Me apaixonei pelo amigo do meu namorado e não sei se devo terminar meu namoro

Psicologia
há 1 ano

Quando se trata de relacionamentos, o nosso coração parece gostar de nos surpreender. Como aconteceu com a nossa leitora, Ana, que estava muito feliz com o seu namorado, mas conheceu outra pessoa que abalou os seus sentimentos. Agora, ela nos pediu conselhos, pois não sabe o que fazer. Vamos conhecer a história da Ana, então? Talvez você também possa ajudar!

Olá, Ana! Primeiro, queremos agradecer por compartilhar a sua história, que também pode ajudar outras leitoras que estejam passando pela mesma situação. Após ler o seu relato com muito carinho, chegamos a alguns conselhos práticos que podem te colocar no caminho certo para tomar a melhor decisão. Leia com atenção e veja o que faz mais sentido para você.

  • A primeira coisa é procurar compreender os seus sentimentos. Muitas pessoas se limitam a aceitar que estão felizes ou tristes, calmas ou nervosas e apenas isso. No entanto, nossos sentimentos podem ser muito mais complexos do que isso e aprender a identificá-los melhor é um belo exercício. Para isso, pergunte-se quais sentimentos você está tendo, quais são os que se destacam e o que despertou esse sentimento em você. É praticando esses exercícios que você vai descobrir se está realmente apaixonada ou se é um sentimento temporário, que logo dará lugar a outros. É impossível descrever como é estar apaixonado por alguém porque cada pessoa vivencia isso de forma diferente. Então, que tal esse truque? Tente se lembrar de como você se sentiu em outras vezes que se apaixonou e compare com o que está sentindo agora. Se você notar que o que você e o Rafael têm é apenas afeição mútua, interesses comuns e compreensão, pode ser um amor platônico. E isso não significa que é um relacionamento inalcançável no qual você vai viver anos esperando que ele se apaixone de volta. Significa que você encontrou alguém que ama e se identifica, mas não de uma forma romântica, quase como um melhor amigo.
  • Mas sim, Ana, nós sabemos que compreender os próprios sentimentos pode ser muito complicado. A boa notícia é que você não precisa fazer isso sozinha. Você pode procurar a ajuda de um profissional, como um terapeuta ou psicólogo, para compreender essa sua dúvida e tomar a decisão mais acertada. É possível que, no início, você se sinta envergonhada em se abrir para um estranho, mas saiba que o consultório de um psicólogo é um ambiente seguro e livre de julgamentos. Também é preciso ter em mente que, para o sucesso da terapia, é importante não ter segredos com o profissional. Com o tempo, você vai se sentir mais segura, confiante e orgulhosa de compreender suas emoções.
  • Agora que você já compreendeu os seus sentimentos, se chegou à conclusão que quer mesmo engatar um romance com o Rafael, você precisa descobrir quais são os sentimentos dele. Talvez, assim como você, nem mesmo ele tenha certeza dos próprios sentimentos, mas você pode observar alguns sinais para sair da dúvida. Bons sinais de que o amor é correspondido são a comunicação fácil e agradável entre vocês, a confiança total um no outro, o respeito mútuo, o esforço que fazem para se ver ou se ajudar e o próprio apoio que vocês se oferecem. Resumindo, se ele só quer o seu bem e você o dele, e se vocês estão dispostos a se ajudar para crescer juntos, pode ser um amor romântico (muito bem) correspondido. Mas, antes de qualquer coisa, aproxime-se dos amigos do Rafael e procure descobrir se ele está interessado em alguém. Esse pode ser um forte indício de que ele realmente não está apaixonado por você.
  • De uma coisa você pode ter certeza: essa não é uma decisão para se tomar com pressa. Por isso, acalme-se e tire um tempo para listar os prós e os contras de cada possível atitude que você tomar. Afinal, cada uma das escolhas que você fizer trará consequências diferentes, e elas podem incluir, por exemplo, estragar o seu relacionamento com o Carlos ou com o Rafael, ou com ambos. Uma das possibilidades, por exemplo, é guardar esse sentimento pelo Rafael para você e esperar que ele desapareça — o que pode ser devastador. Por isso, você também precisa estar preparada para lidar emocionalmente com a sua escolha, seja ela qual for, o que nos leva de volta à sugestão de procurar um profissional.
  • Com tanta atenção que você passará a dedicar para as próprias emoções, você vai acabar compreendendo melhor os seus sentimentos pelo Carlos. E, se a sua conclusão for que já não o ama mais, você precisa conversar com seu namorado sobre os seus sentimentos. Porém, é aconselhável que essa conversa seja pessoalmente, não por mensagem. E também que você já tenha pensado muito nisso, de modo que não vá para essa conversa com dúvidas. Apesar de chamar “conversa”, vocês não devem realmente dialogar. É preciso que você seja clara ao informar a sua decisão e como você chegou a ela. Seja direta ao ponto de iniciar a conversa com uma frase do tipo “eu te chamei aqui para dizer que decidi romper”, e continuar daí. Rompimentos doem, para ambos os envolvidos, mas você pode superá-lo lembrando-se que tomou essa decisão porque se ama e porque quer o melhor para si mesma. Com uma boa dose de sinceridade, vocês ainda podem manter uma amizade no futuro, quando ambos estiverem bem consigo mesmos.
  • Em seguida, se você decidiu terminar com o Carlos para começar um namoro com o Rafael, é hora de resolver a sua situação com ele. Lembra-se de quando falamos sobre identificar quais são os sinais que, geralmente, mostram que você está apaixonada? Pois, se você os identificou bem, pode contá-los ao Rafael, para que ele compreenda melhor os motivos que te levaram a concluir que o ama. Ao falar dos sinais, você também pode ajudá-lo a identificar se ele mesmo está apaixonado por você. Se ele, por exemplo, só enxerga qualidades positivas em você, se pensa em você com frequência, se ele visualiza um futuro com você presente, pode significar que ele está caidinho. Do contrário, é apenas amizade mesmo. Não tenha vergonha de revelar os seus sentimentos, pois é possível que isso leve diretamente ao conhecimento sobre os sentimentos dele também.
  • Por fim, você não é a primeira pessoa no mundo a passar por essa situação delicada. Muitas outras já vivenciaram o mesmo dilema, tomaram as mais diversas decisões e conviveram com as consequências. As experiências e opiniões de quem passou por isso ou de quem conviveu com essas pessoas também pode te ajudar de alguma forma. Vejamos algumas opiniões que internautas compartilharam nas redes sociais.

Bom, esperamos ter realmente te ajudado, cara Ana, a encarar esse desafio emocional que surgiu na sua vida. E torcemos para que a sua decisão, seja ela qual for, traga alegrias para você, para o Carlos e o Rafael. E, se precisar de mais algum conselho, pode nos escrever novamente!

Quanto às outras pessoas que leram esses conselhos, gostaríamos de saber a sua opinião. O que você faria na situação da Ana? Escreva nos comentários que conselhos você daria a ela.

Comentários

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Gostei de ver as respostas dadas depois da matéria: "Mantenha distância, muita, muita distância". Também para não despedaçar o mundo de todas as pessoas, ou para ver se é O verdadeiro amor. Concordo. Comigo já aconteceram momentos de me encantar com outras pessoas enquanto já estava namorando seriamente. Não fiz nada com isso, na verdade, porque já me conhecia e sabia que, às vezes, eu podia confundir esse encantamento de conhecer alguém novo com uma paixão, mas não era. Mesmo que fosse, a paixão é algo passageiro, é uma faísca que não merece nossa energia. O amor mesmo é duradouro e sobrevive a esses momentos. É importante, também, observar se a relação que vivemos é muito importante, se aquela pessoa é especial para a gente. Este mundo louva muito a leviandade, e é importante cada um de nós romper com esse ciclo de "amores líquidos"!

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