Neta da atriz Maria Gladys se consagra em Hollywood e ganha fama no Brasil

Famosos
4 horas atrás

Mia Goth se tornou uma das queridinhas de Hollywood. A jovem se consagrou no cinema graças à trilogia X — A Marca da Morte, PearlMaXXXine. Porém, no Brasil, o sucesso veio por um motivo bem diferente: Mia é nada mais, nada menos que neta da atriz brasileira Maria Gladys. Portanto, é de se esperar que ela tenha um nome abrasileirado, não é mesmo?

Nome nacional

Mia nasceu na Inglaterra, mas carrega em suas raízes uma mistura cultural interessante: é filha de mãe brasileira e pai canadense. Durante a infância, passou alguns anos no Brasil, onde foi criada ao lado da avó, a consagrada atriz Maria Gladys: “Ela viveu comigo quando era pequena. Minha filha estava com a vida complicada em Londres e precisou deixar a Mia comigo um tempo. E foi uma felicidade. Tinha um seriado americano que a gente adorava, e a Mia imitava direitinho a inflexão da protagonista, fazia igualzinho. Eu não conseguia. Ela tinha só 3 anos, e eu logo vi: ’Não vai dar outra’. Ela é fabulosa. Ela nasceu atriz. Tenho o maior orgulho dela.”

A brasilidade de Mia vai além da relação com a avó famosa. A atriz também fala português e carrega um dos sobrenomes mais nacionais que existem: da Silva. Isso mesmo! O nome completo da estrela do terror é Mia Gypsy Mello da Silva Goth. E, claro, esse detalhe bastou para agitar os fãs. Entre os comentários, teve quem brincou: “São cinco motivos a mais para gostar dela”, e outro que soltou: “Uau, esse é um nome incrível!”.

“Inspiração da minha vida”

Mia não esconde o carinho que sente pela avó. Sempre que fala sobre Maria Gladys — famosa por papéis marcantes em Vale TudoHilda Furacão — é com muito afeto. Foi justamente ao lado dela que nasceu a paixão pela atuação, já que, ainda pequena, Mia costumava acompanhá-la nos bastidores e sets de gravação: “Minha avó é a maior inspiração da minha vida. Ela é a mulher mais forte que eu conheço e uma atriz extraordinária. Meu tempo morando com ela no Rio foi minha parte favorita da minha infância. Eu sou a maior fã dela”.

Porém, com a vida tumultuada entre muitas gravações e família, o encontro entre elas já não acontece há algum tempo. Durante a première de MaXXXine, Mia Goth revelou, em bom português, que está cheia de saudade de sua vovó.

Maria Gladys não se encontra muito diferente, também sentindo falta da neta e cheia de vontade de conhecer a bisneta, Isabel: “Agora sou bisavó. Ainda não conheci a garotinha, Isabel. Hoje, como Mia é uma estrela, eu quase não a vejo. Ando pensando em ir ao encontro dela. Eu fico querendo não ir para dar a oportunidade dela vir ao Brasil.”

Rainha do grito

Com a trilogia dirigida por Ti West, Mia Goth consolidou sua marca no universo dos filmes de terror. Não é à toa que ela recebeu o título de Scream Queen — “Rainha do Grito” em tradução livre. Esse título é de grande prestígio e é concedido a atrizes que se destacam e têm grande influência no gênero, como Neve Campbell, conhecida por Pânico, e Jamie Lee Curtis, a icônica Laurie Strode de Halloween.

Porém, Mia não gosta muito dessa nomenclatura: “Eu não sei o que significa o termo Scream Queen. Nunca usei esse termo para definir outras artistas. Eu definitivamente já ouvi muito, e sei que muitas vezes me descrevem assim. Acho que descreve uma atriz que está trabalhando no gênero de terror. É complicado. Eu não sei como falar sobre isso porque, por um lado, eu me sinto muito abraçada pela comunidade do terror (...) Por outro lado, eu me vejo apenas como uma atriz, e acabo topando com esses papéis que, por acaso, existem neste gênero”.

Para a atriz, o gênero terror traz uma potência para as personagens femininas e por isso se vê aceitando tantas produções desse gênero: “Algumas vezes eu penso comigo: ’Não, eu não vou mais fazer um filme de terror. Vou esperar para que outra coisa apareça’. E então eu acabo lendo um script, e acaba sendo um filme de gênero, e o papel é apenas extraordinário. E eu fico tipo: ’Como posso deixar isso passar? Não posso!’”. Ainda assim, Mia tem planos diferentes para o futuro. A atriz anseia por um papel diferente, algo voltado para o romance e distinto dos papéis anteriores que interpretou.

Apesar de ter conquistado grande sucesso internacional, Mia já deixou claro seu desejo de atuar em um projeto brasileiro. Ela demonstrou, em diversas entrevistas, a vontade de se conectar ainda mais com suas raízes e explorar novos desafios na indústria cinematográfica do Brasil: “Eu adoraria fazer um filme em outra língua. Eu falo espanhol e português, já vi outros atores fazendo isso e sempre fiquei impressionada. Acho que seria um ótimo desafio. Quero fazer coisas que continuem me desafiando de formas diferentes”.

Falando em terror, às vezes a realidade consegue ser mais estranha — e assustadora — do que qualquer roteiro de filme. Com fenômenos inexplicáveis e coincidências de arrepiar, ou seja, material perfeito para as salas de cinema.

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