EU GOSTO DE AJUDAR AS PESSOAS E JA FIZ ALGUNS TRABALHOS NO BAIRRO ONDE MORO, AJUDO A BATER LAJE E OUTRAS COISAS
Meu amigo encontrou um esconderijo secreto da esposa e decidiu averiguar
À noite, a esposa dizia: “Vou passear, volto já já”. Ele não ligava. Quando ela saía de casa, o marido, Carlos, se sentia livre até para jogar meias no teto se quisesse. Natália dava essas saídas duas a três vezes por semana. Carlos se surpreendia apenas quando estava muito frio, e Natália decidia “passear” mesmo assim.
— Vai pegar uma gripe, hein! — ele dizia.
— Calma, vou pegar um casaco. — sorria a esposa.
Uma vez, Carlos se ofereceu para acompanhá-la, mas ela disse: “Não, amor, gosto de ir sozinha”. “Nossa, tá bom”, — ele respondeu.
E tudo estava bem: enquanto Natália passeava, Carlos jogava meias no teto. Depois, porém, ocorreu algo estranho.
Em um domingo, Carlos levantou cedo, pois perdeu o sono. Notou, então, que a sola do chinelo dele havia descolado do solado, mas não se preocupou: lembrou-se que tinha um chinelo reserva. Abriu o armário da entrada, procurando a caixa de papelão em que guardava o calçado: “Ai, ai, onde está você, meu chinelinho?”
Pegou a caixa mais próxima. Nela, estavam os saltos de Natália e, bem ao lado, algumas notas de 100. A primeira reação dele foi de alegria: “Dinheiro!” Depois ficou encucado: “Mas de onde?!”
Natália era uma mulher organizada, mantinha sempre a casa em ordem e tudo no seu devido lugar. Ela não poderia simplesmente esquecer dinheiro dentro de uma caixa de sapatos. “Será que fui eu que esqueci?”, perguntou-se Carlos. Não, não fazia sentido. Se tivesse sido ele, esqueceria os trocados em qualquer lugar, menos junto dos calçados da esposa.
Os dois tinham o hábito de colocar dinheiro em espécie sempre no mesmo local, na gaveta da escrivaninha. Usavam-no sempre que precisassem. Além do mais, ao fim do mês, Carlos e Natália se sentavam à mesa para calcular todas as despesas de cada um, não escondendo nada um do outro. Por isso, foi uma baita surpresa!
Carlos entrou no quarto para acordar Natália e esclarecer o mistério, mas logo teve outra ideia: que forma melhor de saber o que acontecerá com o dinheiro, se não seguir para onde irão as notinhas?!
À noite, novamente, Natália disse: “Vou passear”. Assim que saiu, Carlos correu para a caixa, em busca do dinheiro, mas não o encontrou.
“Hum...”, disse Carlos para si mesmo.
Após alguns dias, o dinheiro retornou para a caixa de sapatos. E depois sumiu. E então surgiu mais uma vez.
Para ele, estava tudo claro: a caixa continha uma “conta secreta” da esposa. Mas o que ela fazia com o dinheiro? Gastava com o quê? E onde?
Carlos começou a perguntar aos amigos o que fazer, implorando por conselhos. Eu sugeri perguntar à Natália diretamente, mas ele preferiu a dica de outro amigo nosso: seguir a esposa à noite.
E, como de costume, Natália saiu para “dar uma caminhada”, mas, dessa vez, Carlos foi atrás. Primeiro, a esposa entrou em um mercado. Ele a via pelo reflexo do vidro — por qual ala passava, que produtos escolhia. Mesmo assim, não conseguiu determinar com exatidão o que ela comprava.
Natália saiu com uma sacola e seguiu na direção contrária de casa. Atrás, ia o marido, com cuidado para não ser visto. Ela chegou a um prédio velho e entrou. Ele quis entrar e abordá-la logo na escada, mas decidiu conduzir a investigação mais adiante para reunir todas as evidências possíveis.
O que Carlos estava pensando? Que a mulher o traía, é claro! E ainda achou um lugar conveniente, perto de casa. Mentia para o marido que iria passear e comprava lanches para desfrutar com seu novo Don Juan.
Ele tinha certeza que o relacionamento deles estava arruinado: a traição ocorria bem embaixo do seu nariz, e ele não notou. Mas Carlos estava decidido em ir até o fim — pegar a esposa em flagrante e desmascarar a grande armação, mas tudo no seu tempo.
“Ela vai ver só!”, gritou por telefone enquanto falava comigo e voltava para casa.
Meu amigo descobriu que a esposa ia até o último andar daquele prédio e em qual apartamento exatamente entrava. Em casa, ele fingiu estar tudo bem, como se nada tivesse mudado. Na noite seguinte, porém, Carlos disse a esposa que dormiria no quarto da filha deles, que já havia crescido e se mudado para o alojamento da faculdade, usando a desculpa de que Natália roncava demais. Aliás, meu amigo ama muito a filha, por isso não falou nada para ela sobre a traição da mãe e nem que os pais provavelmente iriam se separar.
Nesse dia, então, ele decidiu ir até o tal do apartamento e falar com o “destruidor de lares”. Carlos não tinha intenções de ter uma conversa civilizada, ele até planejava em como arrombaria a porta caso o homem não quisesse abri-la.
“Bom, verei na hora”, decidiu meu amigo.
Tocou a campainha. Ninguém abriu. “Está se escondendo, o pilantra!” — pensou Carlos. — “Deve estar com medo”.
Em seguida, começou a bater e gritar: “Abra a porta!”
Após uns três minutos, a porta se abriu lentamente. Carlos adentrou com fumaça saindo pelos ouvidos, e o punho tensionado. Ele não conseguiu se segurar.
Então, viu uma senhora. Com uma bengala. Com óculos espessos como o fundo de uma garrafa. E coberta em uma manta de tricô.
“Mas cadê ele...” — perguntou Carlos desconcertado.
“Ele, quem?” — respondeu a velhinha. — “E quem é você?”
Meu amigo olhou em volta e percebeu que não havia nenhum homem, que aquele apartamento era daquela senhora: o cheiro dos móveis antigos e do carpete confirmaram a sua suspeita.
Carlos, então, viu uma sacola de compras na mesa da cozinha. A mesma sacola que Natália segurava após sair do mercado.
“O que tem na sacola?” — perguntou Carlos, já se sentindo um grande tonto àquela altura.
... Sim, Natália visitava essa senhorinha — que já não podia andar até o mercado, que já não enxergava ou escutava bem. Ela comprava comida, preparava alguma coisa, lavava roupas e arrumava a casa. Essa velhinha não era parte da família. Natália fazia aquilo apenas para ajudar alguém que precisava de ajuda. Natália tinha algo que muitos de nós nos esquecemos com frequência: compaixão!
O casal, finalmente, conversou. Carlos admitiu o tamanho da besteira que havia feito: seguir a esposa e desconfiar que ela o traía. Uma pergunta, porém, ainda o intrigava: por que Natália não disse nada?
— Amor, é muito simples, — ela começou a se explicar. —, eu sei que você diria que não temos dinheiro nem para nós mesmos, que dirá para ajudar uma senhora qualquer.
— Hum... Sim... Eu realmente diria isso. Tudo bem, vamos amanhã juntos visitar essa velhinha, pois me parece que ela não tinha batatas, e você vai precisar de ajuda para carregá-las.
O Incrível.club publica este texto com a permissão do autor do livro “Cartas Para Minha Filha”, blogueiro e escritor Alexey Belyakov.
Comentários
achei que ela podia contar no começo com o marido para ajudar, mas as vezes a gente nao conta pq o parceiro nem sempre entende
acho que quando um casal não conversa, dá esse tipo de ruido entre os dois, se ele fosse mais compreensivo e humano, talvez ela tivesse chamado ele a mais tempo

Artigos relacionados
14 Histórias que só poderiam acontecer no mundo moderno e tecnológico

16 Exemplos de como as crianças podem virar seu mundo de cabeça para baixo

12 Vezes em que as crianças provocaram arrepios na espinha ao falar algo realmente estranho

20+ Leitores do Incrível contam os desaforos de algumas pessoas que deixam as honestas boquiabertas

14 Profissionais da indústria da beleza que já viram o suficiente para escrever um best-seller

20 Comentários de internautas que tiveram um bug mental que nem mesmo Freud explicaria

15 Mulheres desabafaram quais foram os piores presentes que já receberam de seus filhos e maridos

15 Histórias ultrajantes que nos forçaram a soltar a frase: “Ah, você deve estar de brincadeira!”

17 Histórias sobre os motivos mais cômicos pelos quais um relacionamento acabou

17 Babás cujos relatos parecem ter saído de uma comédia ou um filme de terror

20 Pares de famosos brasileiros tão parecidos que só podem ter sido separados no nascimento

Filho de Tom Cruise revela momentos raros de sua vida e detalhe surpreendente rouba a cena
