Mulher sofre preconceito por andar descalça há 7 anos, mas o motivo dessa escolha faria qualquer um se arrepender de ter zombado dela
Imagine viver descalça e nunca mais precisar pensar em qual sapato combina com determinada roupa, muito menos gastar dinheiro comprando calçados. Essa tem sido a vida de Catrina Shenston nos últimos 7 anos. A inglesa desistiu de usar calçados após uma viagem à Índia e mesmo nos dias mais frios do inverno no hemisfério norte, permanece descalça. Abaixo, trazemos os detalhes sobre como essa decisão impactou sua vida! Confira só!
A inspiração que veio da Índia
Foi durante uma viagem que Catrina percebeu que os sapatos eram acessórios desnecessários para muitas pessoas. Um fato peculiar chamou a atenção da inglesa enquanto ela passeava pela Índia: “A maioria das pessoas estava descalça e fiquei muito impressionada em perceber como elas andavam bem e pareciam mais saudáveis. Eu sempre sofri com muita dor no quadril e também tinha a síndrome da fadiga crônica em alguns períodos, então me baseando nesse povo rico culturalmente, fiz essa mudança e passei a andar descalça”, explicou.
A melhora na saúde
Catrina diz que, logo nos primeiros meses da experiência de viver descalça, já pôde notar uma melhora significativa em sua saúde, a começar pelas queixas de dor no quadril, que pararam. Além disso, a inglesa diz que seu sistema imunológico melhorou, ao contrário do que as pessoas comumente pensam: “Sempre sofri de dores nos quadris e também de síndrome da fadiga crônica, mas não tive problemas nas articulações desde que parei de usar sapatos e a síndrome não voltou a ocorrer. Nunca tive um resfriado [desde que comecei a andar descalça] e estou convencida de que estar mais perto da terra melhora o sistema imunológico”, explicou.
“Os germes são a primeira coisa em que as pessoas pensam, mas temos muito mais coisas em nossas mãos do que em nossos pés. Nunca tive nada de errado com meus pés. Há benefícios excepcionais em estar descalço, se você está aberto a aceitar isso. Quando somos movidos pelo medo, ficamos reféns dele”, comenta.
As dificuldades desse estilo de vida
Se o estilo de vida adotado por Catrina tem algumas vantagens, ele também tem seu lado não tão legal assim. A primeira dificuldade diz respeito ao preconceito que ela sofre por andar sem calçados. Além de grande parte das pessoas a considerar uma sem-teto, ela também já foi impedida de frequentar alguns espaços como a academia, por exemplo.
“Outras [pessoas] assumem erroneamente que sou pobre e não tenho onde morar — até me ofereceram sapatos. Eu tive que desistir de ir à academia porque me disseram que eu tinha que usar tênis esportivo. Expliquei que andava descalça, mas eles disseram que as regras de saúde e segurança não me permitiam andar descalça lá”, contou.
“Os meses de inverno são mais difíceis por causa do frio, mas não demorei muito para me adaptar. Agora meus pés esquentam muito mais rápido, e isso ajuda na circulação. Andar descalço na neve fresca é uma experiência extraordinária”, defende.
Uma vida solitária, que parece valer a pena
Sem dúvidas, não existem muitas pessoas dispostas a abandonar o uso dos calçados para viver descalças no Reino Unido. Por isso, Catrina conta que se sente solitária em sua escolha de vida, e que remar contra a maré pode ser bastante cansativo. Mas ela está disposta a continuar e a inspirar outros a adotarem esse estilo de vida: “Quero que haja mais pessoas fazendo isso. Todos ficam felizes em andar descalços no jardim ou na praia, mas esse é o limite”.
“Há um grande mal-entendido sobre estar descalço. Na América, muitas pessoas vivem assim, mas no Reino Unido não conheço ninguém. Isso muda como você pensa que é. Sem nada em meus pés, sou uma caminhante bem mais consciente. É muito estimulante, você pode sentir a terra mudando”, finaliza.
Se o sonho de algumas pessoas pode ser viver completamente descalças, assim como Catrina, outras nem conseguem se imaginar nessa situação. E alguns motivos podem colaborar para que elas sempre tenham um chinelinho nos pés, mesmo dentro de casa. Neste outro artigo, você descobre as razões pelas quais afirmamos isso.