Ninguém mora no meio da Austrália, e você não moraria também

Curiosidades
há 1 ano

Por que a Austrália é estranhamente tão vazia? Por que descobrimos tão pouco sobre os oceanos? Nosso planeta é uma esfera perfeita? E a Terra já foi mais roxa do que verde? Aposto que você não sabia esses fatos sobre nosso planeta, então vamos descobrir tudo!

A Austrália é realmente enorme — para facilitar a compreensão, é quase tão grande quanto toda a Europa. Berço de cerca de 26 milhões de pessoas, está entre os países com menos população por área. Está classificada em 55º lugar no ranking da população mundial, enquanto possui a 6ª maior área territorial. Por que tanta área vazia? Um bom palpite seriam os muitos animais perigosos escondidos atrás de cada pedra. Pelo menos, isso é o suficiente para eu evitar a Austrália, mas há uma razão específica para explicar isso.

A aridez do país garante que 85% da população viva a 50 km da costa. E 80% dela habita o lado leste, onde as chuvas são mais comuns. Embora haja uma falta geral de precipitações, apenas 20% da Austrália é de deserto inabitável e somente 40% é considerada inabitável para os padrões humanos. O consumo de água é realmente maior do que a precipitação média anual. Mas há outra fonte antiga de água escondida no subsolo, que pode sustentar uma população muito maior. É um dos maiores recursos subterrâneos de água doce do mundo, a Grande Bacia Artesiana. Ela abrange impressionantes 1.700.000 km², o que equivale a um quinto do tamanho da Austrália, e contém água suficiente para cobrir a Terra com uma camada de 50 cm. Ou, melhor ainda, poderia fornecer água suficiente para matar a sede dos australianos nos próximos 1.500 anos.

Apenas seis e meio por cento do país tem o solo adequado para agricultura, o que não parece uma quantidade muito grande. Mas caso você tenha esquecido, o território é ENORME, e essa pequena porcentagem é do tamanho da França! Com essa grande área disponível para agricultura, a Austrália tem mais do que o suficiente para alimentar sua população, além de exportar mais de 70% dos produtos agrícolas para o exterior. Então, com tanta terra, comida e água, por que os números populacionais são tão baixos? O motivo é o processo de migração muito lento. Primeiro, apenas pessoas do Reino Unido viviam por lá. Então, as fronteiras foram abertas para outros europeus, e essa restrição ficou em vigor até 1973! Você imagina que quase 200 anos seria tempo suficiente para muitas pessoas migrarem. Mas a Austrália ficava muito longe! O risco de viajar para um lugar tão distante e os custos da viagem fizeram com que os europeus preferissem as opções mais curtas e baratas para migrar para outros lugares, como Canadá ou EUA.

Nos últimos 2.000 anos, as pessoas entenderam que a Terra é redonda. Mas você sabia que ela não é uma esfera perfeita? Através da rotação oscilante, nosso planeta muda constantemente de tamanho, bem lentamente, é claro. Os polos Norte e Sul são surpreendentemente planos. A Terra é muito parecida com uma bola sendo esmagada. Imagine que há uma mão gigante com os dedos pressionando os dois polos. Por causa dessa pressão, o equador fica um pouco saltado para fora. Junto com um campo gravitacional irregular, nosso mundinho tem muitas falhas de gravidade, algumas positivas e outras negativas, criando uma superfície irregular, rochosa e acidentada. Alguns lugares têm mais gravidade do que outros. Se você subisse em uma balança ao longo do equador, pesaria meio por cento menos do que nos polos. Não é muito, e definitivamente a viagem não vale para mudar seu peso!

Se você medisse o comprimento desde o centro até o ponto mais distante da Terra, ficaria chocado que o Monte Everest não está no fim. Em vez disso, esse ponto fica ao longo do equador, que é a parte saliente. A montanha do Equador “Chimborazo” seria na verdade o ponto mais alto da Terra, pois é o mais distante do seu centro.

Ainda temos cerca de 80% do oceano para mapear, o que é uma loucura, considerando o quanto exploramos do sistema solar em comparação. Mas ainda estamos cientes de muitos detalhes inacreditáveis ​​sobre o Oceano. Ele abrange mais de 70% da superfície do mundo, onde habita 94% da vida selvagem da Terra. E até 80% do oxigênio do planeta é produzido por parte da vida que existe nele, principalmente o plâncton, algas e bactérias. Um dos lugares mais famosos já mapeados é a Fossa das Marianas, o ponto mais profundo da Terra, com quase 11 quilômetros de profundidade e 5 vezes o comprimento do Grand Canyon, além de ser mais profundo do que a altura do Monte Everest.

Ela abriga também um dos relevos marinhos mais antigos da Terra, casualmente escondido por cerca de 180 milhões de anos! A pressão na parte inferior é superior a 1.000 bar, o que é cerca de 1.000 vezes mais do que a pressão normal. Ainda assim, a vida ainda prospera ali. Em todo o Oceano, estima-se que existam mais de 3 milhões de naufrágios nas profundezas escuras. Inúmeros artefatos permanecem intocados, e pode haver mais coisas do que em todos os museus do mundo.

A dorsal meso-oceânica é a mais longa do mundo, chegando a 65.000 km. Isso é quase dez vezes o tamanho dos Andes, a maior cadeia de montanhas. O Sol é a razão por trás das cores azul e azul esverdeada de água do oceano. Isso não se deve ao reflexo do céu, embora ambos sejam azuis pelo mesmo motivo. A superfície do nosso planeta recebe luz branca do Sol, e absorve com mais força as luzes laranja, vermelha e amarela. Ela não absorve tanto a luz azul, então essa retorna como a vemos.

Claro, isso só ocorre com base na pureza da água. Se ela estiver cheia de lama ou algas, estas dispersam a luz e se sobrepõem ao azul natural da água.
Existem muitos fatores que determinam quais cores vemos no nosso planeta. Você poderia acreditar que ele não era verde antes? Em vez disso, era roxo! A clorofila na nossa atmosfera absorve principalmente os comprimentos de onda azul e vermelho do Sol e reflete os verdes, que é como vemos nosso planeta hoje. Há muito tempo, micróbios antigos chamados “retinianos” dominavam a Terra em vez da clorofila. Eles absorviam a luz verde e refletiam a vermelha e a violeta.

Esses micróbios tinham uma estrutura mais simples, por isso eram mais fáceis de produzir no ambiente de baixo oxigênio da Terra primitiva. Eles davam ao nosso planeta uma cor mais roxa ao invés de verde. Mas a clorofila é mais eficiente e, à medida que o nosso mundo se desenvolvia, acabou assumindo o controle. Imagine que bilhões de anos atrás, observadores distantes pudessem ver nossa casa como um pequeno ponto roxo! Será que nós também éramos roxos? Provavelmente não.

A maior árvore daqui é uma sequoia gigante chamada “General Sherman”, que tem mais de 85 metros, quase atingindo a altura de um prédio de 26 andares! Acredita-se que ela tenha 2.700 anos, com uma circunferência de 25 metros. Seu peso é de impressionantes 1.800 toneladas. Isso é pesado, mas não a coisa viva mais pesada do mundo! Em Utah, um enorme bosque chamado “Pando” funciona como uma colônia única de árvores. O enorme sistema radicular conecta todas elas, com até 47.000 caules, pesando até 6.000 toneladas e com 80.000 anos. Isso torna esse conjunto o ser vivo mais antigo conhecido pelos humanos.

Agora, e quanto à maior área de um ser? Ao largo da costa da Austrália Ocidental, uma alga cresce a um tamanho impensável. A “erva daninha de Poseidon” vem crescendo há 4.500 anos, espalhando brotos de clones subterrâneos, além de ser toda conectada e compartilhar o mesmo DNA com a maioria deles. Ela abrange enormes 200 km², o mesmo que 28.000 campos de futebol ou todo o estado de Nebraska! E não vai parar por aí, pois continua a crescer 50 cm a cada ano. É difícil imaginar a escala desses seres enormes. Agora, imagine se fossem todos roxos!

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