Mulher de 25 anos se realiza como dona de casa e desperta polêmica com sua visão tradicional
Estee Williams tem 25 anos e é de Richmond, no estado norte-americano da Virgínia. Ela compartilha no TikTok e no Instagram momentos de sua vida como dona de casa, além de receitas e opiniões, exaltando esse estilo de vida. Williams se descreve como uma"tradwife“, termo que pode ser traduzido como “esposa tradicional”. As mulheres que se identificam com essa ideologia definem como meta ser o modelo de companheira à moda antiga, seguindo papéis de gênero estabelecidos e valores conservadores.
Os valores tradicionais continuam sendo a base para aqueles que levam uma vida regida por papéis familiares e de gênero. Para alguns, isso é uma escolha, enquanto para outros, uma imposição. A verdade é que cada família é regida por suas próprias normas. Muitos afirmam que o passado era melhor, e a protagonista deste artigo é uma das adeptas dessa tese. Seu entusiasmo é palpável toda vez que ela fala sobre suas tarefas domésticas, como se elas fossem uma forma de arte. Essa mulher é uma imagem idílica da vida vintage.
Estee disse ter escolhido um estilo de vida tradicional por achar que as mulheres perderam o contato com suas raízes. “Eu não estava interessada em uma vida de constante movimento. O que realmente importa para mim é ser esposa, mãe, preparar ótimas refeições caseiras para minha família e manter um lar aconchegante e acolhedor”.
Estee conheceu seu marido, Conner, de 23 anos, em 2020. Eles compartilham uma maneira “tradicional” de ver o mundo. Durante o primeiro encontro, Conner deixou claro que seu maior desejo era encontrar uma parceira que assumisse o papel de dona de casa. Estee percebeu que havia encontrado o candidato perfeito, pois sempre quis trilhar tal caminho. A mulher conta que os dois concordaram em estabelecer essa dinâmica. Conner trabalha como eletricista e sustenta os dois financeiramente. Nos fins de semana, ele caça com o objetivo de prover alimentos para a casa.
A jovem, que estudava meteorologia, decidiu deixar a universidade após conhecer seu futuro marido. E em 2022, depois de ficar noiva, ela optou por deixar o emprego de babá para se dedicar à vida de casada e ao lar. Ela não quer ter uma carreira, e sim cuidar de sua casa e de sua família. “Não tenho planos de ter uma carreira porque vou ficar cuidando da minha casa, do meu marido e, com sorte, da família que teremos no futuro”, diz ela. “Acho que as mulheres são mais felizes quando ficam em casa para cuidar da família”, acrescentou. Seu marido garante seu sustento e a apoia. A jovem, por sua vez, cuida de todo o resto.
Ela começa o dia com uma xícara de café. Depois, se prepara para suas atividades diárias. Para Estee, é fundamental cuidar da aparência, por isso a jovem sempre segue uma rotina de cuidados com a pele e de maquiagem, completando o visual com um belo vestido para ficar em casa. Seu estilo é muito característico e lembra o dos anos 1950. Ela também gosta que o marido a veja bem arrumada, preferindo usar roupas apreciadas por ele.
“Uma tradwife é uma mulher que opta por ter um papel tradicional ou ultratradicional em seu casamento, incluindo a crença de que o lugar da esposa é em casa”, comentou Estee em um de seus vídeos.
Mantendo-se fiel ao seu título de dona de casa, ela prepara do zero todas as refeições que seu marido gosta, passando de três a cinco horas por dia na cozinha. Ela ainda gasta duas horas limpando toda a casa, além de cuidar das compras e dos afazeres necessários. Estee leva muito a sério o trabalho de manutenção do lar para que o marido chegue a uma casa impecável e possa sempre desfrutar de refeições caseiras. Ele, por sua vez, é responsável apenas pelo sustento financeiro e lidar com itens pesados. “Eu preparo a comida do Conner na noite anterior à sua saída para o trabalho, arrumo suas roupas para que tudo fique organizado e me certifico de que a casa esteja limpa e cheirosa para quando ele voltar”, disse ela. “Eu atendo a todas as necessidades do meu marido para facilitar sua vida”.
A loira se esforça ao máximo para proporcionar um ambiente em que o marido se sinta satisfeito e à vontade. Ela garante que ele a trata com respeito, e não como se ela fosse uma “escrava”. Embora a mulher enfatize que o dinheiro recebido pelo marido pertence a ambos, ele tem a palavra final quando se trata de grandes despesas; somente as despesas menores, como aquelas com café, podem ser feitas sem a aprovação do homem.
Estee sabe da polêmica gerada pelo conteúdo que ela publica nas redes sociais. Ela se defende afirmando viver esse relacionamento por uma escolha pessoal, garantindo que respeita as mulheres que fazem outras escolhas, assim como o direito daquelas que decidem trabalhar fora de casa na busca pela própria independência. A jovem enfatiza a importância de poder escolher livremente um estilo de vida, nesse caso, o de dona de casa. Ela compartilha com o mundo a escolha que fez para mostrar que essa também pode ser uma vida gratificante, divertida e feliz.
Atualmente, há uma grande discrepância entre as posições tradicionais e conservadoras, como a de Estee, e o senso comum generalizado. Isso ocorre porque o movimento feminista teve um impacto significativo na sociedade moderna, mudando a forma como os papéis de gênero são percebidos. Reconheceu-se que esses papéis são construções sociais, não biológicas. Portanto, podem estar sujeitos a questionamentos e reinterpretações. Por tal motivo, há uma grande parte da população que defende a contestação dos papéis tradicionais no lar e a promoção da igualdade de gênero em todas as esferas.
Sob essa perspectiva, argumenta-se que, embora as tarefas domésticas tenham sido historicamente atribuídas às mulheres, é fundamental reconhecer que elas são de responsabilidade compartilhada de todos os adultos que vivem na casa, independentemente do gênero, e devem ser distribuídas igualmente.
Embora o modo de vida que Estee e seu marido escolheram possa parecer contrário à visão da sociedade atual, é importante ter em mente que cada pessoa é livre para tomar decisões sobre sua vida, desde que considere adequadas a seus princípios e não prejudique os outros (ou a si mesmo). Portanto, respeitamos a escolha de Estee.
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