O Oceano Atlântico está aumentando e levando o Pacífico a desaparecer

Curiosidades
há 1 ano

Nossa, está molhado aqui! Em 2016, os cientistas decidiram visitar a parte mais larga do Oceano Atlântico, entre a África e a América do Sul. É uma região meio solitária. Eles passaram dias sem ver um único avião ou navio. Avistaram principalmente golfinhos e baleias nadando. E estavam no meio do nada, mas por quê?

Eles estavam navegando bem acima de um dos pontos geológicos mais importantes da Terra, a Dorsal mesoatlântica. É onde duas placas tectônicas gigantestas se encontram. As placas são peças enormes de um quebra-cabeça e que estão em constante movimento, embora geralmente não possamos senti-las. Elas formam a crosta terrestre e, nesse caso, encontram-se sob o Oceano Atlântico.

Os pesquisadores navegaram sobre a crista e desceram alguns instrumentos que detectam ondas, terremotos e outras vibrações. Um ano depois, voltaram para coletar os resultados. No início, o objetivo era aprender mais sobre a história das duas placas. Mas os instrumentos captaram muito mais do que isso! Descobriram algumas coisas sobre o futuro também!

Bem no fundo, há uma camada de rocha líquida extremamente quente que está constantemente subindo, empurrando as placas tectônicas e fazendo com que elas se separem umas das outras. Isso significa que o Oceano Atlântico está se expandindo cerca de 5 centímetros a cada ano, afastando a Europa e a África das Américas.

Ao mesmo tempo, seu maior vizinho, o Pacífico, está encolhendo. Ele é o maior oceano na atualidade, com uma área enorme que cobre cerca de 30% da superfície da Terra. Sua profundidade média é de 4.000 metros e abriga a famosa Fossa das Marianas, o ponto mais profundo entre todos os oceanos.

E sim, agora ele está diminuindo cerca de meio quilômetro quadrado por ano. Alguns cientistas até acreditam que, eventualmente, daqui a milhões e milhões de anos, poderá desaparecer completamente.

Esse oceano é onde acreditamos que a maioria dos terremotos acontece, além de ser o local em que estão muitos dos vulcões do mundo. Tudo isso causa muitos tremores... As placas se movem e partes antigas da crosta terrestre são destruídas. O fundo do oceano não cresce rápido o suficiente para substituí-las!

Isso significa que algumas grandes mudanças ocorrerão no futuro. Alguns centímetros não são exatamente grande coisa, mas depois de algumas centenas de milhões de anos provavelmente haverá um novo supercontinente na Terra. A Austrália está lentamente se dirigindo para o norte e pode eventualmente colidir com a Coreia, o Japão e o leste da China. A África também está se movendo... Em 50 milhões de anos, ela estará indo na direção das partes do sul da Europa.

Já que tudo está acontecendo tão lentamente, eu tive a chance de projetar alguns cenários futuros. Ok, eu não. Um grupo de cientistas super inteligentes com computadores ainda mais inteligentes.

O primeiro cenário: uma massa gigantesca de terra chamada Novo. As Américas se chocariam com a Antártica, então se uniriam e seguiriam para a África. Enquanto isso, a África já teria se chocado com a Europa e a Ásia. Nada mal, pelo menos você economizaria algum dinheiro em passagens de avião. Mas, para a maioria das pessoas, seria necessária uma viagem daqueeelas para chegar a uma praia em algum lugar.

O segundo cenário é Ultima. Todos esses me lembram nomes de carros... Bom, de qualquer forma, nesta projeção o Atlântico para de ficar mais largo. Na verdade, é o contrário. Ele começa a aproximar suas margens! Esse novo continente super legal seria cercado pelo Oceano Pacífico.

Cenário 3, Aurica. Os oceanos Atlântico e Pacífico vão encolhendo até que desapareçam ou terminem como pequenos lagos. Toda a vida nesses dois corpos de mar se vai. Em vez disso, um novo começa a se formar para substituí-los. E o novo supercontinente? Tem a Austrália no centro, com as Américas e o Leste Asiático, cada um em lados opostos da pequena poça que costumava ser o Pacífico. O resto do planeta é um grande e inexplorado super oceano, habitado por... Vai saber quem! Eu não estarei por perto.

Número 4, Amásia. Aquela impressão de nome de carro de novo. Esta prevê que a África, a Austrália e todos os continentes, exceto a Antártica, começarão a se mover para o norte. Desculpe, Antártica, até o planeta Terra continua se esquecendo de você. Mais sorte da próxima vez!

Muito adiante, no futuro, poderá ser possível fazer uma boa e velha grande viagem por todos os continentes ou atravessar a fronteira da América do Sul com a África, ou mesmo chegar à Austrália sem ter que fazer o voo mais longo da sua vida. Mas teremos que esperar um pouco. Hmm. O que devo fazer nos próximos 250 milhões de anos? Maratonar alguns vídeos do Incrível? As placas tectônicas se movem em velocidades diferentes, algumas mais lentas, outras levemente mais rápido. Seu cabelo e unhas crescem quase na mesma velocidade com a qual elas se movem!

Imagine se todos vivessem em um desses super continentes! Os animais finalmente poderiam atravessá-los e encontrar espécies que nunca tinham visto antes. Leopardos, rinocerontes, leões, elefantes: imagine se eles ficassem curiosos o suficiente para sair em uma jornada para fora de seu habitat... Um leão poderia dar um oi para um urso polar! Os cangurus conseguiriam finalmente sair da Austrália e os pássaros que migram para lugares mais quentes teriam que reorganizar totalmente seus roteiros de viagem... Vai saber como seria o clima!

Brincar com esse quebra-cabeça continental não é exatamente uma coisa nova. Nosso mundo nem sempre foi assim. Há 300 milhões de anos, nosso planeta não tinha sete continentes, mas apenas um. Era o supercontinente chamado Pangeia.

Esse pedaço de terra era cercado por apenas um oceano. Mas com o tempo, lentamente começou a se separar. Em um ponto, América do Sul, Antártica, Austrália e África eram uma unidade, e América do Norte e Eurásia outra. Depois, esses continentes também se fragmentaram, cada um seguindo na sua própria direção.

Os cientistas descobriram muitas plantas e fósseis de animais semelhantes em continentes separados por enormes oceanos. Mesmo quando você apenas olha para um mapa, pode ver como a África e a América do Sul parecem duas peças de um quebra-cabeça enorme que se encaixam perfeitamente.

Quando se olha para todos os oceanos e mares em um mapa, pode parecer que eles simplesmente flutuam um em direção ao outro, como se houvesse apenas um grande oceano e as pessoas dessem nomes diferentes para partes diferentes. Você não pensaria isso se já tivesse ido ao lugar onde eles se encontram!

O Atlântico e o Pacífico têm uma fronteira rígida que parece um muro invisível que separa dois mundos completamente diferentes. É possível ver claramente as cores e as águas diferentes, e elas não se misturam.

Claro, não existe um muro ou qualquer fronteira física de verdade. Mas nem todas as águas são iguais. O Pacífico e o Atlântico têm densidades, quantidades de sal e temperaturas diferentes, além de um monte de outras características. As fronteiras que separam dois corpos d’água são chamadas de divisórias continentais. A linha que você consegue ver separando o Oceano Atlântico e o Pacífico... É causada principalmente por diferentes níveis de sal.

É assim que se parecem as camadas de água com diferentes níveis de sal. É como se elas fossem separadas por filme plástico, cada uma com uma cor diferente, pois tem coisas diferentes crescendo nela. Para ver uma fronteira nítida e perceptível, um mar ou oceano deve ser muito mais salgado do que o outro. Quer se exercitar e usar todo o sal da sua casa? Despeje um pouco de água salgada colorida ou água do mar em uma tigela de vidro. Em seguida, adicione água fresca por cima... Tchã-ran!!

O Oceano Pacífico é o menos salgado. Isso acontece porque há muito mais rios que correm para dentro dele. Líquidos mais pesados​​... São pesados. Portanto, devem afundar. Mas então, por que a fronteira entre o Atlântico e o Pacífico é uma linha vertical e não horizontal? Primeiro, a diferença na densidade desses dois gigantes salgados pode ser suficiente para impedi-los de se misturar, mas não para um deles ir para o fundo, e o outro flutuar acima.

Há outra razão, e tudo se resume à rotação da Terra. Digamos que você esteja voando do Chile para New England, nos EUA. Se for direto para o norte, quando chegar lá a Terra terá girado um pouco e você não estará nem perto de seu destino! Para chegar ao lugar certo, o piloto precisa fazer uma pequena curva. Esse é o mesmo motivo pelo qual as correntes marítimas se movem em direções diferentes. As correntes nos oceanos Atlântico e Pacífico se afastam umas das outras, então realmente não se misturam em suas fronteiras, embora sejam apenas água! Confuso? Pois é, também acho.

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