâncias, ele imagine que você ficará no estabelecimento por muito tempo e desista de atacá-lo
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Se for perseguido à noite, não passe, de jeito nenhum, por lugares com pouca iluminação (parques, becos, ruas estreitas, etc.). Siga em direção a regiões com o máximo de iluminação possível. E não custa repetir a dica anterior: procure locais movimentados.
Como saber se a pessoa atrás de você não é apenas um pedestre comum? Tente este pequeno truque: procure fazer caminhos aleatórios. Vire uma esquina, em seguida, outra e, mais uma vez, outra. Dê uma volta no quarteirão para conferir se o suspeito continua a ir atrás de você. Ou finja que esqueceu alguma coisa (ou que perdeu a carteira, por exemplo), e então vire de uma só vez na direção oposta, como se fosse voltar. Se a pessoa continuar indo atrás de você, a conclusão é de que está, de fato, te seguindo. Portanto, é hora de procurar um lugar movimentado e ligar para a polícia.
Mas o que fazer se não encontrar nenhum lugar para entrar ou se esconder e a pessoa continuar te seguindo? Deixe sua carteira cair “acidentalmente” no chão e siga como se não tivesse notado o “descuido”. Talvez seja esse o objetivo do perseguidor: um roubo. Em tais casos, é melhor perder dinheiro do que ser agredido ou correr o risco de ser assassinado.
2. Se for abordada (o) por uma ou várias pessoas
Esse é o tipo de situação que ocorre, na maioria das vezes, com mulheres. E alguns dos casos mais comuns envolvem homens alcoolizados. Infelizmente, não há uma fórmula mágica para evitar o assédio, mas há diversas estratégias que podem ser usadas:
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Não reaja de forma “emotiva”: mantenha uma expressão neutra no rosto. Não demonstre raiva; em vez disso, procure olhar nos olhos da outra pessoa. Essa estratégia tem uma explicação psicológica: agressores entendem que você não é apenas um “objeto”, mas um ser humano. É mais difícil causar mal a uma pessoa do que a uma “coisa”.
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Se o desconhecido se aproximou ou sentou ao seu lado, coloque as mãos à frente do corpo, criando uma espécie de “barreira”. Não encoste na pessoa e diga firmemente algo como “eu quero que você saia daqui”. Importante: não deixe de incluir o pronome “eu”. A estratégia tem uma explicação parecida com a da dica anterior. Esse parece um truque bastante simples. Mas acredite: em uma situação de risco, não costuma ser fácil adotá-lo, pois a vítima costuma ficar nervosa e perdida.
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Há ainda um conselho aparentemente estranho, mas que pode funcionar: mencionar a mãe do agressor. Você pode fazer a pergunta de maneira séria: “sua mãe sabe que educou um filho como você?” O que acontece é que, independentemente do nível de instrução, a maioria das pessoas tem uma relação próxima com os pais. Portanto, uma pergunta como essa será como uma espécie de golpe moral, que poderá deixar o agressor sem reação.
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Se estiver passando perto de algum grupo de pessoas suspeitas e receber uma cantada, segure a bolsa (ou o que tiver nas mãos) com a mão esquerda e deixe a mão direita livre (no caso dos destros). Especialistas afirmam que, assim, você parecerá menos vulnerável. Além disso, caso algo sério de fato aconteça, você poderá resistir fisicamente com a mão livre.
Obviamente, a melhor maneira de evitar o assédio é simplesmente não entrar em situações em que haja esse risco. Infelizmente, isso nem sempre é uma escolha, então fique alerta.
3. Se ficar sozinho com um suspeito em um elevador
É muito importante escutar a “voz interior”. Se, por algum motivo, você estiver sozinho com uma pessoa em um elevador e imaginar que há qualquer tipo de risco, saia imediatamente. É melhor parecer paranoico do que arriscar a vida. Para não parecer indelicado, você pode fingir que esqueceu de pegar alguma coisa. Mas, se não der tempo de sair, algumas medidas podem ser tomadas:
- Fique bem perto do painel com os botões dos andares, como se o estivesse protegendo. Primeiro, porque, desse jeito, você impedirá a pessoa de apertar o botão para parar o elevador. Em segundo lugar, será mais fácil apertar o botão de emergência caso sinta que a situação se agravou.
- Não fique de costas ou de lado para a pessoa suspeita, mas de frente. Assim você pode ver o que ele ou ela está fazendo e não será surpreendido.
- Outro conselho: pegar as chaves, o celular ou qualquer outro objeto que possa servir como arma de defesa caso necessário.
Você também pode verificar se a pessoa é realmente perigosa ou não de uma maneira bem simples. Atenção ao comportamento: se o desconhecido entra no elevador e não olha para os botões e nem tenta apertar um andar, alerta total. Nesse tipo de situação, mesmo que a sua intuição não “diga” nada, é mais aconselhável sair do elevador o mais rápido possível.
4. Se baterem à sua porta e você estiver sozinha (o) em casa
O conselho mais importante é também o mais intuitivo: não abrir a porta. Fingir que não está em casa também pode não ser uma boa ideia: a pessoa pode estar, na verdade, procurando um apartamento vazio para furtar. Se ninguém responder, pode tentar abrir a porta. Pergunte em alto e bom som quem está batendo e o que quer. Em seguida, aja de acordo com a situação:
- Se a pessoa do lado de fora disser que está ferida e que precisa de ajuda, tenha em mente que, a menos que você seja um médico ou um socorrista, sua ajuda não será muito útil. O melhor é pedir para a pessoa aguardar do lado de fora dizendo que vai chamar uma ambulância ou a polícia. Se não for um golpe, a pessoa ficará feliz com sua ajuda. Mas, se houver qualquer tipo de má intenção, há a possibilidade de o criminoso simplesmente desistir dos planos e ir embora.
- Caso você tenha certeza de que se trata de um criminoso, ligue para a polícia imediatamente. Mas faça isso de forma que a pessoa escute sua voz. Você pode também recorrer a um pequeno truque: abra no seu celular um vídeo com algum cachorro latindo e grite: “quieto!” Se for um ladrão tentando abrir a porta, ele certamente ficará assustado: poucas pessoas querem dar de cara com um cachorro bravo, especialmente se parecer grande.
- Muitos vigaristas fingem ser funcionários de empresas de serviços. Caso isso aconteça, pergunte o nome da empresa, onde estão localizados e, depois, ligue para o escritório para confirmar se a pessoa foi realmente designada para fazer uma visita à sua casa.
Um golpe bastante comum consiste em uma mulher que bate à porta para pedir ajuda. Ela parece ser inofensiva. Mas, ao abrir a porta, a vítima é surpreendida por um grupo de bandidos que estão com ela, escondidos.
E você, já esteve em situações parecidas? O que fez para sair delas? Conhece alguém que tenha vivido um caso parecido? Comente!