O enigma do Grande Buraco Azul: o que estava escondido lá embaixo?

Curiosidades
3 horas atrás

O mundo está repleto de maravilhas, algumas são misteriosas e outras até um pouco assustadoras. Um desses lugares é o Grande Buraco Azul, um enorme sumidouro subaquático localizado a aproximadamente 64 km da costa de Belize. Ele tem 124 metros de profundidade e fascina cientistas e aventureiros há décadas. Alguns até chegaram ao fundo e a descoberta que fizeram foi surpreendente — e inquietante.

É fácil identificar o Grande Buraco Azul. É uma abertura gigante e circular no Mar do Caribe, cercada por um recife de coral. Jacques Cousteau ajudou a torná-lo famoso em 1971, quando o explorou e o considerou um dos melhores pontos de mergulho do mundo.

Jacques Cousteau não foi apenas um grande explorador - ele também foi co-inventor de equipamentos de mergulho autônomo e criou alguns dos primeiros documentários subaquáticos. Seu trabalho inspirou as pessoas a se preocuparem com o oceano, e seu neto, Fabien, decidiu dar continuidade a esse legado.

Fabien Cousteau e Richard Branson usaram dois submarinos para explorar o Grande Buraco Azul em 2018. À medida que desciam, a luz do sol diminuía e, quando chegaram a 91 metros, entraram em uma camada de sulfeto de hidrogênio. Essa camada tornou a água escura e turva, cortando toda a luz e o oxigênio. Abaixo dela, nada poderia sobreviver. Ao chegarem ao fundo do sumidouro, descobriram paisagens que nunca haviam imaginado.

No fundo do Grande Buraco Azul, encontraram lixo produzido pelo homem. Uma garrafa plástica de dois litros estava no fundo do mar, um triste lembrete de quão longe a poluição pode chegar. Eles também acharam uma câmera GoPro, que surpreendentemente ainda tinha imagens das férias de alguém.

Encontrar lixo em um lugar tão remoto e misterioso foi decepcionante. Isso mostrou que mesmo os lugares mais intocados da Terra não estão a salvo do impacto humano.

Mas a descoberta mais chocante foi a de dois conjuntos de restos humanos. Esses eram os corpos de mergulhadores que haviam desaparecido anos antes enquanto exploravam o sumidouro. A equipe decidiu deixar os restos mortais intactos e os informou ao governo de Belize. Essa descoberta foi um lembrete preocupante dos riscos de mergulhar em lugares tão extremos e perigosos.

Ao continuar a exploração, a equipe encontrou outra coisa fascinante: estalactites. Essas formações rochosas longas e em forma de pingente de gelo geralmente se formam em cavernas secas, não debaixo d'água. Sua presença provou que o Grande Buraco Azul já esteve acima do nível do mar há milhares de anos.

Após a expedição, Richard Branson compartilhou seus pensamentos: "O Buraco Azul é formado por um complexo sistema de cavernas que já se formaram em terra firme. Ele é a prova de como os oceanos podem subir rápida e catastroficamente. O nível do mar já foi centenas de metros mais baixo. Há 10 mil anos, o nível do mar subiu cerca de 91 metros quando uma grande quantidade de gelo derreteu em todo o mundo. A 91 metros de profundidade, era possível ver a mudança na rocha, onde antes era terra e se transformou em mar. Foi um dos maiores lembretes do perigo da mudança climática que já vi."

Lugares como esse nos lembram que nossas ações moldam o futuro do nosso planeta. Cabe a nós protegê-los contra danos para que possam inspirar e ensinar as gerações futuras. O que fizermos hoje decidirá seu destino.

Se a descoberta de novos destinos incríveis o entusiasma, explore nossa lista de 20 povoados que parecem cenário de conto de fadas.

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